25/10/2016
Pânico em Brasília: Marcelo e mais de 50 da Odebrecht fecham delação
Brasil 247 - 25 de Outubro de 2016 às 04:34
.
Após oito meses de negociação, Marcelo Odebrecht e mais 50
executivos da empresa fecharam seu esperado acordo de delação premiada
com a Lava Jato; será a maior delação já feita no Brasil; quem viu o
documento diz que as acusações atingem 'de forma democrática’ líderes de
todos os grandes partidos que estão no governo ou na oposição; do
governo, foram citados Michel Temer, Eliseu Padilha, José Serra e Geddel
Vieira Lima; como há muitos delatores, a investigação deve ouvi-los de
acordo com a hierarquia na escala da propina; acredita-se que, com o
novo conteúdo, outros delatores, como Otávio Azevedo, da Andrade
Gutierrez, serão chamados para novos depoimentos para explicar casos de
corrupção deliberadamente omitidos em suas delações, que envolvem o
PSDB; ao que tudo indica, pouca coisa sobrará do atual sistema político
brasileiro
247 - Após oito
meses de negociação e muitos momentos de tensão, a operação Lava Jato e
Marcelo Odebrecht fecharam o acordo de delação premiada da empreiteira,
diz O Globo, citando uma fonte vinculada à investigação. Esta será a
maior série de acordos de delação já firmados no Brasil. Além do
ex-presidente da empresa, mais de 50 outros executivos prometem contar
detalhes sobre o organizadíssimo esquema de corrupção do qual a
companhia fez parte.Como há muitos delatores, a investigação deve ouvi-los de acordo com a hierarquia na escala da propina. Acredita-se que, com o novo conteúdo, outros delatores, como Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, serão chamados para novos depoimentos para explicar casos de corrupção deliberadamente omitidos em suas delações.
“Para pessoas com acesso à investigação, as acusações atingem 'de forma democrática’ líderes de todos os grandes partidos que estão no governo ou na oposição. No caixa dois da Odebrecht não havia distinção partidária ou ideológica, diz essa fonte [que viu o acordo]. A regra era exercer o pragmatismo na guerra pelos melhores contratos com a administração pública.
Não vai ser o fim do mundo, mas são informações suficientes para colocar o sistema político em xeque — resume um dos envolvidos nas tratativas entre investigados, advogados e força-tarefa.
Os acordos de delação darão um novo impulso à Lava Jato, mas já criaram um problema estruturam para o Ministério Público Federal. Dez investigadores estão destacados para interrogar mais de 50 delatores. Um número, ainda não confirmado, indica a existência de 68 delatores. A tarefa é considerada longa e árdua. Pelos padrões da Lava Jato, um delator nunca presta menos que dez longos depoimentos. Alguns são chamados a prestar esclarecimentos mais de 50 vezes. Ou seja, não se sabe ainda quantos depoimentos cada investigador terá que conduzir.
Na falta de mão de obra, os delatores serão colocados numa fila. Eles serão ouvidos conforme sua relevância na hierarquia da propina.
Na fase preliminar das negociações
do acordo, Marcelo Odebrecht e outros executivos citaram pelo menos 130
deputados, senadores e ministros e 20 governadores e ex-governadores. Do
governo, entre os nomes citados estão o do presidente Michel Temer, e
dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), José Serra (Relações
Exteriores) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).
Executivos também detalharam pagamentos irregulares ao deputado cassado Eduardo Cunha e aos ex-ministros do governo Lula e Dilma Antonio Palocci e Guido Mantega, além do próprio ex-presidente Lula.
.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista