03/04/2017
Edu acusa Moro de violar sigilo telefônico
Trata-se de um violador em série?
Do Conversa Afiada - publicado 03/04/2017
Na foto, aquilo de que o Juiz Moro se livrou... (Reprodução: Terra)
O Conversa Afiada reproduz da Fel-lha gravíssima acusação do blogueiro sujo (segundo o Careca)
Pela segunda vez em sua trepidante carreira, o Imparcial de Curitiba teria manipulado de forma ilegal um grampo telefônico.
Na primeira vez - circunstância que, nos Estados Unidos, o levaria à cadeira elétrica -, ele violou telefonema de uma Presidenta da República com um ex-Presidente fora do prazo autorizado pela Justiça e vazou o conteúdo para... a... a Globo!
Bingo!
Um juizaço!, diriam no Conselho Nacional de Justiça, CNJ, se existisse!
Dessa vez, ele violou um sigilo telefônico - segundo a acusação do Edu no artigo na Fel-lha - para obter a identidade de uma fonte de informação!
Isso, nos Estados Unidos, daria duas execuções na cadeira elétrica: violar a privacidade de um telefonema para identificar a fonte de informação de alguém no exercício de atividade jornalística!
À vítima, o Edu:
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Julgado pelo inimigo
Em 4 de maio de 2015, este blogueiro ofereceu representação ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz Sergio Moro para questionar a prisão ilegal, por sua ordem, de uma cidadã brasileira. O caso foi relatado por esta Folha em 23 de abril de 2015.
Em 21 de junho do mesmo ano, publiquei no Blog da Cidadania um artigo em que dizia que a condução da Lava Jato por Moro prejudicava a economia. E fiz no Twitter divulgação para o texto dividida em três partes, devido à limitação de caracteres.
"1 - A economia está sendo destruída pela política. A direita prefere ver o barco afundar a ver o país distribuindo renda; 2 - Cada brasileiro que se entusiasma ao ver a derrocada petista não sabe que essa politicagem vai lhe custar caro; 3 - Os delírios de um psicopata investido de um poder discricionário como Sergio Moro vão custar seu emprego, sua vida."
Basta ler as mensagens para perceber que não houve qualquer ameaça, pois estou me dirigindo ao leitor e expondo minha visão sobre as consequências da Lava Jato.
Hoje fica evidente que empregos e vidas foram mesmo sacrificados. Pouco tempo depois da publicação do artigo, no entanto, o juiz representou criminalmente contra mim na condição de vítima de "ameaça", a partir da leitura de tais mensagens.
Tomei conhecimento disso apenas em fevereiro último, quando recebi intimação para depor na sede da Polícia Federal em São Paulo e explicar a minha "ameaça" ao magistrado.
Na terça-feira, 21 de março, às 6h, minha mulher e eu fomos acordados por um barulho de arrombamento na porta da frente de meu apartamento. O estrondo despertou também minha filha de 18 anos, que sofre de paralisia cerebral, deixando-a muito assustada.
Os policiais exigiram senhas de computador e celulares e me levaram à força para depor. A inquirição começou sem a presença de meu advogado.
Tudo isso se deve a que, em fevereiro de 2016, divulguei no Blog da Cidadania informação de que seriam quebrados os sigilos fiscal e bancário de pessoas e empresas ligadas ao Instituto Lula. Afirmei no mesmo texto que procurei o instituto para verificar a autenticidade do fato.
Detalhe: recebi essa informação de uma pessoa que não conheço, um provável leitor, via WhatsApp. Seja como for, tudo isso deu origem a três processos.
No primeiro, representei contra o magistrado; no segundo, ele se disse vítima de ameaça de minha parte e ofereceu contra mim uma representação criminal; no terceiro, ordenou medidas judiciais restritivas contra minha liberdade, meu patrimônio e sigilo telefônico.
O juiz Sergio Moro afirma que não sou um "verdadeiro jornalista" porque teria revelado minha fonte. Não foi o que aconteceu. O interrogatório começou com exibição de foto e nomes dos acusados pelo inquiridor. Disse-me que já sabia "de tudo".
A verdade é que o juiz descobriu minha fonte violando meu sigilo telefônico, decisão cuja ilegalidade ele mesmo reconheceu na última semana.
Não se pode admitir que essas duas pessoas -Moro e eu- figurem em processos criminais, ora como vítima/acusado, ora como julgador/julgado. Afinal, a imparcialidade é virtude essencial a um "verdadeiro magistrado".
EDUARDO GUIMARÃES é jornalista e editor do Blog da Cidadania
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