segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Contraponto 18.273 - "Cunha adia impeachment e joga emenda de R$ 45 milhões no colo do PSDB"

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30/11/2015

 

Cunha adia impeachment e joga emenda de R$ 45 milhões no colo do PSDB

cunhaface


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Muita gente – boa, inclusive – achou que as novas denúncias sobre o “agrado” de R$ 45 milhões do banqueiro André Esteves a Eduardo Cunha para beneficiar o BTG Pactual numa Medida Provisória poderiam fazer o presidente da Câmara “vingar-se”  aprovando a tramitação do pedido de impeachment de Dilma Roussef.

Estavam errados, como mostra a nota da Reuters, agora há pouco, onde Cunha “adia” a decisão sobre o documento:

“O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que o vazamento de uma anotação que revelaria o pagamento de propina a ele pelo banqueiro André Esteves pode ter relação com o anúncio feito por ele de que decidiria sobre pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira e que, portanto, deve adiar a divulgação de sua decisão sobre o impedimento.”

Cunha, para variar, culpa o Procurador Geral da República pela notícia. É capaz de até botar a culpa em Rodrigo Janot pela multa de R$ 22,3 mil  que tomou na Suíça por tentar obstruir a investigação sobre suas contas por lá.

Há duas razões para que a interpretação seja a oposta à que se teve.

A primeira, é que a legitimidade de Cunha, quanto mais escassa se torna, menos o habilita a apontar supostas culpas alheias.

A segunda, a postura oportunista do PSDB e do DEM que, depois de cortejá-lo por meses, agora resolveram fazer de Cunha a bandeira de sua “moralidade”.

Tanto que sua primeira reação, ao desmentir o suposto documento, foi a de empurrar a MP questionada para o colo do líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima. Que, obviamente, não vem ao caso.

Cunha não vai disparar sua última bala contra sua própria cabeça.

Sua aposta é no tempo e em expedientes menos – muito menos – públicos.

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