25/11/2016
Alô, porta-voz: presidente não é um árbitro entre a corrupção e a integridade
Brasil 247 - 25/11/2016
Um governo tem dois ministros: um corrupto e um honesto; no
entanto, na visão do porta-voz Alexandre Parola, o papel de um
presidente da República é "arbitrar conflitos" entre seus ministros – e
não o de fazer a escolha óbvia pela integridade; “O presidente buscou
arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a
avaliação jurídica da Advocacia-Geral da União, que tem competência
legal para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração
pública", disse Parola, na noite de ontem; no entanto, a ministra Grace
Mendonça, da AGU, rapidamente pulou fora desse rolo e disse que não tem
qualquer solução mágica para o crime proposto por Geddel Vieira Lima a
Marcelo Calero; "As eventuais questões jurídicas relacionadas ao caso
foram examinadas pela própria Procuradoria do Iphan, órgão competente
para analisá-las", afirmou; Parola também deveria se demitir
No entanto, na visão do porta-voz
Alexandre Parola, o papel de um presidente da República é "arbitrar
conflitos" entre seus ministros – e não o de fazer a escolha óbvia pela
integridade.
“O presidente buscou arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia-Geral da União, que tem competência legal para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração pública", disse Parola, na noite de ontem.
"As eventuais questões jurídicas
relacionadas ao caso foram examinadas pela própria Procuradoria do
Iphan, órgão competente para analisá-las", afirmou Grace, em nota (leia aqui).
Abaixo, reportagem da Agência Brasil:
Temer tentou resolver conflito e não pressionou Calero, diz porta-voz
.
“O presidente buscou arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia-Geral da União, que tem competência legal para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração pública", disse Parola, na noite de ontem.
No entanto, a ministra Grace
Mendonça, da AGU, rapidamente pulou fora desse rolo e disse que não tem
qualquer solução mágica para o crime proposto por Geddel Vieira Lima a
Marcelo Calero – a liberação ilegal da obra onde Geddel tem um imóvel de
R$ 2,4 milhões.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil:
Temer tentou resolver conflito e não pressionou Calero, diz porta-voz
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Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
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Por meio do porta-voz Alexandre
Parola, o presidente Michel Temer disse que buscou "arbitrar conflito"
entre o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero e o ministro da Secretaria
de Governo, Geddel Vieira Lima, e negou que teria "enquadrado" Calero
por uma saída do caso.
Mais cedo, o jornal Folha de S.Paulo noticiou que o ex-ministro Marcelo Calero prestou depoimento à Polícia Federal no qual teria afirmado que Temer o havia "enquadrado" e sugerido uma saída por meio da Advocacia-Geral da União para o caso.
“O presidente trata todos seus ministros como iguais. E jamais induziu algum deles a tomar decisão que ferisse normas internas ou suas convicções. Assim procedeu em relação ao ex-ministro da Cultura, que corretamente relatou estes fatos em entrevistas concedidas. É a mais pura verdade que o presidente Michel Temer tentou demover o ex-ministro de seu pedido de demissão e elogiou seu trabalho à frente da Pasta”, disse Alexandre Parola.
De acordo com o porta-voz, o presidente confirma que propôs a solução jurídica por meio da AGU.
“O presidente buscou arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia-Geral da União, que tem competência legal para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração pública, como estabelece o Decreto 7.392/2010, já que havia divergências entre o Iphan estadual e o Iphan federal”, disse Alexandre Parola. "O ex-ministro sempre teve comportamento irreparável enquanto esteve no cargo. Portanto, estranha sua afirmação, agora, de que o presidente o teria enquadrado ou pedido solução que não fosse técnica".
Após pedir demissão na semana passada, Marcelo Calero afirmou em entrevistas que Geddel o teria pressionado para que interviesse junto ao Iphan a fim de liberar a construção de um edifício de alto padrão em Salvador, onde Geddel adquiriu um imóvel. Embora tivesse sido aprovado pelo Iphan da Bahia, o empreendimento não foi autorizado pelo Iphan nacional por ferir o gabarito da região, que fica em área tombada. Geddel Vieira Lima nega que tenha pressionado Calero para liberação do empreendimento e afirma que estava preocupado com a manutenção de empregos. Após o episódio, Temer confirmou a manutenção de Geddel no cargo.
Michel Temer afirmou, pelo porta-voz, que sempre buscou “caminhos técnicos” para solucionar licenças em obras do seu governo, e disse que tentou resolver o problema com Calero, sua equipe e demais ministros por duas vezes.
O porta-voz disse também que o presidente ficou surpreso com boatos de uma suposta gravação de conversa entre ele e Calero. “Especialmente, surpreendem o presidente boatos de que o ex-ministro teria solicitado uma segunda audiência somente com o intuito de gravar clandestinamente conversa com o presidente da República para posterior divulgação”, disse Parola.
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Mais cedo, o jornal Folha de S.Paulo noticiou que o ex-ministro Marcelo Calero prestou depoimento à Polícia Federal no qual teria afirmado que Temer o havia "enquadrado" e sugerido uma saída por meio da Advocacia-Geral da União para o caso.
“O presidente trata todos seus ministros como iguais. E jamais induziu algum deles a tomar decisão que ferisse normas internas ou suas convicções. Assim procedeu em relação ao ex-ministro da Cultura, que corretamente relatou estes fatos em entrevistas concedidas. É a mais pura verdade que o presidente Michel Temer tentou demover o ex-ministro de seu pedido de demissão e elogiou seu trabalho à frente da Pasta”, disse Alexandre Parola.
De acordo com o porta-voz, o presidente confirma que propôs a solução jurídica por meio da AGU.
“O presidente buscou arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia-Geral da União, que tem competência legal para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração pública, como estabelece o Decreto 7.392/2010, já que havia divergências entre o Iphan estadual e o Iphan federal”, disse Alexandre Parola. "O ex-ministro sempre teve comportamento irreparável enquanto esteve no cargo. Portanto, estranha sua afirmação, agora, de que o presidente o teria enquadrado ou pedido solução que não fosse técnica".
Após pedir demissão na semana passada, Marcelo Calero afirmou em entrevistas que Geddel o teria pressionado para que interviesse junto ao Iphan a fim de liberar a construção de um edifício de alto padrão em Salvador, onde Geddel adquiriu um imóvel. Embora tivesse sido aprovado pelo Iphan da Bahia, o empreendimento não foi autorizado pelo Iphan nacional por ferir o gabarito da região, que fica em área tombada. Geddel Vieira Lima nega que tenha pressionado Calero para liberação do empreendimento e afirma que estava preocupado com a manutenção de empregos. Após o episódio, Temer confirmou a manutenção de Geddel no cargo.
Michel Temer afirmou, pelo porta-voz, que sempre buscou “caminhos técnicos” para solucionar licenças em obras do seu governo, e disse que tentou resolver o problema com Calero, sua equipe e demais ministros por duas vezes.
O porta-voz disse também que o presidente ficou surpreso com boatos de uma suposta gravação de conversa entre ele e Calero. “Especialmente, surpreendem o presidente boatos de que o ex-ministro teria solicitado uma segunda audiência somente com o intuito de gravar clandestinamente conversa com o presidente da República para posterior divulgação”, disse Parola.
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