terça-feira, 2 de setembro de 2014

Contraponto 14.677 - "Pau que bate em Chico bate também em Francisco, Marina e Aécio"


 02/09/2014

Pau que bate em Chico bate também em Francisco, Marina e Aécio


   
Blog Palavra Livre - 01/09/2014


Marina é messiânica, ideologicamente dúbia e propositalmente fala para não ser entendida. Contudo, seu programa de governo é neoliberal.

Por Davis Sena Filho
Quando o PT e suas lideranças resolveram lançar o mote “A verdade vai vencer a mentira” é devido às milhares de obras de infraestrutura, grandes, médias e pequenas, além de dezenas de programas sociais, que estão em pleno andamento e são escondidos, peremptoriamente, pela imprensa de mercado e por outros segmentos hegemônicos, que atuam e agem nas diferentes igrejas, no Judiciário, no Congresso e nas associações e sindicatos patronais.

Trata-se do poderoso sistema midiático privado, que se transformou em partido político de direita e que, sistematicamente, boicota os avanços sociais e econômicos conquistados pelo povo brasileiro, pois a intenção é fazer com que não haja reconhecimento das conquistas, bem como a finalidade é fazer com que elas fiquem no esquecimento, como se nunca tivessem existido.

Contudo, torna-se necessário e urgente ao PT e à sua coalizão partidária reaprenderem a rebater, com ênfase e determinação, as mentiras e as manipulações provenientes da imprensa de negócios privados e também dos que se aninham debaixo de suas asas, a exemplo dos tucanos do PSDB, principalmente os paulistas.

Asas conservadoras que ainda não se abriram totalmente à Marina Silva, política hospedeira do PSB, que não possui equipe e muito menos programa de governo confiável, no sentido de suas propostas resguardarem os interesses do Brasil e as conquistas sociais e financeiras dos trabalhadores deste País.

Por isto e por causa disto, o PT não pode vacilar, porque são 12 anos de luta incessante para que o Brasil se desenvolvesse, a partir de programas sociais e obras de infraestrutra, que garantiram a quase plena empregabilidade, bem como propiciou que mais de 30 milhões de pessoas superassem a linha de pobreza, bem como mais de 40 milhões chegassem à classe média.

Cidadãos brasileiros, trabalhadores, estudantes e donas de casa que se tornaram consumidores e, consequentemente, a cooperar para que o Brasil vivenciasse um ciclo formidável de crescimento, somente comparável aos anos dos governos trabalhistas do estadista Getúlio Vargas.

Nunca o Brasil distribuiu renda e riqueza de uma forma tão uniforme, o que propiciou que todas as classes sociais e segmentos de atividades econômicas pudessem crescer, ao ponto de o mercado interno brasileiro se tornar tão poderoso e, por seu turno, efetivar uma rede de proteção social e econômica que impediu que a crise internacional de 2008 afundasse a economia brasileira, como aconteceu nos países da União Europeia e nos Estados Unidos.

Todas as questões postas na mesa têm de ser explicadas com acuidade e desenvoltura pelo PT e suas lideranças, a começar pela presidenta Dilma Rousseff e pelo maior cabo eleitoral da América Latina, o ex-presidente trabalhista Luiz Inácio Lula da Silva. Do contrário, o PT vai continuar a ser um saco de pancadas, tal qual a um boxeador que levou um direto, não caiu, mas grogue com as pancadas, mal tem a capacidade de se defender quanto mais efetivar ataques incisivos aos seus oponentes.

Adversários e inimigos perniciosos e funestos. No caso, a imprensa corporativa, de caráter neoliberal, portanto, entreguista, e seus aliados que, fracassados e incompetentes, abrigam-se em seu guarda-chuva elitista, sectário e que dá guarida aos conservadores do PSDB, DEM e PPS.

O guarda-chuva que cobre também as cabeças dos candidatos nanicos, à direita e também à esquerda. “Candidatos” a presidente da República, porém, a ter como único propósito atacar a presidenta Dilma Rousseff, o Lula, o Governo Trabalhista e o PT, como deixou claro e livre de equívocos e enganos o horário eleitoral, as entrevistas e os debates transmitidos pelas televisões e rádios pertencentes aos magnatas bilionários de imprensa familiar, que ora estão em dúvida quanto às reais condições de Marina Silva, a “Sonhática”, assumir a Presidência de um País poderoso e complexo como o é o Brasil.

O Brasil é tão poderoso e rico que a direita partidária, a Casa Grande empresarial e os coxinhas de classe média se recusam a sair do País, porque sabem que viver em Pindorama tem futuro, bem como compreendem que se conquistarem o poder vão viver ainda melhor do que vivem, pois vão efetivar um programa de governo e um projeto de País draconiano, que os permitirão a voltar aos tempos da ditadura militar e dos governos Collor, Sarney e Fernando Henrique.

Governos e governantes conservadores que apostaram, no passado, em um País VIP, alinhado sumariamente aos interesses dos EUA e da UE, suas cortes, tratadas como patrões, pois a elas subordinados e subservientes. A direita que deseja e luta por um Estado que deixe de ser o indutor e o fiscalizador do desenvolvimento econômico e social e passe a ser apenas uma plataforma para esses grupos sociais e econômicos darem suas piruetas e se locupletarem a despeito das necessidades e dos interesses da grande maioria do povo brasileiro.

O PT e líderes como Lula e Dilma têm de abrir a boca, fazer comparações e serem duros com quem manipula e mente sobre os números, os índices e as conquistas acontecidos nos últimos 12 anos. Não é complexo responder à altura àqueles que tratam o Brasil como pária dos países ricos, pois, a ser assim, a Casa Grande só tem a ganhar, como ocorre desde os tempos do Brasil Colônia.

Marina Silva, a “Sonhática”, cujas palavras e pensamento ninguém compreende, tem de ser desmascarada, e, mais do que isto, desconstruída em suas peripécias e dubiedades. Marina tem de ser mostrada como ela o é: incoerente, inconstante, sem ideologia, vazia de propostas e cooptada pelo mercado de capitais.

A candidata hospedeira do PSB, que não é PSB, bem como não conseguiu regulamentar junto ao TSE a Rede Sustentabilidade, tem de explicar os seis anos em que ela foi ministra do Meio Ambiente e fracassou no que é relativo ao desmatamento, à proteção das matas ciliares, dos rios e riachos.

Explicar também o porquê de não ter conseguido diminuir os índices de poluição, além de jamais ter efetivado um diálogo sincero com os sindicatos dos trabalhadores rurais, com os empresários do agronegócio e com os médios e pequenos produtores, já que o Ministério do Meio Ambiente é intrinsecamente ligado às questões ecológicas, bem como discute assuntos concernentes à produtividade rural, além de tratar também de temas complexos referentes aos índios.

Pelo contrário, a única coisa que a candidata dos banqueiros fez foi paralisar obras realizadas por todo o Brasil, muitas delas de enorme importância para a economia e a população brasileira. Ligada a grandes ONGs nacionais e internacionais, Marina passou a ser uma adversária dentro do próprio Governo Trabalhista, e a única solução foi a sua saída do Ministério de Lula.

Após sua exoneração, assumiu o cargo de ministro no Ministério do Meio Ambiente o deputado carioca, Carlos Minc. O ministro, em menos de dois anos, resolveu problemas, atingiu metas e achou soluções para casos polêmicos e complexos muito mais do que Marina Silva, que tem enorme dificuldade para ouvir e dialogar.

A “Sonhática”, além de centralizar as decisões, demora para efetivá-las, bem como é portadora de uma personalidade com viés messiânico. Enfim, Marina coloca em risco todo um programa de Governo e projeto de País vitoriosos, independente do que considera ou deixa de considerar a imprensa burguesa e seus áulicos, que vicejam na sociedade, entretanto, teleguiados por ela.

A questão primordial é vencer a mentira e a desinformação. E o ringue para derrotar os mentirosos é o horário eleitoral veiculado nas tevês e rádios. Só que o PT tem de reaprender a bater, como o fazia no passado, para que o povo brasileiro veja, ouça e observe as realidades e as verdades.

Não é justo e nem justificável que os governantes trabalhistas, Lula e Dilma, sejam alvos de mentiras e as conquistas de seus governos, de suas equipes e dos trabalhadores brasileiros, que acreditaram no Brasil e empreenderam um desenvolvimento jamais visto antes neste País sejam desacreditados, sabotados, boicotados e, sobretudo, não mostrados pela imprensa alienígena e de passado golpista, que se transformou no principal partido oposicionista e de direita deste País.

Aécio Neves é retrocesso. Ele é o Fernando Henrique mais novo, mas com pensamentos e ideias velhos, superados e ultrapassados pelas realidades atuais e, principalmente, pelo fracasso que foi a política econômica neoliberal empreendida pelos tucanos, que o foram, irrefragavelmente, reprovados pelo povo brasileiro em três eleições.

Sobre Marina Silva, já disse o que tinha de dizer. Ela é messiânica e dúbia, características principais dos governantes que, no decorrer da história da humanidade, criaram e fomentaram crises políticas e econômicas que os levaram à guerra, à deposição e à renúncia. Marina compôs com o que tem mais de atrasado, no que tange ao fundamentalismo religioso e mercadológico.  Ah, isto Marina representa, sem dúvida. O perigo mora aí.

O Partido dos Trabalhadores tem de se defender e reaprender a atacar. Recado ao PT: pau que bate em Chico bate também em Francisco, Marina e Aécio. É isso aí.
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