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23/11/2016
Advogados de Lula enfrentam Moro e sua seletividade — Petrobras, Parente, imprensa, corrupção e escravidão
Palavra Livre - Posted: 23 Nov 2016 01:22 AM PST
por Davis Sena Filho
"Pode
ser inapropriado, mas é perfeitamente jurídico e legal. O juiz preside,
o regime é presidencialista, mas o juiz não é o dono do processo. Aqui
os limites são a lei. A lei é a medida de todas as coisas. E a lei, no
processo, disciplina esta audiência. A defesa tem direito de fazer uso
da palavra pela ordem para arguir questão de ordem. Ou, se vossa
excelência quiser eliminar a defesa — e eu imaginei que isso tivesse
sido sepultado em 1945 (...). Se vossa excelência quiser suprimir a
defesa, acho que não tem necessidade nenhuma de continuarmos essa
audiência". (José Roberto Batochio, advogado da defesa de Lula, a
discutir com o juiz Sérgio Moro)
"A
suspeição de vossa excelência [apresentada em ação no TRF-4] resulta
exatamente disso. É que vossa excelência se coloca na posição do
Ministério Público. Vossa excelência, que não pode produzir provas na
audiência, quer produzir provas! Está trazendo para o processo questões
que não foram objeto de questionamentos nessa audiência. É por isso que
vossa excelência continua sendo suspeito [para julgar Lula]". (Advogado
da defesa de Lula presente à audiência ao contestar o juiz Sérgio Moro)
Vamos
à pergunta que se recusa a calar e que incomoda muita gente: "A quem
Sérgio Moro representa, e ele fala por quem e para quem?" Por mim e para
mim, como cidadão brasileiro, o magistrado de primeira instância não
fala e muito menos me representa. A milhões de brasileiros que não
compactuaram com o golpe criminoso de estado terceiro-mundista promovido
por cafajestes também acredito que o juiz de província não fala e nem
representa.
Portanto,
Moro deve falar para a grande mídia venal e totalmente envolvida com o
desmonte do Estado brasileiro (o crime dos crimes) e para a ex-oposição
demotucana, cujos membros ainda não foram presos e, ao que parece, nunca
serão, pois nesta republiqueta das bananas, onde um juiz de primeira
instância faz o que quer, ao ponto de quebrar a avançada engenharia
brasileira, por intermédio de suas construtoras, que eram responsáveis
por quase 15% do PIB deste País e que empregavam dezenas de milhares de
pessoa no Brasil e no exterior.
A
verdade é que realmente todo esse arcabouço jurídico e judicial faz com
que o juiz Moro também seja objeto de desconfianças, pois, além de ele
ser parcial e seletivo, passa-se a ponderar que o magistrado deve
trabalhar também em prol de interesses estrangeiros, sem cairmos,
ingenuamente, em teorias da conspiração e outros salamaleques, que
transformam a vida real, que é dura e injusta, em historietas da
Carochinha.
A
verdade é que o juiz Moro não é um juiz confiável, pois vocacionado
para as bravatas e as luzes da ribalta, a ter a imprensa de mercado como
parceira. A imprensa familiar sonegadora de impostos, contrabandista de
materiais e equipamentos televisivos, mau pagadora de dívidas
bilionárias aos bancos públicos, cujos donos, os magnatas bilionários,
têm contas no exterior não declaradas ao Fisco, bem como possuidores de
patrimônios em nome de terceiros por meio de offshores, como, por
exemplo, a Mossack Fonseca.
A
questão é que Moro atua como delegado e promotor, sendo que ele é juiz.
Ele não pode produzir provas. Por isto que juízes são chamados de
magistrados, coisa que o Moro não é e parece não entender que servidor
público não pode e não deve fazer política, escolher lado partidário e
ter cor ideológica. Juiz, promotor e delegado têm de ser isentos, porque
são esses agentes públicos os responsáveis por executar as leis e
garantir a paz social entre as pessoas e os diferentes e diversificados
grupos, segmentos e setores.
Há
dois anos o juiz Sérgio Moro está à frente da força-tarefa da Lava
Jato. Há dois anos que não é preso, o que já seria pedir demais, um
único tucano do PSDB, pois como afirmei antes, existem também tucanos do
DEM, do PPS e do PSB. Há dois anos que tal excelência afirma que "não
vem ao caso" quando é perguntado, inclusive no exterior, o porquê de os
políticos do PSDB, do DEM e do PPS não são sequer chamados para depor,
mesmo como "convidados" ou testemunhas.
Trata-se
de algo surreal e que realmente afronta, impiedosamente, a inteligência
alheia ou do cidadão que tem o mínimo de discernimento e sensatez, por
não se tratar de um tresloucado que sai às ruas a vociferar feito um
doido varrido contra os partidos de esquerda, contra os milhões de
eleitores que votaram em Dilma Rousseff e no Lula, bem como, dá para
desconfiar, passaram por um processo de lavagem cerebral, no decorrer de
quase 14 anos, realizado pela mídia monopolista dos coronéis
midiáticos, que desde a terceira década do século passado estão
envolvidos em todo tipo de crimes, sendo que os mais graves são os
golpes de estado, geralmente contra presidentes da corrente política
trabalhista.
O
que o juiz Sérgio Moro faz é um achincalhe medieval. Cerceia
testemunhas, prende pessoas que estão a ser acusadas e que não foram
ainda julgadas, alia-se à imprensa comercial e privada mais corrupta e
golpista do mundo ocidental e age como acusador, principalmente quando
se trata do ex-presidente Lula. Os advogados de Lula, que participaram
de audiência acontecida ontem, 21/11, tiveram de ser duros para que
Sérgio Moro, que é processado por Lula no Brasil e no exterior,
conduzisse o depoimento do senador cassado, Delcídio do Amaral, com
lisura, isenção e a respeitar o processo legal.
Moro
é acusado de muitos crimes, sendo que, além da perseguição canina ao
político trabalhista, ele violou o Código Penal e a Constituição ao
permitir e dar ordens para que policiais fizessem escutas em mictórios
de presos e no escritório dos advogados de Lula, fatos esses que em um
País civilizado e com tradição democrática, afastariam sumariamente o
juiz de primeira instância da Lava Jato, bem como ele seria processado,
julgado e, quiçá, preso, além de perder o cargo para o bem do serviço
público.
Eu
sei que o Brasil é um republiqueta bananeira cheia de coxinhas
analfabetos políticos, ferozmente preconceituosos e politicamente
conservadores. Eu sei que neste País vive e mora uma burguesia branca,
cucaracha, racista, egoísta, violenta e colonizada. Eu sei que aqui, na
Terra Brasilis, vive uma classe média que comemora a prisão de um
ex-governador acusado de corrupção, como o Sérgio Cabral Filho, mas que
não move uma palha e não grita um "ai" para impedir que as estatais
brasileiras sejam vendidas e que os programas sociais, ao invés de serem
extintos, sejam preservados e até mesmo ampliados.
Temos
no Brasil um monte de "Moros" analfabetos políticos e com curso
superior, mas com nenhum compromisso com os interesses da Nação, tanto
no âmbito econômico quanto no âmbito social. É inacreditável que nenhum
promotor ou procurador, por mais alienado e reacionário que seja, não
conteste com firmeza as ações do governo de *mi-shell temer, que está a
vender o País, a desmontar o Estado e, irresponsavelmente e
criminosamente, a esquartejar a Petrobras e suas subsidiárias, por
intermédio do "feirão do Pedro Parente", o demente do fundamentalismo de
mercado, a incluir também o Pré-Sal, de forma que o Brasil fique sem o
controle da cadeia produtiva de petróleo, gás e outros derivados.
Trata-se
de um governo de direita (PMDB/PSDB/DEM/PPS) tão canalha e traiçoeiro,
que mata no nascimento as gerações futuras, porque as atuais já estão
com seu futuro seriamente comprometido. Por sua vez, a Justiça e o MPF
não tem nada a questionar quanto à entrega do presente e do futuro da
Nação brasileira por parte dos golpistas, a impedi-la de se desenvolver e
ser independente, a se valer do "economês" dos tempos de FHC — o
Neoliberal Golpista I — para roubar e vender o Brasil.
O
"economês", amplamente divulgado pelos jornalistas e "especialistas" de
prateleiras da imprensa meramente mercantil, tem a finalidade de causar
confusão, dúvidas e dar uma "satisfação" ao público sobre o porquê de
ele estar sendo roubado sem vaselina, pois já domesticado pela lavagem
cerebral midiática, que tem a finalidade de fazer com que o cidadão, que
está a ser roubado considere normal o Brasil ficar sem suas estatais e
as riquezas geradas por elas, para que a gringada malandra e esperta
usufrua tudo isto em forma de bilionárias remessas de lucros, que vão
gerar emprego no exterior ao invés de criá-los no Brasil.
Evidentemente
que um coxinha diria: "Venda para acabar com a corrupção". Como se
capitalistas estrangeiros e brasileiros não fossem corruptos, ainda mais
a explorar riquezas de outras nações. Contudo, respondo: "Empresa
estatal dos portes da Petrobras, do Banco do Brasil, da Eletrobras, da
Vale do Rio Doce e da Telebras não se vendem, porque importantes e
insubstituíveis para que o Brasil possa se desenvolver. Ou você acha que
é a Globo que desenvolverá o Brasil, com o "Criança Esperança", a
Fundação Roberto Marinho, o Faustão, o Luciano Huck, as telenovelas de
péssima qualidade e o sedicioso e golpista Jornal Nacional?
A
verdade é que os coronéis midiáticos sempre viveram do dinheiro
público, inclusive com privilégios e favorecimentos indevidos concedidos
por políticos no poder, como agora acontece por intermédio do
traiçoeiro mi-shell temer, que aumentou, vergonhosamente, a grana de
publicidade para as empresas midiáticas que apoiaram o golpe criminoso
de estado contra a presidente constitucional e legítima, como o é Dilma
Rousseff, que recebeu do povo brasileiro 54,5 milhões de votos, que
foram criminosamente invalidados.
Considero
que os magnatas bilionários de imprensa deveriam, urgentemente, fazer
propaganda em suas mídias em prol da desestatização ou da privatização
de suas empresas, pois, como asseverei, elas são sustentadas pelo
dinheiro público há muito tempo. E não é pouco dinheiro; é muito. Essa
gente dos oligopólios midiáticos é tão competente como os empresários
das teles privatizadas, as campeãs de reclamações do povo brasileiro,
que, além de serem socorridas como o foi a incompetente OI, não cumprem
com os contratos de expansão de seus serviços, por exemplo, com a
cumplicidade perniciosa da Anatel.
Aliás,
diga-se de passagem, as agências não servem para nada, a não ser
infernizar a rotina dos trabalhos das empresas estatais deste País, pois
o propósito real é defender os interesses do mercado privado, seja em
que segmento ou setor que assumiu os ativos da empresa pública, mas que
para ter lucros maiores necessita burlar as regras do País e do mercado.
As agências são invenções de tucanos de má-fé dos tempos das
privatizações do Governo FHC.
As
agências reguladoras são, na verdade, as "advogadas" das estatais
privatizadas, porque, se pararmos para pensar, qual é a finalidade da
Agência Nacional do Petróleo (ANP) se a Petrobras tem o monopólio do
petróleo? Só se for para fazer o jogo da iniciativa privada, que adora
dinheiro público, lucrar ao máximo e socializar os prejuízos com o
contribuinte, como acontece agora com a telefônica OI, dentre muitas
outras empresas, que se beneficiaram da "doação" do dinheiro e do
patrimônio públicos.
Cadê
o MPF e a Justiça? Ah, entendi, não é o governo do PT que está a salvar
a OI e outras empresas, como a "Abril" e o "Estadão", que venderam
grande parte de seus ativos e estavam em regime quase falimentar. O
dinheiro concedido para salvar os falidos do mundo corporativo privado
foi autorizado pelo político, minúsculo, *mi-shell temer. Ah, se fosse o
Lula ou a Dilma a socorrer os incompetentes da OI ou da iniciativa
privada em geral...
Certamente
diriam que os dois ex-mandatários são corruptos e por isso receberam
propinas ou que foi a mando do Lulinha — o filho do Lula. Tudo pertence
ao filho do Lula e nada é dos filhos do FHC, do Alckmin, do Serra, do
Richa, do Neves etc. Pelo menos para os "intocáveis" do Judiciário
seletivo e partidário, que desconhece a isenção e despreza a
Constituição, afinal tratamos de togados seletivos, que permitiram a
efetivação de um golpe contra o Brasil e liderado pelo malfeitor,
Eduardo Cunha, que, no decorrer de quase um ano, ficou livre para
derrubar Dilma Rousseff, com a cumplicidade do STF. Porém, a culpa é do
Lulinha. O pior é que os paneleiros tresloucados de amarelo iriam
acreditar e correr às ruas como autênticas doidivanas. Durma-se com um
barulho desse.
Não
se vende patrimônio público em nome do combate à corrupção, ainda mais
quando se trata de empresas estratégicas da importância da Petrobras ou
da Eletrobras. Prendem-se os corruptos e os corruptores. Não são as
empresas que roubam. Quem rouba são os ladrões. Pedro Parente, José
Serra, Aécio Neves, *mi-shell temer et caterva, dentre muitos outros,
deveriam estar presos, a começar por terem recebido altas somas por meio
de propinas, conforme afirmam os delatores da Lava Jato. Parente,
então, que já afundou várias empresas, deveria ser sumariamente
demitido, investigado e, se for o caso, preso.
Uma
das acusações das inúmeras contra o Parente seria a de crime de
lesa-pátria, que é tipificado pela Lei brasileira. Não é possível que
esse sujeito sem autoridade política, sem um único voto, que assumiu
cargo tão importante por meio de um golpe, seja o (ir)responsável pela
entrega da Petrobras, empresa que refina o petróleo e passará a não ter
como distribuí-lo, pois o incompetente e entreguista Pedro Parente
vendeu a BR Distribuidora, além da Liquigás e do gasoduto Nova
Transportadora Sudeste (NTS), tudo a toque de caixa, em apenas cinco
meses à frente da Petrobras.
Parente,
o mão de tesoura, o fundamentalista do mercado, o fanático do capital é
um sujeito muito perigoso para a sociedade brasileira e,
consequentemente, deveria, como aconteceu com o Sérgio Cabral Filho, ser
imediatamente preso. Trata-se de um pau mandado das oligarquias
brasileiras, das corporações internacionais e homem de confiança do
golpista José Serra, aquele dos R$ 23 milhões em propinas depositadas no
exterior, de acordo com a Lava Jato, que até agora, por causa da
conduta do juiz Sérgio Moro e dos procuradores Deltan Dallagnol e Carlos
Fernando, ainda não foi convocado para dar um simples depoimento quanto
mais ser preso ou afastado do Itamaraty pelo golpista mi-shell temer,
um usurpador do poder muito menor do que o tamanho do Brasil, consoante
as palavras verdadeiras e observadoras de Dilma Rousseff.
Entretanto,
o Judiciário é também, sem sombra de dúvida, protagonista do golpe,
pois o principal responsável, junto com a imprensa alienígena, pelo
hediondo crime de lesa-pátria, que lhe passa pelas ventas, só que essa
gente cúmplice de inominável patifaria está a se preocupar com suas
carreiras, seus altos salários, que humilham o trabalhador que ganha
salário mínimo, além de aparecer nos jornais da imprensa da casa grande
corrupta e que, por intermédio de sua porta-voz, as mídias monopolizadas
e cruzadas, massacram seus inimigos políticos e moem reputações, em
nome da "liberdade" de imprensa.
A
"liberdade", obviamente, somente para a imprensa de negócios privados
falar sozinha, blindar seus aliados e censurar aquele que não lê por sua
cartilha, a impedir o acusado ou agredido de se defender no mesmo
espaço e tempo, afinal no Brasil o setor midiático não é regulamentado,
como acontece nos países civilizados e em países emergentes, como a
Argentina. Como temos no Brasil uma "elite" bárbara, selvagem e super
atrasada, que jamais pensou o Brasil, temos também uma sociedade vítima
de golpes e que jamais será desenvolvida e justa, mas violenta e
sectária, como realmente ela o é.
Como
os procuradores e juízes não percebem que o governo do traidor e
usurpador *mi-shell temer é um governo de malfeitores, um staff composto
por indivíduos golpistas, que respondem a dezenas de processos e estão
diretamente ligados aos crimes investigados pela Lava Jato, não somente a
ter a Petrobras como origem da corrupção, mas também outras estatais,
como o Porto de Santos, a Lista de Furnas, o Banestado (escândalo
conhecidíssimo pelo juiz Moro e o procurador Carlos Fernando dos Santos
Lima), o Mensalão do PSDB, o Trensalão e o Metrozão de São Paulo, sendo
que o maior e incomparável escândalo foi a Privataria Tucana, quando os
demotucanos venderam mais de 60% do patrimônio público e não construíram
sequer uma escola técnica. E os procuradores e juízes de braços
cruzados. Exige-se respeito sem se dar ao respeito.
Sérgio
Moro, depois de tudo o que aconteceu, a exemplo dos áudios de Lula
vazados, as invasões de sua empresa de palestras e da casa de seus
filhos, o vazamento de contas bancárias e sigilos telefônicos, o
sequestro de Lula para o aeroporto em São Paulo e levado de forma
coercitiva, as acusações midiáticas a Lula feitas por procuradores
obsessivos, com o apoio de Moro e a apresentação de um ridículo
powerpoint de caráter escandaloso, opressivo e sem provas, além das
acusações sem quaisquer provas contra Lula sobre o sítio de Atibaia e o
triplex de Guarujá.
Além
disso, vale relembrar, ocorreu o absurdo e criminoso grampo no
escritório dos advogados do ex-presidente Lula, além do incomparável, em
termos criminais, vazamento do áudio da conversa entre a presidente
Dilma e o Lula, pois a intenção era impedir que o político do Partido
dos Trabalhadores fosse nomeado chefe da Casa Civil, o que de fato
aconteceu para o regozijo do político Sérgio Moro, do PSDB do Paraná.
Para
concluir, ainda teve as maledicências sobre os presentes de Lula,
porque, no fundo, esses togados consideram que um homem de origem pobre
não tem o direito de receber homenagens e presentes do povo e de
autoridades estrangeiras e brasileiras. O FHC pode, mesmo quando ele
passou a sacolinha junto a empresários, em pleno mandato, para poder
construir o instituto iFHC, além de nunca ter sido importunado por causa
de seus presentes. E os juízes, os procuradores e os delegados acham
que todo mundo é idiota, talvez porque equivocadamente consideram que o
povo ou parte dele não vê os dois pesos e as duas medidas praticados por
"justiceiros". Só que vê, percebe e compreende! Ponto.
Foi
muito duro para essa gente de ideologia coxinha ver o povo brasileiro
melhorar de vida e ainda ter de ficar sobressaltado com a possibilidade
de Lula se candidatar a presidente em 2018, sendo que o líder
trabalhista lidera todas as pesquisas eleitorais. Moro e seus pitbulls
do MPF e da PF têm de agir rápido, de modo que Lula seja condenado mesmo
sem ter cometido crimes, e, com efeito, afastado da corrida
presidencial, a deixar livre o caminho para o candidato do PSDB, que,
após assumir o poder central por meio de um golpe bananeiro, poderá,
enfim, reconquistar a cadeira da Presidência da República por causa da
destruição do PT e do afastamento forçado de Lula da política nacional.
O
PSDB e seus comparsas poderão, definitivamente, transformar o Brasil em
um gigantesco fazendão e, por conseguinte, fazer deste País um
exportador de produtos primários, realidade brasileira antes de o
presidente e estadista Getúlio Vargas assumir o poder em 1930, e,
posteriormente, industrializar o Brasil. Afinal, a casa grande
escravizou seres humanos por 388 anos. Plantou cana de açúcar e café,
criou gado e garimpou ouro, mas ganhou dinheiro mesmo com o tráfico de
escravos. E como!
É
desta questão histórica, sociológica e antropológica que desde seus
primórdios se origina o individualismo, o egoísmo, a violência e a
perversidade da sociedade brasileira, principalmente de suas
atrasadíssimas oligarquias urbanas e rurais. Sem sombra de dúvida. O
Brasil foi o País que mais traficou seres humanos em números absolutos —
cerca de seis milhões —, sendo que no fim do sistema de comércio de
escravos, 60% dos cativos eram crianças. Só para registrar e se ter uma
ideia de saber com qual burguesia o povo brasileiro está a lidar e a se
meter para enfrentá-la, se tiver coragem. A casa grande e a senzala
estão no imaginário coletivo do povo do Brasil, como tatuagem na pele ou
na carne. Inesquecível, pois imortal.
Por
isso a explosão de todo tipo de preconceitos dos coxinhas (ricos e
classe média) em suas micaretas travestidas de protestos. Pediram até
por uma ditadura militar, mas são tão inconsequentes, irresponsáveis e
despolitizados, que mal sabem que em uma ditadura militar jamais teriam
condições de ocupar as ruas para fazer manifestações, porque,
obviamente, seriam duramente reprimidos pela força bruta policial, além
de suas lideranças serem presas e torturadas. Quanta ignorância sobre
história, ditadura e democracia...
Abriram
a caixa de Pandora de preconceitos enraizados, mas adormecidos.
Perderam a vergonha, o pudor e expuseram suas miserabilidades humanas
com terrível orgulho e soberba. E deu no que deu: mais um golpe de
terceiro mundo, fruto do sectarismo de classe social e do racismo da
burguesia e da pequena burguesia. A corrupção foi motivo para essa gente
ir às ruas. É verdade. Por sua vez, o motivo principal não foi a
corrupção, mas, evidentemente, a intolerância com a melhoria de vida dos
mais pobres.
Se
a corrupção fosse o motivo principal dos coxinhas, mi-shell temer na
estaria no poder, Moro seria cobrado para NÃO ser seletivo e parcial, os
tucanos de São Paulo não governariam mais o Estado, e os juízes do STF
teriam de exigir que os juízes de todos os tribunais fossem isentos e
justos, inclusive o condestável Gilmar Mendes, do PSDB do Mato Grosso. O
juiz Sérgio Moro representa simbolicamente e historicamente o Brasil da
República do Café com Leite. Moro e seus asseclas têm a cara de 1932.
Moro é o feitor das grandes corporações e das oligarquias brasileiras.
Os verdadeiros ricos, a plutocracia, a quem o Judiciário tem servido.
Na
audiência, o cassado Delcídio Amaral não confirmou quaisquer crimes
imputados a Lula. Ele disse que "ouviu falar" de casos sobre Lula, sendo
que, conforme reconheceu Delcídio, o delator, Lula nunca deu-lhe
intimidade para falar, por exemplo, sobre questões da Petrobras e muito
menos tecer comentários sobre Paulo Roberto Costa, Renato Duque e a
"compra" do silêncio de Nestor Cerveró.
A
verdade é que se trata de ex-servidores de carreira da Petrobras, que
já tinham esquemas montados de corrupção desde os tempos de Sarney,
Collor e FHC, que a PF, o MPF e a Justiça nunca, até então, tiveram o
trabalho de descobrir. Delcídio trabalha em prol de seus interesses, de
sua liberdade. Trata-se de um delator medroso, acostumado a viver com
conforto e opulência, que usou o nome de Lula para atender os anseios e
os interesses da Lava Jato, interessada em implicar o Lula como "chefe
de quadrilha". Delcídio quando viu o caldo engrossar para o seu lado
piou igual a pinto com medo de chuva forte.
A
verdade é uma só: o juiz Moro vai julgar e condenar o ex-presidente
Lula. Vai condená-lo sem provas e sem dor de consciência, pois nunca a
teve, afinal compromissado com o lado que assumiu o poder por intermédio
de um golpe de estado, especialmente no que diz respeito aos tucanos do
PSDB, porque tem os do DEM e os do PPS. Moro, propositalmente ou não,
atendeu aos anseios dos golpistas da política e das mídias privadas.
Nada
anda sozinho. Está tudo entrelaçado, em um consórcio de direita:
Justiça, MPF, PF, imprensa, empresários e Congresso, notadamente os
políticos do PMDB, PSDB, DEM e PPS, que tomaram o poder de assalto para
impor o fracassado programa neoliberal rejeitado quatro vezes pela
maioria do povo brasileiro, transformar o Estado em mínimo, vender o
patrimônio público e, se for possível, fugir da cadeia. Porém, todo
mundo sabe, até os recém-nascidos, os mortos, os marcianos e os coxinhas
despolitizados e tresloucados: "tucano preso não vem ao caso". É isso
aí.
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