terça-feira, 25 de outubro de 2016

Nº 20.155 - O Brasil de um Judiciário golpista

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25/10/2016

 

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Palavra Livre  - terça-feira, 25 de outubro de 2016
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 Por Davis Sena Filho

"A PGR (MPF) é o DOI-Codi. A PF é o Dops. O STF paga para ver e dá o alicerce, ampara e protege as ações persecutórias e arbitrárias de meganhas que transformaram o Brasil, mais uma vez, em uma republiqueta das bananas, bem como cúmplice do golpe de direita e das oligarquias contra uma presidente constitucional e eleita legalmente, que não cometeu quaisquer crimes de responsabilidade. Quem quer respeito tem que se dar o respeito". (DSF)

O senador Renan Calheiros (PMDB) tem razão ao chamar o juiz Sérgio Moro, do PSDB do Paraná, de "juizeco de primeira instância", bem como chamar o ministro da Justiça, Lex Luthor, vulgo Alexandre de Moraes, de "chefete de polícia. Não que eu considere o presidente do Senado um santo, pois o Brasil sabe muito bem que o político das Alagoas teve participação no golpe contra Dilma Rousseff, a presidente legítima, constitucional e que não incorreu crimes.

Porém, a mandatária trabalhista foi derrubada do poder por um golpe de terceiro mundo (mais um), para que as atrasadíssimas oligarquias retomassem o poder central e pudessem fazer o que estão a fazer: desmontar o estado nacional, dar fim aos programas de inclusão social, efetivar o programa de governo ultraliberal do derrotado PSDB em quatro eleições presidenciais consecutivas, vender a toque de caixa as estatais, principalmente a Petrobras, empresa simbólica, que no imaginário brasileiro representa a independência e o desenvolvimento do Brasil, fato este que causa ódio e rancor aos "aristocratas" de província e cucarachas endinheirados em Miami.

Estas importantes questões deixam, indubitavelmente, inconformada a grande burguesia proprietária da casa grande, que sempre lutou por um País dependente, vinculado à órbita dos Estados Unidos e sem influência e expressão internacional, porque, na verdade, os golpistas de direita querem usufruir e se locupletar do Brasil como se o País fosse um gigantesco e eterno fazendão do século XIX e das primeiras décadas do século XX.

Os escravocratas e imperialistas querem um País para poucos, com um estado mínimo, mas que propicie a transferência do dinheiro e do patrimônio público para a iniciativa privada, que, apesar de cantar loas e boas a tudo que é particular, jamais abriu mão das benesses do estado, que mantém seus benefícios e privilégios, por intermédio da venda das estatais e de opulentos empréstimos mediante os cofres de bancos estatais.

Instituições bancárias a exemplo do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do BNDES, do Banco do Nordeste do Brasil e do Banco da Amazônia. Crédito apenas para os empresários, pois o estado patrimonialista é, na verdade, a torneira aberta para inundar de dinheiro e de riquezas a plutocracia nacional e internacional.
O que interessa a esses grupos alienígenas e fundamentalistas do mercado é, sem dúvida, manter o Brasil eternamente como País emergente, mediano, mas sem voz ativa nos fóruns internacionais, como a ONU e o FMI. Dar fim à diplomacia independente, autônoma e não alinhada dos governos do PT é o que está a acontecer, com o antirrepublicano e antinacionalista José Serra, um privatista fanático, ligado às corporações internacionais.

A verdade é que tal tucano golpista há muito tempo deveria estar preso por motivo de crime de lesa-pátria. Trata-se de um conspirador, sabotador e traidor da Pátria, que elaborou um projeto de privatização do Pré-sal, porque já sabia, de antemão, que Dilma Rousseff sofreria um golpe criminoso. Serra tem um comportamento psicótico e pernicioso, mesmo a ser delatado por vários empreiteiros no âmbito da Lava Jato.

Blindado pela imprensa de negócios privados dos magnatas bilionários e pelo Judiciário, o usurpador do PSDB chegou ao Executivo por um golpe. Como todo golpista tem um viés para a ilegalidade e nenhuma autocrítica, tal sujeito se considera apto a mandar no Brasil, sem, no entanto, ter sido eleito pelo povo brasileiro, no que diz respeito a comandar setor tão importante do Governo Federal, como o é o Itamaraty.

Serra é um dos fiadores do governo corrupto de *mishell temer/PSDB, afinal o partido dos tucanos assumiu vários ministérios, todos eles de relevância e com orçamentos gigantes. O PSDB entrou para história, quer queira ou não, como um partido golpista de caráter udenista, conforme vai registrar a história. O PSDB saiu de cima do muro e assumiu, definitivamente, ser o partido da plutocracia, do empresariado e de direita. O PSDB é a direita. Ponto.   

A intenção do consórcio golpista que conquistou o poder, por meio de um golpe criminoso, é fazer com que o Brasil seja um grande duto para repassar riquezas, mas manter as desigualdades sociais, de forma que o povo continue sem instrução e sem acesso ao conhecimento, uma forma perversa e diabólica de se manter uma imensa população sob grilhões, como massa de manobra, a ter seus braços para servir a burguesia, e só.

A verdade é que neste infeliz e azarado País viceja a mais estúpida, perversa e preconceituosa burguesia do mundo ocidental. Trata-se da "elite" que faz juras ao retrocesso, sendo que, antes de tudo e qualquer coisa, luta contra o Brasil. A verdade é que o inimigo do povo brasileiro e dos interesses desta Nação é interno e não externo, porque os estrangeiros não precisam usar de força militar ou de pressão econômico-financeira para ter acesso às riquezas do Brasil, porque temos nessas terras uma casa grande entreguista, feudal, subordinada e subserviente às potências ocidentais, ao tempo que de visão estratégica míope e pensamentos imperiais perante os países latinos, africanos, árabes e o povo brasileiro, que sempre foi tratado pelas classes dominantes apenas como mão de obra barata, cujo lugar é a senzala e nada mais.

Dito isto, volto a refletir sobre as palavras e as ações de Renan Calheiros em relação à Lava Jato e seus "Intocáveis", além de aproveitar para citar também o delegado irresponsável, Filipe Hille Pace, talvez o alter ego do famoso delegado aecista Márcio Anselmo, que, vez ou outra, acusa Lula de ter cometido crimes sem apresentar quaisquer provas. Márcio Anselmo e seus parceiros de menganhagem de Curitiba xingavam afrontosamente Lula e Dilma pelo facebook, no decorrer das eleições presidenciais de 2014. É essa gente da ativa e em pleno exercício profissional como servidor público que denuncia, acusa, julga e quer prender Lula, mas que age como inimiga do ex-presidente, a inclusive participar de escaramuças político-eleitorais. Durma-se com um barulho desse.

Agora temos o delegado da PF, Filipe Hille Pace, a dar "batatadas", a torto e a direito. Toda semana aparece um meganha do Judiciário para fazer algo estúpido e sem pé nem cabeça, com o objetivo de manchar a imagem de Lula e desconstruir sua memória política e o legado social de seus dois governos. O referido sujeito, que não participa diretamente das investigações, como frisou o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, fez uma denúncia vazia, mas com propósito político, evidentemente. Só querem fazer política, mas fiscalizar e guardar as imensas fronteiras do Brasil e trocar tiros com traficantes de armas e drogas, os policiais da PF não querem. Lógico. Matar e prender bandidos armados não dá mídia e nem status. Além disso, eles devem sentir enfado ou tédio...

Lula foi acusado de ser o "Amigo", codinome que consta em planilha de pagamentos de propinas por parte da Odebrecht. Para o delegado, que dever ter tido uma crise de alucinação midiática, Lula teria recebido R$ 23 milhões. O "Amigo" é o Lula, e pronto, tá decidido! O meganha decidiu, e fim de papo! Não há provas; porém, e daí? O delegado está cheio de "convicções". Ele não é mais um dos gênios da PF e do MPF?

O MPF do powerpoint. A PF das escutas ilegais em mictórios de presos da Vara do Moro. A PF do agente japonês herói dos coxinhas preso por contrabando. O agente que guardava presos e a usar tornozeleira. Disparate, deboche e escárnio com a sociedade brasileira mais atenta e que não deixa levar pelas manipulações e distorções da imprensa de mercado envolvidíssima com mais um golpe no Brasil, conforme percebeu até a imprensa conservadora dos países desenvolvidos.

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