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23/11/2015
Filho de Lula entra com pedido de resposta contra UOL
Brasil 247 - 23 de Novembro de 2015 às 21:19
O filho do ex-presidente Lula, Luis Cláudio Lula
da Silva, entrou com pedido de direito de resposta sobre reportagem
publicada pelo UOL, na coluna Esplanada, assinada pelo jornalista
Leandro Mazzini; segundo o advogado Cristiano Zanin, o jornalista
"incorreu em grave erro" ao publicar que o filho de Lula "é suspeito de
ganhar R$ 2,4 milhões numa triangulação em Medida Provisória editada
pelo pai, quando presidente, que teria beneficiado fabricantes de
automóveis"; "A simples observação da data de constituição da LFT
Marketing Esportivo é o que basta para afastá-la de qualquer
envolvimento com as suspeitas levantadas pelo jornalista e veiculadas
pelo UOL", diz
247 - O filho
do ex-presidente Lula, Luis Cláudio Lula da Silva, entrou com pedido de
direito de resposta sobre reportagem publicada pelo UOL, na coluna
Esplanada, assinada pelo jornalista Leandro Mazzini. Segundo o advogado
Cristiano Zanin, o jornalista "incorreu em grave erro" ao publicar que o
filho de Lula "é suspeito de ganhar R$ 2,4 milhões numa triangulação em
Medida Provisória editada pelo pai, quando presidente, que teria
beneficiado fabricantes de automóveis". O texto de Mazzini diz ainda que
"dias depois da publicação da MP, o escritório de consultoria que
atende às fabricantes repassou o dinheiro para a empresa de marketing
esportivo do filho de Lula, cujo setor aparentemente não tem a ver com
automóveis".Luis Cláudio não ganhou R$ 2,4 milhões “numa triangulação em Medida Provisória editada pelo pai (...)”. A simples observação da data de constituição da LFT Marketing Esportivo – que jamais teve qualquer relação, direta ou indireta, com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) – é o que basta para afastá-la de qualquer envolvimento com as suspeitas levantadas pelo jornalista e veiculadas pelo UOL. A citada MP foi editada em 2009 e a LFT constituída em 2011 — 2 anos depois. A prestação de serviços da LFT para a Marcondes & Maltoni ocorreu entre 2014 e 2015 – mais de 5 anos depois da referida MP e está restrita à atuação no âmbito de marketing esportivo.
O jornalista erra igualmente ao afirmar ter havido “repasse de dinheiro” à LFT. Houve pagamentos por prestação de serviço, realizados à medida que os trabalhos contratados pela Marcondes & Mautoni foram executados. Dos contratos em questão, resultaram 4 projetos e relatórios que estão de acordo com o objeto da contratação e foram devidamente entregues à contratante. O valor recebido está contabilizado e todos os impostos recolhidos e à disposição das autoridades.
Nos esclarecimentos que prestou ao Delegado de Polícia Federal Marlon Cajado (em 4/10), Luís Claudio confirmou tais trabalhos, informando ter chegado a essa empresa quando procurava patrocínio no setor da indústria automobilística, medida necessária pela perda do patrocínio da Hyundai, após 2 anos de participação no “Torneio Touchdown” – contradizendo a afirmação de Mazzini de que a atuação da LFT se dá em setor que “aparentemente não tem a ver com automóveis”.
O relatório da própria PF aponta que marketing esportivo está também entre as áreas e projetos em que a Marcondes & Mautoni estava atuando.
No caso de Luís Claudio Lula da Silva houve uma inversão lógica do procedimento legal. O ato de busca e apreensão em sua empresa foi requerido por dois membros do Ministério Público Federal, embora o relatório da Polícia Federal, elaborado após mais de 7 meses de investigação, não apontasse nenhuma situação concreta que pudesse, ainda que remotamente, configurar indício da prática de qualquer crime por Luís Cláudio.
Cristiano Zanin Martins – advogado de Luis Cláudio Lula da Silva
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