14/11/2016
Dr. Moro, o que não vale para Tóffoli vale para Lula?
Por Fernando Brito
Como que para provar a discriminação referida no post anterior, o juiz Sérgio Moro irritou-se com a atitude do delegado Filipe Hille Pace, que
aprovou relatório onde a Polícia Federal afirmava que Maurício Bumlai,
filho do pecuarista José Carlos Bumlai, preso e condenado na Operação
Lava Jato, teria influência não apenas sobre ” agentes políticos da
Administração Pública, mas também na Suprema Corte, na pessoa do
Ministro Tofffoli’.
A afirmação da PF se devia apenas a contatos telefônicos apreendidos na agenda de Maurício Bumlai.
E o delegado que a referendou é o mesmo que fez acusações a Lula por atribuir-lhe a identidade de um carto “amigo” encontrado nas planilhas da Odebrecht e está sendo processado pelo ex-presidente em razão deste ato.
No caso de Tóffoli, Moro, segundo o Estadão, mandou o
delegado refazer o relatório, urgentemente, porque ” sem base qualquer,
contém afirmação leviana e que, por evidente, deve ser evitada em
análises policiais que devem se resumir aos fatos constatados.”
No caso de Lula, não se viu este furor, que provocou um duro despacho do juiz curitibano.
Assim, o relatório, sem base
qualquer, contém afirmação leviana e que, por evidente, deve ser evitada
em análises policiais que devem se resumir aos fatos constatados.
Portanto, intime- se a autoridade policial com urgência (por telefone)
para, em três dias, refazer o referido relatório, retirando dele
conclusões que não tenham base fática e esclarecendo o ocorrido.
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