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26/10/2016
Queda de Temer já entra no radar da grande mídia. E o “queridinho” FHC também…
Por Fernando Brito
Na semana passada, com a prisão de Cunha, era apenas um boato que se esgueirava nas redes sociais.
Hoje, na Folha, a insustentabilidade de Michel Temer na Presidência ganha as páginas de jornal, na coluna de Monica Bergamo, na Folha:
A possibilidade de o governo de
Michel Temer (PMDB-SP) não conseguir atravessar a turbulência da delação
premiada da empreiteira Odebrecht passou a ser considerada e discutida
entre lideranças de partidos diversos como o PSDB e o PT.
Alternativas a Temer passaram a ser aventadas e até nomes que poderiam ser eleitos pelo Congresso Nacional, num pleito indireto, em 2017, são citados.
Entre eles está o de Fernando Henrique Cardoso e até o de Nelson Jobim, ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal).
Jobim, que foi ministro dos governos FHC, Lula e Dilma, teria a vantagem de circular por todos os principais partidos, conseguindo um mínimo consenso em caso de crise extrema. E um problema: ele foi contratado pela Odebrecht e atuou como consultor da empresa quando ela começou a ser investigada na Operação Lava Jato.
Alternativas a Temer passaram a ser aventadas e até nomes que poderiam ser eleitos pelo Congresso Nacional, num pleito indireto, em 2017, são citados.
Entre eles está o de Fernando Henrique Cardoso e até o de Nelson Jobim, ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal).
Jobim, que foi ministro dos governos FHC, Lula e Dilma, teria a vantagem de circular por todos os principais partidos, conseguindo um mínimo consenso em caso de crise extrema. E um problema: ele foi contratado pela Odebrecht e atuou como consultor da empresa quando ela começou a ser investigada na Operação Lava Jato.
A fumaça, todos sabem, precede o fogo.
Se isso circula no meio político, mais bem informado que nós, meros mortais, principalmente num momento em que os órgãos policiais e judiciais passaram a fazer política militante, tem lá suas razões ou, ao menos, vertentes no que Cunha tem a dizer sobre seu seu antigo grande amigo, para o qual arquitetou a chegada ao governo da República.
Naquele neologismo de Cunha, Temer é o grande “usufrutário” de sua ação criminosa.
A segunda questão é que o simples mencionar de uma eleição direta e, pior, com a menção à uma eventual “eleição” de Fernando Henrique Cardoso (que a esta altura deve ter uma mosca azul do tamanho de um 747 pousada na cabeça), feita por um Congresso que está mergulhado até a medula em maracutaias e negociatas mostra que a solução constitucional vai representar a escolha de um governo de absoluta ilegitimidade diante do povo brasileiro.
E não se governa mais um país de 200 milhões de habitantes, no século 21, na era da internet e a hegemonia da mídia sem legitimidade.
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