sábado, 17 de março de 2018

Nº 23.649 - "Lideranças do Psol reagem a desembargadora que acusou Marielle de ter relações com o Comando Vermelho"

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17/03/2018

Lideranças do Psol reagem a desembargadora que acusou Marielle de ter relações com o Comando Vermelho


Do Viomundo - 16 de março de 2018 às 22h59

    

Da Redação

Lideranças do Psol reagiram esta noite ao post de uma desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Marilia Castro Neves, segundo a qual a vereadora Marielle Franco teria envolvimento com o crime organizado.

“Denunciar a desembargadora ao CNJ deve ser feito. Mas é pouco. Não é opinião de cidadã, é calúnia, é prática fascista digna de execração pública”, escreveu o deputado federal Ivan Valente no twitter.

Para o pré-candidato do partido ao Planalto, Guilherme Boulos, “essa senhora precisa ser denunciada e punida pelo Conselho Nacional de Justiça”.

O cientista Miguel Nicolelis, também no twitter, perguntou: “A que nível de sordidez/barbárie vamos descer no Brasil?”

Em postagem das 22:19, posterior à da desembargadora, o deputado Alberto Fraga, presidente do DEM no Distrito Federal e presidente da Frente Parlamentar de Segurança Pública, também atacou, desta vez no twitter:

“Conheçam o novo mito da esquerda, Marielle Franco. Engravidou aos 16 anos, ex-exposa do Marcinho VP, usuária de maconha, defensora de facção rival e eleita pelo Comando Vermelho, exonerou recentemente 6 funcionários, mas quem a matou foi a PM”.

Fraga, de acordo com o Ministério Público, foi flagrado reclamando do valor da propina paga por uma cooperativa de micro-ônibus beneficiada por ele, que era secretário de Transportes do então governador José Roberto Arruda.

Na conversa, Fraga reclama que o corruptor estaria pagando mais a um subordinado do que a ele, o secretário.

Fraga foi acusado de receber R$ 350 mi para beneficiar a cooperativa. A denúncia contra ele foi aceita por unanimidade no STF, em setembro de 2015.

Está claro que a direita, a partir de gente como a desembargadora e o deputado, está organizando o segundo assassinato de Marielle Franco.

Desembargadora diz que Marielle era ligada ao CV e é ‘cadáver comum’

“Eu só estava me opondo à politização da morte dela”, afirma

do Correio da Bahia

reprodução parcial

A desembargadora Marilia Castro Neves, do Rio de Janeiro, publicou nesta sexta-feira (16) no Facebook que a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), morta esta semana no centro da cidade, “estava engajada com bandidos”.

A informação é da colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

No post, a desembargadora afirma que o comportamento de Marielle, “ditado por seu engajamento político”, foi determinante para seu assassinato.

Diz também que a esquerda tenta “agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro”.

A mensagem foi deixada como comentário em um texto postado por um advogado, que afirmava que a comoção causada pela morte se trata pela vítima ser “uma lutadora dos direitos humanos e líder de uma população sofrida”.

“A questão é que a tal Marielle não era apenas uma ‘lutadora’, ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores. Ela, mais do que qualquer outra pessoa ‘longe da favela’ sabe como são cobradas as dívidas pelos grupos entre os quais ela transacionava”, escreveu a desembargadora.

Ela finalizou: “Até nós sabemos disso. A verdade é que jamais saberemos ao certo o que determinou a morte da vereadora mas temos certeza de que seu comportamento, ditado por seu engajamento político, foi determinante para seu trágico fim. Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro”.

À Folha, a desembargadora afirmou que deu sua opinião como cidadã, por não atuar na área criminal, e que não conhecia nem tinha ouvido falar de Marielle anteriormente.

“Eu postei as informações que li no texto de uma amiga. A minha questão não é pessoal. Eu só estava me opondo à politização da morte dela. Outro dia uma médica morreu na Linha Amarela e não houve essa comoção. E ela também lutava, trabalhava, salvava vidas”.

O comentário gerou críticas no próprio texto e sugestões de que a desembargadora fosse denunciada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).




PS do Viomundo: Post editado para acréscimo de informações.

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