02/09/2014
Pau que bate em Chico bate também em Francisco, Marina e Aécio
Blog Palavra Livre - 01/09/2014
Marina é messiânica, ideologicamente dúbia e propositalmente fala para não ser entendida. Contudo, seu programa de governo é neoliberal. |
Por Davis Sena Filho
Quando o PT e suas lideranças resolveram lançar o mote
“A verdade vai vencer a mentira” é devido às milhares de obras de infraestrutura,
grandes, médias e pequenas, além de dezenas de programas sociais, que estão em
pleno andamento e são escondidos, peremptoriamente, pela imprensa de mercado e
por outros segmentos hegemônicos, que atuam e agem nas diferentes igrejas, no
Judiciário, no Congresso e nas associações e sindicatos patronais.
Trata-se do poderoso sistema midiático privado, que se
transformou em partido político de direita e que, sistematicamente, boicota os
avanços sociais e econômicos conquistados pelo povo brasileiro, pois a intenção
é fazer com que não haja reconhecimento das conquistas, bem como a finalidade é
fazer com que elas fiquem no esquecimento, como se nunca tivessem existido.
Contudo, torna-se necessário e urgente ao PT e à sua
coalizão partidária reaprenderem a rebater, com ênfase e determinação, as
mentiras e as manipulações provenientes da imprensa de negócios privados e também
dos que se aninham debaixo de suas asas, a exemplo dos tucanos do PSDB,
principalmente os paulistas.
Asas conservadoras que ainda não se abriram totalmente
à Marina Silva, política hospedeira do PSB, que não possui equipe e muito menos
programa de governo confiável, no sentido de suas propostas resguardarem os
interesses do Brasil e as conquistas sociais e financeiras dos trabalhadores
deste País.
Por isto e por causa disto, o PT não pode vacilar,
porque são 12 anos de luta incessante para que o Brasil se desenvolvesse, a
partir de programas sociais e obras de infraestrutra, que garantiram a quase
plena empregabilidade, bem como propiciou que mais de 30 milhões de pessoas
superassem a linha de pobreza, bem como mais de 40 milhões chegassem à classe
média.
Cidadãos brasileiros, trabalhadores, estudantes e donas
de casa que se tornaram consumidores e, consequentemente, a cooperar para que o
Brasil vivenciasse um ciclo formidável de crescimento, somente comparável aos
anos dos governos trabalhistas do estadista Getúlio Vargas.
Nunca o Brasil distribuiu renda e riqueza de uma forma
tão uniforme, o que propiciou que todas as classes sociais e segmentos de atividades
econômicas pudessem crescer, ao ponto de o mercado interno brasileiro se tornar
tão poderoso e, por seu turno, efetivar uma rede de proteção social e econômica
que impediu que a crise internacional de 2008 afundasse a economia brasileira,
como aconteceu nos países da União Europeia e nos Estados Unidos.
Todas as questões postas na mesa têm de ser explicadas
com acuidade e desenvoltura pelo PT e suas lideranças, a começar pela
presidenta Dilma Rousseff e pelo maior cabo eleitoral da América Latina, o
ex-presidente trabalhista Luiz Inácio Lula da Silva. Do contrário, o PT vai
continuar a ser um saco de pancadas, tal qual a um boxeador que levou um
direto, não caiu, mas grogue com as pancadas, mal tem a capacidade de se
defender quanto mais efetivar ataques incisivos aos seus oponentes.
Adversários e inimigos perniciosos e funestos. No caso,
a imprensa corporativa, de caráter neoliberal, portanto, entreguista, e seus
aliados que, fracassados e incompetentes, abrigam-se em seu guarda-chuva elitista,
sectário e que dá guarida aos conservadores do PSDB, DEM e PPS.
O guarda-chuva que cobre também as cabeças dos
candidatos nanicos, à direita e também à esquerda. “Candidatos” a presidente da
República, porém, a ter como único propósito atacar a presidenta Dilma
Rousseff, o Lula, o Governo Trabalhista e o PT, como deixou claro e livre de
equívocos e enganos o horário eleitoral, as entrevistas e os debates
transmitidos pelas televisões e rádios pertencentes aos magnatas bilionários de
imprensa familiar, que ora estão em dúvida quanto às reais condições de Marina
Silva, a “Sonhática”, assumir a Presidência de um País poderoso e complexo como
o é o Brasil.
O Brasil é tão poderoso e rico que a direita
partidária, a Casa Grande empresarial e os coxinhas de classe média se recusam
a sair do País, porque sabem que viver em Pindorama tem futuro, bem como
compreendem que se conquistarem o poder vão viver ainda melhor do que vivem,
pois vão efetivar um programa de governo e um projeto de País draconiano, que os
permitirão a voltar aos tempos da ditadura militar e dos governos Collor,
Sarney e Fernando Henrique.
Governos e governantes conservadores que apostaram, no
passado, em um País VIP,
alinhado sumariamente aos interesses dos EUA e da UE, suas cortes, tratadas
como patrões, pois a elas subordinados e subservientes. A direita que deseja e
luta por um Estado que deixe de ser o indutor e o fiscalizador do
desenvolvimento econômico e social e passe a ser apenas uma plataforma para
esses grupos sociais e econômicos darem suas piruetas e se locupletarem a
despeito das necessidades e dos interesses da grande maioria do povo
brasileiro.
O PT e líderes como Lula e Dilma têm de abrir a boca,
fazer comparações e serem duros com quem manipula e mente sobre os números, os
índices e as conquistas acontecidos nos últimos 12 anos. Não é complexo
responder à altura àqueles que tratam o Brasil como pária dos países ricos,
pois, a ser assim, a Casa Grande só tem a ganhar, como ocorre desde os tempos
do Brasil Colônia.
Marina Silva, a “Sonhática”, cujas palavras e
pensamento ninguém compreende, tem de ser desmascarada, e, mais do que isto,
desconstruída em suas peripécias e dubiedades. Marina tem de ser mostrada como
ela o é: incoerente, inconstante, sem ideologia, vazia de propostas e cooptada
pelo mercado de capitais.
A candidata hospedeira do PSB, que não é PSB, bem como
não conseguiu regulamentar junto ao TSE a Rede Sustentabilidade, tem de
explicar os seis anos em que ela foi ministra do Meio Ambiente e fracassou no
que é relativo ao desmatamento, à proteção das matas ciliares, dos rios e
riachos.
Explicar também o porquê de não ter conseguido diminuir
os índices de poluição, além de jamais ter efetivado um diálogo sincero com os
sindicatos dos trabalhadores rurais, com os empresários do agronegócio e com os
médios e pequenos produtores, já que o Ministério do Meio Ambiente é
intrinsecamente ligado às questões ecológicas, bem como discute assuntos concernentes
à produtividade rural, além de tratar também de temas complexos referentes aos
índios.
Pelo contrário, a única coisa que a candidata dos
banqueiros fez foi paralisar obras realizadas por todo o Brasil, muitas delas
de enorme importância para a economia e a população brasileira. Ligada a
grandes ONGs nacionais e internacionais, Marina passou a ser uma adversária
dentro do próprio Governo Trabalhista, e a única solução foi a sua saída do
Ministério de Lula.
Após sua exoneração, assumiu o cargo de ministro no
Ministério do Meio Ambiente o deputado carioca, Carlos Minc. O ministro, em
menos de dois anos, resolveu problemas, atingiu metas e achou soluções para
casos polêmicos e complexos muito mais do que Marina Silva, que tem enorme
dificuldade para ouvir e dialogar.
A “Sonhática”, além de centralizar as decisões, demora
para efetivá-las, bem como é portadora de uma personalidade com viés
messiânico. Enfim, Marina coloca em risco todo um programa de Governo e projeto
de País vitoriosos, independente do que considera ou deixa de considerar a
imprensa burguesa e seus áulicos, que vicejam na sociedade, entretanto, teleguiados
por ela.
A questão primordial é vencer a mentira e a
desinformação. E o ringue para derrotar os mentirosos é o horário eleitoral
veiculado nas tevês e rádios. Só que o PT tem de reaprender a bater, como o
fazia no passado, para que o povo brasileiro veja, ouça e observe as realidades
e as verdades.
Não é justo e nem justificável que os governantes
trabalhistas, Lula e Dilma, sejam alvos de mentiras e as conquistas de seus
governos, de suas equipes e dos trabalhadores brasileiros, que acreditaram no
Brasil e empreenderam um desenvolvimento jamais visto antes neste País sejam
desacreditados, sabotados, boicotados e, sobretudo, não mostrados pela imprensa
alienígena e de passado golpista, que se transformou no principal partido oposicionista
e de direita deste País.
Aécio Neves é retrocesso. Ele é o Fernando Henrique
mais novo, mas com pensamentos e ideias velhos, superados e ultrapassados pelas
realidades atuais e, principalmente, pelo fracasso que foi a política econômica
neoliberal empreendida pelos tucanos, que o foram, irrefragavelmente,
reprovados pelo povo brasileiro em três eleições.
Sobre Marina Silva, já disse o que tinha de dizer. Ela
é messiânica e dúbia, características principais dos governantes que, no
decorrer da história da humanidade, criaram e fomentaram crises políticas e
econômicas que os levaram à guerra, à deposição e à renúncia. Marina compôs com
o que tem mais de atrasado, no que tange ao fundamentalismo religioso e
mercadológico. Ah, isto Marina
representa, sem dúvida. O perigo mora aí.
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