04/05/2016
Depois do golpe, STF marca julgamento de Cunha
Brasil 247 - 4 de Maio de 2016 às 18:03
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
que pintou e bordou no País, levando adiante um pedido de impeachment
sem base legal, votado num domingo como numa final de campeonato, será
finalmente julgado pelo Supremo Tribunal Federal; a corte avaliará nesta
quinta-feira 5 se ele deve ser afastado, em ação proposta pela Rede
Sustentabilidade; o destino da presidente Dilma, alvo de Cunha, já
parece traçado; pedido de afastamento foi colocado em pauta porque seria
intragável, para a maioria da população, a possibilidade de Cunha
assumir a presidência na eventual ausência de Michel Temer
247 - O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)
julga nesta quinta-feira, 5, a arguição proposta pela Rede
Sustentabilidade que pede o afastamento imediato de Eduardo Cunha (PMDB)
do cargo de presidente da Câmara dos Deputados.Na ação, a Rede sublinha ainda que a vedação ao presidente da Câmara pode se estender brevemente ao próximo na linha sucessória, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que responde a denúncia e inquéritos criminais no STF. Ele, no entanto, não é réu ainda.
Segundo ministros ouvidos pela Folha na condição de anonimato, a tendência é que o STF aponte que Cunha não pode substituir Dilma ou Temer, em caso de afastamento ou ausência. Com isso, os ministros acreditam que diminuem a pressão sobre o tribunal pelo julgamento.
O ministro Gilmar Mendes, do STF, já afirmou ser plausível a discussão sobre a legalidade de um político que é réu em processo criminal poder figurar na linha sucessória da Presidência. Relator da Lava Jato, Teori Zavascki também disse que esse tema seria levado para deliberação da corte.
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