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17/05/2016
Os urubus e a águia
Por Jari da Rocha, colaboração para o Tijolaço
Empregar o termo ‘abutres’ parece ser o mais apropriado, quando se quer nomear os interesses internacionais diante de um país-carniça.
Em apenas três dias, a única coisa que se faz no governo deste país é preparar uma grande promoção. Vende-se o estado a preço bem módico, oferta de ocasião e, desde que haja uma pequena entrada, para ajudar no sufoco, o resto é parcelado e se paga com parte do que se leva.
A óbvia intenção de “privatizar tudo que for privatizável” deve se concretizar antes que o corpo do (governo eleito e afastado) morto esfrie.
Moreira Franco, como já foi dito aqui, abriu mão de ser ministro para assumir a diretoria de venda do país.
O traçado do plano é óbvio. Havia uma presidenta no meio do caminho que devia, para o bem geral dos abutres, ser afastada.
Por isso eram óbvias as movimentações nas duas casas, operando a todo o vapor o processo para afastar Dilma Rousseff e, ao mesmo tempo, arrastar o de Eduardo Cunha, que não está morto, para abrir o caminho aos abutres que, há tempos, não se ‘alimentavam’.
Mais óbvias ainda são as figuras que, a partir de agora, começam a circular nos meios – onde novas transações pra lá de tenebrosas são articuladas – para fazerem o serviço sujo. Sujo e bem pago.
Jânio Freitas, em seu artigo, “Em torno do poder”, faz um verdadeiro raio-X dos alvos, das artimanhas e das estratégias.
Não se abstém de dar nomes aos operadores. Nomes que pareceriam ter vindo do mundo dos mortos, como o do próprio mais que vivo, livre, leve e solto Eduardo Cunha e, também, do não menos conhecido Daniel Dantas.
A velha tática de desdenhar o que se quer comprar ainda funciona muito bem com a opinião pública dos brasileiros que, logo após a liquidação (do próprio patrimônio) estufarão o peito, orgulhosos, por terem se livrado de uma ‘bomba’ como a Petrobras.
Quando a ‘bomba’ voltar a “bombar”, com a subida do preço do petróleo, ainda dirão: “viram como o privado é melhor?”
O estado brasileiro se transformou, desde o 12 de maio, em carniça exposta aos céus do Brazil. Com a ajuda de deputados picaretas e senadores sem escrúpulos, colocou-se no cargo maior do país justamente um informante-traidor do próprio país.
Inimaginável isso num país que se quer soberano, mas perfeitamente compreensível para aqueles – com espíritos de vira-lata e que se dizem patriotas – que não conseguem pensar um Brasil como algo mais do que um simples quintal norte-americano.
Onde os abutres, como você verá daqui a pouco aqui mesmo, já cuidam de picotar a carne para outras aves de rapina.
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