sábado, 6 de setembro de 2014

Contraponto 14.696 - "Nassif alerta: cuidado com as jogadas da Veja"

 

06/09/2014

 

Nassif alerta: cuidado com as jogadas da Veja

 
Tijolaço - n6 de setembro de 2014 | 18:17 Autor: Miguel do Rosário 
Blefe-PT
 


Miguel do Rosário 

O jornalista e blogueiro Luis Nassif, um expert em desmontar factóides da Veja, alertou hoje os internautas a tomarem cuidado com os blefes da revista. Segundo ele, a Veja desta semana, blefou.

Mais uma vez, Veja vendeu o que não tinha, ou muito mais do que tinha. (…)
Veja não mostra papel, não mostra vídeo, não mostra um indício sequer de que botou a mão na massa. Tanto quanto o Estado e a Folha, ouviu um relato sobre o depoimento. A revista não cita fontes, reais ou fictícias. Não ousa escrever que “teve acesso ao depoimento”. Sequer recorre ao surrado “uma fonte ligada às investigações”.
Veja blefa, mais uma vez.

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Os cuidados com as jogadas da revista Veja

Por Luis Nassif, em seu blog.

SAB, 06/09/2014 – 13:37 ATUALIZADO EM 06/09/2014 – 14:46

Jornal GGN – É sempre útil ter cautela com a embalagem que Veja usa para embrulhar suas “denúncias”.

No final da tarde de sexta-feira, depois da primeira matéria da Agência Estado sobre o suposto depoimento de Paulo Roberto Costa, o comentário geral era que a revista Veja divulgaria todo o depoimento e a lista de políticos citados (que chegava a 62).

A revista estimulou o boato, antecipando para as 18h a divulgação da capa da semana. Uma capa genérica, sem nomes. O texto anunciava que eles viriam na edição impressa, junto com informações exclusivas sobre o “esquema de corrupção da Petrobras”.

Mais uma vez, Veja vendeu o que não tinha, ou muito mais do que tinha. Quanto a nomes, dois ex-governadores, a governadora Roseana, o ministro Lobão, um ex-ministro do PP, oito parlamentares e o tesoureiro do PT. Os suspeitos de sempre. (Grifos em verde negritado são do ContrapontoPIG)


A revista não traz as prometidas informações sobre negociatas na Petrobras. O único exemplo mencionado é uma notícia requentada sobre uma operação de debêntures, que supostamente envolveria a Postalis (e que não se realizou porque os supostos autores foram presos).

Sobrou a embalagem. Sobrou? Veja não mostra papel, não mostra vídeo, não mostra um indício sequer de que botou a mão na massa. Tanto quanto o Estado e a Folha, ouviu um relato sobre o depoimento. A revista não cita fontes, reais ou fictícias. Não ousa escrever que “teve acesso ao depoimento”. Sequer recorre ao surrado “uma fonte ligada às investigações”.

Veja blefa, mais uma vez. Mas alguém conversou sexta-feira com a revista e com os portais, e vendeu um prato requentado. E quase simultaneamente, o Valor informava sobre mais um advogado que deixava a defesa de Paulo Roberto. Assim, de repente, sem explicações.

Um advogado à solta, neste momento, é conveniente para ocultar e lançar pistas falsas sobre a fonte do vazamento. Fonte criminosa, posto que a delação corre em sigilo.

A bola está com a direção da PF, com o PGR e com o ministro Teori, que podem dar um basta nesses vazamentos seletivos.

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