Diário do Centro do Mundo - Postado em 26 nov 2015
Atitudes diversas: Teori e Moro
O ministro do STF, Teori Zavascki, vem desempenhando desde a
sua posse na mais alta corte brasileira, um papel extremamente corajoso
e determinante para o fiel cumprimento da Constituição Brasileira e a
justa aplicação das leis.
A sua atuação como relator do processo referente à operação Lava Jato está se revelando oposta à do juiz federal Sérgio Moro e os seus caçadores de uma sigla só. A sobriedade, o cuidado, a imparcialidade, a discrição e a tomada de decisões baseada na estrita confirmação dos fatos que tanto sobram em Teori e tanto faltam em Moro são motivos para acreditar que se de um lado existem atitudes seletivas, do outro temos a justiça, líquida e certa.
Com a decisão inédita de autorizar a prisão de um senador no
pleno exercício de seu mandato além da de um poderoso banqueiro com um
velho histórico de relações nem sempre republicanas com sujeitos como
Eduardo Cunha e Aécio Neves, Zavascki deixou todo o Congresso Nacional
em estado de abatimento e preocupação com o que pode estar por vir.
Se a decisão de Teori para autorizar a prisão do líder do PT no Senado se baseou numa gravação efetuada pelo filho de Nestor Cerveró, mais contundente foi o motivo que o fez decidir pela prisão de André Esteves, presidente do banco BTG Pactual.
Além da denúncia de que Esteves tinha oferecido 4 milhões de reais para que Cerveró não efetuasse o acordo de delação, surgiu a notícia de que o banqueiro obtivera cópias de documentos sigilosos sob a guarda do complexo prisional da PF em Curitiba. Nas palavras do próprio Teori: “Vem à tona a grave revelação de que André Esteves tem consigo cópia de minuta do anexo do acordo de colaboração premiada assinado por Nestor Cerveró, confirmando e comprovando a existência de canal de vazamento na operação Lava Jato que municia pessoas em posição de poder com informações de complexo investigatório”.
É estarrecedor.
Se os vazamentos seletivos que o país inteiro presenciou durante todas as fases da Lava Jato já eram um escândalo, chegamos agora à constatação de que não só existem pessoas no grupo de trabalho de Moro ou da PF ou de ambos vazando informações como também entregando cópias de documentos para poderosos envolvidos nos esquemas de corrupção.
Ou seja, existe um movimento que trabalha para salvar a pele dos homens de maior poder e influência desse país. Tal movimento, longe de pretender exterminar com a corrupção no Brasil, em boa medida trabalha para que ela seja mantida e jamais importunada. É difícil imaginar que as medidas que foram tomadas por Teori pudessem acontecer caso o relator do processo fosse alguém como Gilmar Mendes ou se toda a operação estivesse a cargo unicamente de Sérgio Moro.
O simples fato de a mulher e a filha de Eduardo Cunha ainda estarem livres, sem sequer possuírem qualquer imunidade parlamentar, mostra o quanto a Lava Jato parece empenhada em combater a corrupção quando os envolvidos pertencem ao PT. A questão final é: com a comprovação de que existem corruptos dentro da própria operação Lava Jato, ojuiz Sérgio Moro tomará finalmente alguma medida para punir os culpados e acabar com os vazamentos seletivos de informações e documentos?
Ou será preciso que o ministro Teori Zavascky faça lembrar ao magistrado que a justiça do Brasil de hoje já atinge banqueiros, políticos e até juízes federais?
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
A sua atuação como relator do processo referente à operação Lava Jato está se revelando oposta à do juiz federal Sérgio Moro e os seus caçadores de uma sigla só. A sobriedade, o cuidado, a imparcialidade, a discrição e a tomada de decisões baseada na estrita confirmação dos fatos que tanto sobram em Teori e tanto faltam em Moro são motivos para acreditar que se de um lado existem atitudes seletivas, do outro temos a justiça, líquida e certa.
Se a decisão de Teori para autorizar a prisão do líder do PT no Senado se baseou numa gravação efetuada pelo filho de Nestor Cerveró, mais contundente foi o motivo que o fez decidir pela prisão de André Esteves, presidente do banco BTG Pactual.
Além da denúncia de que Esteves tinha oferecido 4 milhões de reais para que Cerveró não efetuasse o acordo de delação, surgiu a notícia de que o banqueiro obtivera cópias de documentos sigilosos sob a guarda do complexo prisional da PF em Curitiba. Nas palavras do próprio Teori: “Vem à tona a grave revelação de que André Esteves tem consigo cópia de minuta do anexo do acordo de colaboração premiada assinado por Nestor Cerveró, confirmando e comprovando a existência de canal de vazamento na operação Lava Jato que municia pessoas em posição de poder com informações de complexo investigatório”.
É estarrecedor.
Se os vazamentos seletivos que o país inteiro presenciou durante todas as fases da Lava Jato já eram um escândalo, chegamos agora à constatação de que não só existem pessoas no grupo de trabalho de Moro ou da PF ou de ambos vazando informações como também entregando cópias de documentos para poderosos envolvidos nos esquemas de corrupção.
Ou seja, existe um movimento que trabalha para salvar a pele dos homens de maior poder e influência desse país. Tal movimento, longe de pretender exterminar com a corrupção no Brasil, em boa medida trabalha para que ela seja mantida e jamais importunada. É difícil imaginar que as medidas que foram tomadas por Teori pudessem acontecer caso o relator do processo fosse alguém como Gilmar Mendes ou se toda a operação estivesse a cargo unicamente de Sérgio Moro.
O simples fato de a mulher e a filha de Eduardo Cunha ainda estarem livres, sem sequer possuírem qualquer imunidade parlamentar, mostra o quanto a Lava Jato parece empenhada em combater a corrupção quando os envolvidos pertencem ao PT. A questão final é: com a comprovação de que existem corruptos dentro da própria operação Lava Jato, ojuiz Sérgio Moro tomará finalmente alguma medida para punir os culpados e acabar com os vazamentos seletivos de informações e documentos?
Ou será preciso que o ministro Teori Zavascky faça lembrar ao magistrado que a justiça do Brasil de hoje já atinge banqueiros, políticos e até juízes federais?
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