12/11/2016
Dilma e o “cheesebebum”
Fernando Brito
A história – ou parte dela – saiu na Veja, mas a irresistível vocação da revista para a irrelevância só conseguiu chamar a atenção para uma tal direta Ravenna.
Por sorte, Lucas Azevedo colaborador do UOL em Porto Alegre, também fez o relato.
Que interessa pelo quanto desfaz a impressão geral de uma Dilma isolada, quase asilada, escondida da onda de rejeição popular que teria.
Narra sua ida a uma lanchonete (lancheria, para os gaúchos) e numa churrascaria em Pelotas.
Com toda a simplicidade, surge a realidade de alguém que, fora o ambiente raivoso da redes sociais e do delírio de ódio da elite paulista, sai – e pode sair – à rua cercada não de protestos, mas de carinho público.
E os raivosos, que num ambiente e noutro devia haver – ficaram mudos e ruminantes – lugar melhor que este para a raiva não há – deixando que a vida normal, civilizada, a vida das pessoas simples e puras de coração seguisse o seu curso.
Dilma prova “cheese bebum”
e vira atração em lanchonete de Pelotas
Lucas Azevedo, para o UOL
Pouco mais de dois meses após o
impeachment, processo que teve início em dezembro de 2015 e que foi
repleto de manifestações populares por muitas vezes raivosas contra si, a
ex-presidente Dilma Rousseff tem circulado normalmente pelo país. Sua
aparição pública mais recente foi comendo um cheeseburguer em uma
tradicional lancheria de Pelotas (253 km de Porto Alegre), no sul do Rio Grande do Sul, onde posou para fotos, esbanjou simpatia e foi muito assediada.
A então sisuda presidente – tida por pessoas próximas como rígida e séria – parece ter dado lugar a uma ex-presidente agradável e que não tem receio de se expor em público. Nesse fim de semana, durante retorno do Uruguai, Dilma fez uma parada na Circulu’s Lanches, onde saboreou um “cheese bebum”, prato tradicional da casa.
“Eu achei que era brincadeira. Meu marido estava no caixa e ligou para a cozinha, onde eu estava. ‘Corre que a Dilma tá aqui’, ele disse. Nunca a gente imaginou que um ex-chefe de Estado estaria aqui na nossa lancheria”, comenta a empresária Juliana Medeiros Suanes.
Dilma posou para fotos, selfies e cumprimentou quem a acenava. A aparição da ex-presidente foi um acontecimento local. Juliana precisou acomodá-la em uma área mais reservada para que ela pudesse escolher seu jantar.
“Ela foi para o banheiro poder ler o cardápio. Oferecemos para ela nosso escritório para poder comer mais à vontade, porque era muita gente chegando para tirar foto. Ela aceitou e foi muito simpática.”
Dilma ainda visitou a cozinha, onde tirou foto com toda a equipe da lancheria. “Ela ficou surpresa com tanta gente trabalhando na cozinha, a maioria mulheres.”
Juliana conta que ficou preocupada com a movimentação no local. Era uma noite de movimento e muita gente chegava só para ver a ex-presidente. “Eram umas 200 pessoas num espaço pequeno. E nada de vaias. Independente de questões políticas, as pessoas viram na ocasião uma celebridade. Foram muito educados.”
A então sisuda presidente – tida por pessoas próximas como rígida e séria – parece ter dado lugar a uma ex-presidente agradável e que não tem receio de se expor em público. Nesse fim de semana, durante retorno do Uruguai, Dilma fez uma parada na Circulu’s Lanches, onde saboreou um “cheese bebum”, prato tradicional da casa.
“Eu achei que era brincadeira. Meu marido estava no caixa e ligou para a cozinha, onde eu estava. ‘Corre que a Dilma tá aqui’, ele disse. Nunca a gente imaginou que um ex-chefe de Estado estaria aqui na nossa lancheria”, comenta a empresária Juliana Medeiros Suanes.
Dilma posou para fotos, selfies e cumprimentou quem a acenava. A aparição da ex-presidente foi um acontecimento local. Juliana precisou acomodá-la em uma área mais reservada para que ela pudesse escolher seu jantar.
“Ela foi para o banheiro poder ler o cardápio. Oferecemos para ela nosso escritório para poder comer mais à vontade, porque era muita gente chegando para tirar foto. Ela aceitou e foi muito simpática.”
Dilma ainda visitou a cozinha, onde tirou foto com toda a equipe da lancheria. “Ela ficou surpresa com tanta gente trabalhando na cozinha, a maioria mulheres.”
Juliana conta que ficou preocupada com a movimentação no local. Era uma noite de movimento e muita gente chegava só para ver a ex-presidente. “Eram umas 200 pessoas num espaço pequeno. E nada de vaias. Independente de questões políticas, as pessoas viram na ocasião uma celebridade. Foram muito educados.”
Juliana conta que Dilma comeu o
“cheese bebum”, feito com pão, maionese, alcatra picada, vinho, cebola,
queijo, alface, tomate, milho, ervilha e pepino. Antes, comeu batata
frita. Para a viagem, aceitou mousse de chocolate. Dilma vinha de carro
do Uruguai e chegaria em Porto Alegre apenas cerca de quatro horas
depois.
Mas essa não foi a única aparição de
Dilma nessa passagem por Pelotas. Na quinta (3), ela e seu staff – três
seguranças divididos em dois carros -, além do ex-ministro Pepe Vargas,
almoçaram em uma churrascaria da cidade, quando rumavam para o Uruguai.
A recepção a Dilma foi a mesma da noite de sábado.
“Ela foi muito simpática e atendeu todos na churrascaria. Tinha muita gente pedindo para tirar fotos e selfies, e ela atendia. Pediu para conhecer a cozinha e tirou foto com os cozinheiros. Apenas não falou oficialmente com a imprensa”, conta a jornalista Carolina Marasco. Editora de política do jornal Diário Popular, a repórter ficou sabendo da parada de Dilma e foi até o local. Se surpreendeu com a simplicidade e pouca segurança.
“A Brigada Militar nem sabia que ela passaria por aqui. Não foi acionada.” Segundo Carolina, Dilma recebeu inúmeras manifestações positivas. Gestos hostis, a jornalista não presenciou nenhum. “Quando ela saiu, uma senhora veio até nós e disse ‘essa sempre vai ser minha presidente'”, relata.
“Ela foi muito simpática e atendeu todos na churrascaria. Tinha muita gente pedindo para tirar fotos e selfies, e ela atendia. Pediu para conhecer a cozinha e tirou foto com os cozinheiros. Apenas não falou oficialmente com a imprensa”, conta a jornalista Carolina Marasco. Editora de política do jornal Diário Popular, a repórter ficou sabendo da parada de Dilma e foi até o local. Se surpreendeu com a simplicidade e pouca segurança.
“A Brigada Militar nem sabia que ela passaria por aqui. Não foi acionada.” Segundo Carolina, Dilma recebeu inúmeras manifestações positivas. Gestos hostis, a jornalista não presenciou nenhum. “Quando ela saiu, uma senhora veio até nós e disse ‘essa sempre vai ser minha presidente'”, relata.
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