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05/11/2015
Juíza Célia Regina e procurador José Alfredo politizam a Zelotes para criminalizar Lula — É o Coxinhaquistão!
Palavra Livre - 05/11/2015
Por Davis Sena Filho
O negócio é o seguinte: se Sérgio Porto — o Stanislaw Ponte
Preta — fosse vivo, ele certamente consideraria as atuações da juíza
substituta, Célia Regina Ody Bernardes Carrer, e do procurador, José Alfredo de
Paula Silva, como ações estapafúrdias, sui generis, excêntricas, sem pé nem
cabeça, mas, essencialmente, partidárias, políticas e ideológicas. Ah, sim...
Isto ele notaria e, creio eu, que ficaria pasmo ou boquiaberto por perceber que
a operação Zelotes, da PF, que investiga bilhões em dívidas e multas de megaempresários
devidos ao Fisco se torna, matreiramente e sorrateiramente, em um caso
propositalmente e politicamente direcionado para investigar o Lulinha — o filho
do Lula, bem como a acusação de “manipulação” de medidas provisórias para
beneficiar o setor automotivo é uma forma também de criminalizar o Lula por
intermédio do Gilberto Carvalho, ex-ministro do fundador do PT e da CUT.
O são inacreditáveis a vileza desses propósitos e arrumações
judiciais e jurídicas perpetrados por juízes substitutos e procuradores
alucinados pelas luzes de ribaltas, que não medem consequências e,
espertamente, desviam o foco das investigações da Zelotes para que setores do
empresariado donos das mídias, além de outros personagens da vida política
brasileira não sejam atingidos. Célia Regina e José Alfredo compartilham,
juntamente com a imprensa, com o mau juízo de valor, sendo que esses dois
servidores públicos estão a cometer, nitidamente, ações judiciais estritamente
políticas e que não vão dar em nada.
E por quê? Porque a intenção é apenas causar confusão ao
público, e, com efeito, pressionar o Governo Dilma Rousseff ao recrudescer a
crise, além de jogar o nome do Lulinha na lama, bem como cooperar para que o ex-presidente
Lula entre num processo contínuo de defesa de sua moral, sem que ele possa
respirar, porque o que a direita quer é desqualificá-lo, desconstruí-lo e, se
possível, destruir, definitivamente, sua imagem como liderança de massas e de
político republicano, pois o objetivo é não permitir que o líder trabalhista
seja candidato em 2018, bem como o PT nunca mais consiga conquistar a cadeira
da Presidência da República.
Mais uma vez, assevero: certos juízes, procuradores e policiais
são partidários, ideológicos à direita e não se rogam em fazer política, a
usufruir, indevidamente e ilegalmente, dos cargos públicos que ocupam e das
funções que exercem. Esses servidores públicos e muito bem pagos com o dinheiro
do povo brasileiro deveriam ser sumariamente afastados de seus cargos, a
respeitar os trâmites legais, porque descumprem os papéis constitucionais de
seus cargos, assim como mandaram, há algum tempo, os estatutos e os regimentos
internos de suas instituições e corporações para o espaço. Ponto.
Contudo, Stanislaw Ponte Preta, ao invés de compor o "Samba
do Crioulo Doido", optaria por escrever e musicar o "Samba da Justiça
e do MP doidos", porque não é possível que o Brasil, em pleno Estado de
Direito e com uma Constituição das mais avançadas e democráticas do mundo,
tenha de se submeter aos ditames de servidores públicos midiáticos, pagos pelo
contribuinte, que decidiram fazer política, partidarizaram-se, e,
evidentemente, escolheram um lado da luta pelo poder, que é o caso dessas duas
pessoas, sendo que a juíza é irmã de um político do PSDB, o prefeito de
Blumenau, Napoleão Bernardes.
Agora vamos aos fatos. A juíza federal e substituta deu uma
canetada em seu despacho e chamou muito a atenção pela contundência e a
preocupação de que os agentes policiais não vazassem nada à sociedade e até
mesmo para a imprensa de negócios privados, que adora premiar juízes e
promotores, como Joaquim Barbosa, Sérgio Moro e Roberto Gurgel, como se eles
fossem "seus" funcionários padrões, o que certamente não estão muito
longe de sê-los, até porque "eles fazem a diferença", não é mesmo?
Todavia, as buscas e apreensões determinadas pela juíza tão
cônscia de suas preocupações e responsabilidades na casa do Lulinha — o filho
do Lula — resultaram num barulho e numa publicidade retumbantes, o que, na
verdade, era a intenção da juíza, porque no Brasil estamos na Era das Togas, em
que a prepotência, a arrogância e a vocação ditatorial dessas pessoas
ultrapassam todos os limites da civilidade e do é justo e sensato. É demais!
Enquanto a juíza Célia Regina e o procurador José Alfredo apagam
o fogaréu da crise política com gasolina, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
se posiciona como se nada tivesse acontecido. Como se as ações policialescas e
tresloucadas determinadas pela juíza, irmã de prefeito tucano, tivessem uma
conotação meramente judiciária, quando a verdade é que sua ação é
essencialmente política e desenrolada de forma muito mal engendrada, porque
todo mundo percebeu que não é o Lulinha o corrupto sonegador da Zelotes, mas,
evidentemente, os megaempresários que tal juíza, em momento algum, incomodou
com suas canetadas seletivas e direcionadas para fazer proselitismo político,
além de dar publicidade negativa ao Lulinha para ser repercutida em forma de
manchetes na imprensa mercantil, moedora de reputações alheias e inimiga
histórica e visceral de todos os mandatários trabalhistas, a exemplo de Lula e
Dilma.
Está na hora de as classes dominantes e dos que defendem seus
interesses, como o PSDB, a imprensa empresarial, juízes, procuradores e
delegados, no âmbito do Estado nacional, pararem de tratar a Nação como se ela
fosse idiota e não soubesse onde seus sapatos apertam os calos. Há muito tempo
a maioria do povo brasileiro — aquele que derrota a direita há quatro eleições
presidenciais, por historicamente saber que ela não dá nada, apenas tira,
explora e governa para a minoria rica — compreendeu que as ações afirmativas de
etnia e gênero, os programas de inclusão social, a efetivação de um processo
que favoreça a igualdade de oportunidades, além dos investimentos pesados em
infraestrutura, saúde e educação, melhorou sua condição vida e aumentou a
autoestima.
Até então dezenas de milhões de pessoas não tinham acesso à
nada, nem mesmo ao consumo pleno, no que concerne à alimentação básica — à
segurança alimentar. O Brasil, há menos de uma década, era, para sua tristeza e
vergonha, um País onde a fome e a miséria absoluta vicejavam. A ONU (FAO)
reconheceu os esforços do Brasil e hoje considera que esta grande Nação (apesar
dos coxinhas de classe média e da casa grande escravocrata) saiu do desditoso
mapa da fome, porque a combateu e a derrotou com dedicação e determinação, em
um espaço de tempo curto e surpreendente, o que denota que a direita quando
está no poder não faz a coisa certa, porque não quer, pois, indubitavelmente,
governa para poucos, pois sectária, preconceituosa e elitista.
A verdade é que o nome do Lulinha, o filho do Lula, não consta
na lista da Operação Zelotes. Por isto que esta juíza errou a mão e como agente
do Estado se tornou autocrática e, com efeito, violenta, a ter como companheiro
ideológico o procurador José Alfredo. É o fascismo nas veias, em forma de
subterfúgios políticos para desmoralizar o virtual candidato petista às
eleições presidenciais de 2018, que saiu do poder com quase 90% de aprovação
popular. E a direita sabe disso... A juíza substituta e o procurador midiático
também.
A leitura que eu faço desses episódios nebulosos e macartistas e
de essências golpistas é que o ex-presidente Lula e sua família são alvos de
uma máquina oposicionista azeitada ao tempo que crudelíssima. Uma máquina
poderosa, porque, tal qual a uma aranha a se movimentar por sua teia, tenta
imobilizar seus adversários políticos, tratados como inimigos a ser
simplesmente, moralmente destruídos e politicamente desconstruídos, ao ponto de
não mais ter energia e fôlego para atacar e se defender, porque,
indelevelmente, derrotados.
E não é exagero o que falo e assevero. Em seu despacho
pinochetiano, a juíza substituta e de primeira instância determinou aos
policiais que as pessoas que estivessem na empresa do Lulinha fossem
fisicamente revistadas, bem como os familiares não tivessem acesso às
acusações. O motivo: preservar as investigações e seu sigilo. Pensa que eu
estou a brincar? Não. De forma alguma. Não é pegadinha de televisão...
A douta juíza, diferente de muitos juízes e promotores
midiáticos, que deixam os autos de lado e se esbaldam com as luzes da ribalta,
resolveu ser "diferente" e se preocupou com o silêncio que todo juiz,
procurador e policial deveriam se preocupar, afinal muitos processos e
inquéritos estão em momento de investigação e, por sua vez, tratam da vida e do
futuro das pessoas acusadas e denunciadas, que podem ser presas.
Trata-se do Estado de Direito e de obediência à Constituição,
que muitas autoridades pagas pelo povo, sistematicamente, não respeitam, porque
fazem política, escolhem lado e partido, tem ideologia, valores e princípios,
bem como possuem preconceitos, muitos deles dignos das labaredas do inferno,
apesar da rotina de dissimulações e manipulações para disfarçar seus maus
sentimentos e pensamentos, no decorrer de toda uma vida.
Depois disso tudo, agentes da Polícia Federal, cujos delegados
aecistas do Paraná xingaram os presidentes Lula e Dilma durante as eleições de
2014, bateram na porta da casa do Lulinha — o filho do Lula — quase à meia
noite. Talvez seja a vontade incontrolável dessa gente de entregar o presente
ao pai dele, que completou naquele dia de tentativas de humilhações 70 anos de
idade. Ninguém sabe o porquê de tamanha insensatez, desrespeito e idiotice,
mas, evidentemente, o motivo real foi chamar a atenção da imprensa imperial,
cujos donos bilionários e sonegadores de impostos pensam que o Brasil de 210
milhões de habitantes, além de ser a sétima maior economia do mundo é o quintal
das mansões luxuosas deles.
Somente no Brasil que famílias bilionárias e provincianas tem
tanta importância para a classe média e servidores públicos em cargos de poder.
Surreal! Durma-se com um barulho desses. Bem feito. Quem mandou o Lula e a
Dilma não efetivarem o marco regulatório das mídias? Na minha opinião, o maior
erro político e estratégico dos mandatários petistas. Não há desculpas, apenas
culpas, quando se trata dessa questão que consta na Constituição e necessita
ainda ser regulamentada, assunto que os lobistas e os mercadores dos magnatas
bilionários de imprensa não deixam avançar no Congresso, ainda mais que os
governos do PT foram totalmente omissos sobre esse assunto tão importante para
o País e o povo brasileiro.
Enquanto os meios de comunicação não forem regulamentados, a
democratização do acesso à informação, à cultura, aos esportes, à instrução, ao
conhecimento e à liberdade de pensar, opinar e escolher, por parte do povo
brasileiro, vai estar fadada ao fracasso. É verdade que sem justiça não há paz.
Por seu turno, também é verdade que o mercantilismo radical das mídias, a
imposição das realidades e dos fatos pela ótica hegemônica dos coronéis
midiáticos e de seus empregados de confiança, cúmplices de seus interesses,
também se transforma na forma mais perversa e antidemocrática de grupos privados
e bilionários dominarem a consciência de um povo para se locupletem
economicamente, financeiramente e politicamente.
Hoje o Brasil está nas mãos de uma classe média tradicional e
reacionária, militante de direita, de origem universitária há muitas gerações,
aprovada em concursos públicos, a ocupar os cargos de juízes, promotores,
procuradores, delegados e agentes da PF, fiscais e agentes da Receita Federal e
servidores do Tribunal de Contas da União, da Câmara e do Senado, que usam e
abusam de seus cargos para fazer política e, consequentemente, derrotar o
Governo Trabalhista, engessar suas ações administrativas, impedir que as obras
se realizem e fiquem prontas, além de desvalorizar as empresas públicas para
que no futuro elas sejam vendidas entregues, a preço de banana, para a gringada
esperta e malandra, que não vende suas estatais, porque não é trouxa e nem
bocó.
Esta classe média tradicional está no paraíso e considera ter
tanto poder que está a intervir na política e na administração pública, porque,
sobremaneira, quer a volta da direita ao poder, bem como fazer que o Brasil
volte a ter um Estado dedicado aos interesses de poucos em detrimento de
muitos, que pela primeira vez na vida tiveram acesso à segurança alimentar e
aos bens comuns a todos, como o consumo e o emprego, o que, realmente, não
acontecia nos governos tucanos e nas administrações anteriores às deles. Para o
bem da verdade, juízes, procuradores e delegados querem governar no lugar dos
eleitos constitucionalmente e legalmente pela força das urnas.
A juíza Célia Regina fez tudo isto com intuito, conforme seu
despacho, de preservar o sigilo das investigações. Não é emocionante? Não toca
fundo seu coração? Só que de boas intenções o inferno está cheio. A magistrada
também deu ordem para que os familiares dos que foram alvos das ações da PF no
escritório do Lulinha — o filho do Lula — não tivessem conhecimento sobre as
acusações. Emocionante e republicano, não? As ordens foram para evitar
publicidade e oba-oba. Creio eu... Ou estou enganado? Estou sim. Explico.
A verdade é que a imprensa de mercado chegou à casa de Lulinha e
à sua empresa tão rápida como rastilho de pólvora iluminado por fogo. E assim,
a dar os trâmites por findos, a oposição tucana e de direita deitou e rolou nas
mídias direitistas, os coxinhas de classe média ficaram apopléticos e foram às
redes sociais, a babar em suas sanhas, no que diz respeito a xingar, a ofender
e a dar vazão a todos seus mórbidos e draconianos preconceitos de raça,
políticos, ideológicos, de gênero, de naturalidade (nascença) e,
principalmente, o de classe.
Principalmente o de classe. E por quê? Porque de todos os
preconceitos inerentes à classe média coxinha tradicional e "dona"
dos cargos de poder e mando no serviço público, o de classe é o que mais lhe
toca alma e cala fundo no coração. Sem sombra de dúvida. Digo-lhe mais sobre o
assunto. Os espaços públicos mais importantes, como universidades federais e
estaduais, colégios particulares, bairros aprazíveis e urbanizados, transporte,
comércio, restaurantes, empregos públicos nas melhores instituições e
corporações, consumo, viagens, mestrados e doutorados no exterior, férias,
shoppings, casa própria, aeroportos, esportes, lazer e entretenimento sempre
foram a parte concedida aos coxinhas pelo sistema de capitais, pelo
establishment, pelo status quo.
Por isto e por causa disto que hoje vemos e ouvimos a classe
média tradicional a bramir impropérios inenarráveis e a se vestir de amarelo
para dar uma conotação (falsa) de brasilidade e nacionalidade. Puro cinismo,
dissimulação, mentira, hipocrisia e manipulação. A classe média pedante e
orgulhosa odeia o Brasil, os pobres, os negros, os índios, os gays, os
nordestinos, os esquerdistas (socialistas, comunistas e trabalhistas), as
religiões de matrizes afros, e, inacreditavelmente, os trabalhadores, que lhes
servem há séculos, principalmente após a industrialização promovida pelo
estadista gaúcho, Getúlio Vargas.
Sim senhor, os trabalhadores, porque são eles em seus ofícios de
empregados domésticos, zeladores, porteiros, faxineiros, eletricistas,
carpinteiros, sapateiros, ascensoristas, telefonistas, mecânicos, bombeiros
hidráulicos, pedreiros, pintores, garçons, cozinheiros, cabeleireiros,
trabalhadores rurais, operários em geral, dentre muitas outras profissões, que
estão a ascender socialmente e a ter acesso ao consumo e ao estudo.
Estes sentimentos de ódio e repulsa, associados ao pensamento
arrogante e prepotente de superioridade sobres seus semelhantes mais humildes,
levaram os coxinhas, a partir de 2013, a explodir em ódios que estavam
congelados em seus corações desde que perceberam o crescimento social e
econômico das camadas mais pobres da população, inclusive a classe média baixa,
que passaram a frequentar, mesmo que timidamente e esporadicamente, os lugares
que os coxinhas consideram de direito, portanto, "seus".
Contudo, a cólera propagada no ar possui uma vertente onde os
coxinhas bebem e respiram seus ódios e preconceitos. O nome da vertente é mídia
dos magnatas bilionários de imprensa, bem como seus apresentadores de televisão
e suas novelas. O ódio é repercutido do ninho de cobras e dos covis de lobos e
chacais eletroeletrônicos. Não há dúvida sobre esta realidade. É fato. São
anos, décadas de lavagem cerebral em coxinhas que, mesmo a ter tradição
histórica universitária e dominarem os melhores empregos, são analfabetos
políticos, despolitizados e desconhecedores da história do Brasil, dos partidos
políticos, os extintos e atuais, bem como, colonizados e portadores de complexo
de vira-lata, valorizam tudo o que é de fora para desvalorizar o que é
brasileiro — o Brasil.
Parcela dessa classe média de caráter apátrida, traidora do País
e que o despreza profundamente é que está no poder e a se deleitar com o
enfrentamento político contra os governantes trabalhistas e o Partido dos
Trabalhadores — o partido mais importante da história do Brasil. É essa classe
média tradicional sem voto e despolitizada, mas de direita por instinto, que se
aliou ao partido da plutocracia nacional e internacional, que é o PSDB e seus
aliados, além da imprensa dos barões que até hoje sonham com o retorno aos
tempos da escravidão.
A juíza Célia Regina e o procurador José Alfredo são apenas
amostras do que se transformaram o MP, a Justiça, a PF e a Receita, ou seja,
verdadeiros partidos políticos não oficiais e de direita. Trata-se da
verdadeira tomada de poder sem disputar um único voto, além de estar livre da
obrigação de propor quaisquer plataformas com programas e projetos de governo e
de País. A classe média empoderada, mas confortavelmente livre de pensar o
Brasil, tal qual às classes ricas — a casa grande. Ambas as classes não querem
pensar o Brasil e sentem profundo ódio de políticos e mandatários que pensam o
País e apresentam projetos desenvolvimentistas e sociais. Tal ódio é devido porque
elas desejam uma Nação de ignorantes, um País fadado a ser eterno vagão de
locomotiva das nações ricas e desenvolvidas.
Eles são os doutores analfabetos políticos, mas que dominam com
competência seus ofícios e por causa disto não estão de brincadeiras. Já que a
casa grande e a mídia dos magnatas bilionários são incompetentes, sem
determinação e não fazem a cabeça do povão. Já que o PSDB é um partido sem
programa e propostas e só apresenta propostas neoliberais fracassadas em todo
mundo, bem como não passariam as fronteiras de São Paulo se não fosse a
imprensa golpista, certamente sobrou para a classe média estatalmente
instrumentalizada, porém, despolitizada, a liderança na luta política, mesmo
sem ser previamente organizada, mas que tem causado problemas para o Governo
Trabalhista tocar sua administração e seus programas. Portanto, ao PT e às suas
lideranças resta combater, a obedecer às prerrogativas da Lei, os servidores
públicos que decidiram derrubar a presidente Dilma e impedir o Lula de ser
candidato em 2018. É por estes motivos que a juíza Célia Regina e o procurador
José Alfredo politizam a Zelotes para criminalizar Lula, no Coxinhaquistão — o
País dos coxinhas.
E como fazer isto? Exigir da imprensa mercantil o direito de
falar, o direito ao contraditório, fortalecer os meios de comunicação estatais,
ir às televisões para dar explicações à população sobre acusações e denúncias,
porque muitas delas são factoides e não se materializam, bem como determinar
que os parlamentares da base do governo passem a ocupar, sistematicamente, as
tribunas dos plenários da Câmara e do Senado para rebater acusações infundadas
e injustas, além de não deixar a imprensa empresarial falar sozinha e, por
conseguinte, sempre solicitar que seus repórteres tenham a
"gentileza" de ouvir os políticos, os partidos, as instituições que
foram atacadas ou denunciadas, muitas vezes conforme os interesses políticos e
oposicionistas das reuniões de pauta das redações das grandes revistas, dos
jornais, dos rádios e das televisões.
O que não se pode é tergiversar e ter medo. Já basta a idade que
chega e a morte que se apresenta sem se fazer de rogada. A luta política é dura
e muito cansativa, mas jamais se pode desistir e deixar os adversários aos seus
bel prazeres. Não mesmo. A classe média coxinha está a vivenciar seu
empoderamento e neste exato instante ela está embriagada com o mavioso elixir
do poder. Nunca, e em tempo algum, esta classe que historicamente nunca foi
classe, foi tão importante na luta política que ora se trava no Brasil. E a
classe média sabe disso, mesmo a não pensar o Brasil e odiá-lo.
No entanto, a classe média não quer pobre a ocupar os espaços
por onde ela fica e transita. Tal classe não quer as pessoas que ela considera
subalternas e serviçais lado a lado com seus filhos nos restaurantes e nas
faculdades públicas, bem como muito menos nas escolas particulares
tradicionais, por intermédio do já "maldito" Fies, que financia
alunos pobres que ela tanto despreza, sem falar no Sisu, no Enem e no ProUni.
Disse certa vez a socialite Danuza Leão, da classe média alta: "Ir a Nova
York já teve sua graça, mas, agora, o porteiro do prédio também poder ir...
Então, qual é a graça?".
Esta frase é emblemática sobre os sentimentos e os preconceitos
da classe média, porque enfatiza, magistralmente e pontualmente, tudo o que eu já
disse por intermédio de inúmeros textos e artigos. E o que diria o Stanislaw
Ponte Preta? Diria isto: "É a classe média no poder — o
Coxinhaquistão!" Concorda, coxinha? É isso aí..
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