segunda-feira, 10 de julho de 2017

Nº 21.761 - " 'Tropa de cheque' de Temer manobra na CCJ e revolta deputados "


10/07/2017

"Tropa de cheque" de Temer manobra na CCJ e revolta deputados


Jornal GGN - 10/07/2017
Foto: Agência Brasil
Jornal GGN - A sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara que aguarda a leitura do parecer do deputado Sergio Zveiter sobre a denúncia da Procuradoria Geral da República contra Michel Temer, já começou com bate-boca. Isso porque, para garantir que terá os votos necessários à derrubada de um eventual relatório favorável à denúncia, o governo Temer decidiu trocar, à força, parlamentares que participam do colegiado.
Segundo Ivan Valente (PSOL), aliados do Planalto trocaram, nesta segunda (10), pelo menos 12 deputados que não fecharam acordo para salvar o Temer. Um deles, o Delegado Waldir, do PR, deixou a cadeira durante a sessão da CCJ aos berros.
"Este governo é bandido, é covarde", disparou. "Cambada de bandido! Tá tudo grudado no saco do governo!", disse em relação aos correligionários. "Quem manda é o Temer, esse bandido! É um lixo de governo! Quadrilha organizada!", acrescentou. Até agora, o PR fez cinco mudanças na CCJ para beneficiar Temer.


Revoltado, o delegado Major Olímpio (SD) também se disse "arrancado" da CCJ por um governo "criminoso". Ele afirmou que os deputados estão sendo "comercializados" pelas lideranças partidárias.
Um outro parlamentar que não pôde ser identificado gritou, fora do microfone, que Temer não tem "tropa de choque", mas sim uma "tropa de cheque", insinuando que o presidente tem usado cargos e emendas parlamentares para comprar votos em seu favor.
O presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB), disse que é "prerrogativa" dos partidos, através de seus líderes, fazer trocas nas comissões permanentes, de acordo com a conveniência.
Pacheco também foi questionado por parlamentares de oposição a Temer por rejeitar os pedidos para que o procurador-geral da República seja ouvido durante a tramitação do processo. Ele também negou qualquer outro tipo de diligência. Em contrapartida, sinalizou que a defesa do presidente terá mais de uma oportunidade para se manifestar a favor do cliente.
Lideranças do PT informaram que vão recorrer da decisão.


Em breve, mais informações.

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