segunda-feira, 16 de maio de 2016

Nº 19.368 - "O começo do nada quando se exige o fim de tudo"

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16/05/2016 

 

O começo do nada quando se exige o fim de tudo

 

out


Por  

A correria de um free-lance atrasado  para a entrega e compromissos de família me impediram de comentar algumas notícias do dia.

E a principal delas é que sobe a pressão com o que – é impressão inicial minha – o Governo de Usurpação Nacional não tem muita clareza de como lidar.

Na Folha de hoje, “Empresários sugerem que Temer faça mal rápido e bem aos poucos” – que é “nova” de 600 anos, desde que Maquiavel o aconselhou em seu O Príncipe – com os feitores do mercado financeiro dizendo que de declarações de itnenção não viverá este governicho.

O problema é que todas as portas estão fechadas: juros, previdência, CPMF, nada disso será aprovado rápido com deseja o capital.

Mesmo o “Vende a Jato” é complicado, porque é preciso simular consultorias, avaliações, auditorias, todas exatas como .

E então, como fazer?

“O mercado” aceita esperar.

Mas pede, como se dizia nos tempos dos programas de consultores e consulentes sentimentais das rádios, uma “prova de amor”: “aquela” prova de amor.

Ou seja, ao menos nos anos 60, o compromisso de entrega irreversível.

O governo Temer não vive um dilema.

Vive vários.

O primeiro deles é o que fazer com o discurso de quinta-feira.

Sem crise.

Negativo.

Ele depende de crise e de crise braba para poder fazer descer goela baixo da população os “pacotaços”.
Só que sua carência de legitimidade não lhe permite tempo para cozinhar o galo até que ele cante três vezes para renegar o que dizia.

E a briga de poder já nem mais velada é.

Henrique Meirelles, penhor de Temer ao mercado. é virtualmente mais importante que o Presidente.
Não dá nem para encaixar um “se-lo-ia” de dúvida nesta questão.

Temer não tem legitimidade nem mesmo diante da direita que o colocou no poder.
É visto como um bocó pomposo.

E não terá um dia de paz na rua e que não “culpem” o PT por isso.

Tirando alguns poucos líderes combativos, o resto está prostrado, ao menos temporariamente. Seus militantes vão á rua com outros tantos que não são de forma espontânea.

Teremos muitas urpresas ainda com este golpe mal ajambrado.

Que é capaz de tomar o poder escandalosamente mas não tem a coragem de tão descaradamente tomar as medidas pelas quais foi elevado ao poder.

Que, todos já perceberam, nada têm a ver com qualquer coisa próxima da moralidade.

O dilema do governo Temer é esse.

Querer parecer o que não é e para isso, não evidenciar o que é.

Dilema inútil e datado, porque terá de ser.

É por isso e nada além disso que foi guindado ao poder.

É um governo de mordomos e garçons posudos, mas ainda assim de mordomos e garções.

E que, diante do poder econômico terão de, não obstante seu empertigado, dizer o tradicional “as you wish, sir

Como o senhor quiser.

E eles querem sangue, e já.

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