23/10/2016
Olha aí, Temer, a “retomada econômica” da Argentina
Por Fernando Brito
É o insuspeito O Globo quem publica, e, portanto, não fica na conta do chamado “bolivarianismo” da esquerda:
Quando o presidente argentino,
Mauricio Macri, chegou ao poder, em dezembro do ano passado, economistas
estimavam que os primeiros meses de gestão seriam difíceis, mas que a
economia começaria a mostrar sinais de recuperação a partir do segundo
semestre. Estavam enganados. Faltando pouco mais de dois meses para o
fim de 2016, está claro para todos que os primeiros 12 meses de Macri
como presidente deixarão um sabor amargo. De acordo com dados oficiais
divulgados esta semana, nos últimos nove meses foram perdidos 118 mil
postos de trabalho e fechadas cerca de seis mil empresas. Para completar
um cenário sombrio, a inflação continua alta e deverá alcançar quase
40% este ano; a pobreza chegou a 32,2% da população (superando os 29% de
dezembro de 2015) e o PIB argentino, de acordo com projeções de
economistas ouvidos pelo GLOBO, caminha na direção de uma retração de
até 2%.
Na reportagem de Janaína Figueiredo e Daiane Costa, dizem que “quando o presidente foi empossado (em dezembro), o consenso entre os economistas era de que a primeira metade do ano seria dura, mas o horizonte começaria a melhorar a partir de agosto. A projeção de queda do PIB era, em média, de 1,2%. Hoje, as empresas de consultoria locais estimam retração de até 2%.”
Não sei se o prezado leitor e a caríssima leitoa já ouviram esta conversa.
Mas é o que ouvimos aqui deste que o pré-Meirelles, Joaquim Levy, assumiu o comando da economia e o discurso dos cortes passou a ser o único vocabulário da economia.
Macri, porém foi eleito e tinha certa “gordura” de legitimidade para queira, e a queimou.
O nosso ’14 % de aprovação”, Michel Temer , não tem nem isso.
E Eduardo Cunha de fósforo em punho para queima-lo.
Tal como se narra no texto de O Globo, apostava-se no interesse do capital estrangeiro para alavancar investimentos, que só vieram pelo rentinsmo .
Aquela famosa história que nos une a argentinos.
Sermos eles, amanhã,como dizia aquela antiga propaganda de vodka.
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