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21/10/2016
Existe uma única maneira de pacificar o país: tirar Moro de cena. Por Paulo Nogueira
Diário do Centro do Mundo - Postado em 18 Oct 2016
Existe uma única maneira de pacificar o país: tirar Moro de cena.
Você pode dizer que já tínhamos — aliás, temos — um exemplar desse tipo de juiz: Gilmar Mendes.
Acontece que Gilmar não tem uma fração do poder de Moro. Pertence a um colegiado no qual é uma entre onze vozes.
O espírito da delação era este. Contra Aécio? Não interessa. Contra Temer? Não interessa. Contra qualquer figura que não seja do PT? Não interessa.
Conta Lula: interessa. Muito.
Hoje, ele é o homem mais detestado por quem não seja conservador. Mais que Temer. Mais que Cunha.
Mais que todo mundo
Ele desagrega, ele desune — coisas péssimas para um país que tem que recuperar seu sentido de unidade e, assim, forjar um consenso para a construção do futuro.
Um país rachado em dois é meio país.
Qualquer projeto de pacificação passa por uma cláusula pétrea: a saída de Moro.
Moro se transformou no maior foco de divisão do país. Ele
simboliza o que há de mais nefasto no Brasil: a justiça parcial. Para
usar a grande expressão do cientista e colunista da Folha Rogério Cézar
de Cerqueira Leite, não é apenas uma justiça parcial. É absolutamente
parcial.
Você pode dizer que já tínhamos — aliás, temos — um exemplar desse tipo de juiz: Gilmar Mendes.
Acontece que Gilmar não tem uma fração do poder de Moro. Pertence a um colegiado no qual é uma entre onze vozes.
Moro abusou. Em algum momento se perdeu, e deixou de sequer
fingir imparcialidade. Virou uma coisa trágica e cômica. Não à toa, uma
sessão de delação feita pelo grupo humorístico Porta dos Fundos
viralizou.
O espírito da delação era este. Contra Aécio? Não interessa. Contra Temer? Não interessa. Contra qualquer figura que não seja do PT? Não interessa.
Conta Lula: interessa. Muito.
Moro não poderia jamais ter deixado claro que tinha um lado: o da plutocracia, o dos ricos.
Hoje, ele é o homem mais detestado por quem não seja conservador. Mais que Temer. Mais que Cunha.
Mais que todo mundo
Ele desagrega, ele desune — coisas péssimas para um país que tem que recuperar seu sentido de unidade e, assim, forjar um consenso para a construção do futuro.
Um país rachado em dois é meio país.
Qualquer projeto de pacificação passa por uma cláusula pétrea: a saída de Moro.
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Papel de ditator descarado
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