'Eduardo Cunha foi informado sobre o congelamento de seus ativos', declarou a Procuradoria-Geral da Suíça em um comunicado oficial ao Estado.”
Do excelente repórter do Estadão na Suíça, Jamil Chade:
“O Ministério Público da Suíça nega a
versão do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de que desconhece o teor
das notícias veiculadas sobre suas contas no país europeu e garante que o
parlamentar foi alertado sobre o congelamento de seu dinheiro. “Eduardo
Cunha foi informado sobre o congelamento de seus ativos”, declarou a
Procuradoria-Geral da Suíça em um comunicado oficial ao Estado.”
O comunicado oficial da Suíça do “congelamento de seus ativos”, se algum deputado que, ao contrário do líder do PSDB, Carlos Sampaio, que dá a Cunha “o benefício da dúvida” (tão raro hoje, não é?) pedir a cassação de Cunha por quebra de decoro parlamentar.
Por que? Porque Cunha não declarou, na sua posse, como é obrigatório, que possuía “ativos” no estrangeiro, ou na Suíça, especificamente.
E há não um, mas dois documentos de autoridades estrangeiras dizendo que tem e que sabe disso.
Cunha está mentindo descaradamente diante do Parlamento e da população e o aviso que recebeu é a prova de que não há “benefício da dúvida” a lhe dar, porque se não tivesse os tais “ativos” que a Justiça suíça confiscou, ao ser avisado, deveria ter denunciado a possibilidade de uma “armação” e pedido uma investigação.
Mas ficou, como se diz na terra dos meus avós, “no mocó”.
Não tem salvação, embora nossa “valente” imprensa faça diariamente orações para que ele leve o impeachment à votação antes que apareçam os papéis que mostram a “atividade” dos “ativos” do deputado.
Porque, tanto quanto Cunha sabia, todos eles sabem das falcatruas do “rei do impeachment”.
Sabem, mas fingem que “ainda não há elementos” para que lhe tirem o “benefício da dúvida”.
Nem os “benefícios” do que o nada duvidoso Presidente da Câmara pode lhes trazer.
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