13/10/25015
Dilma tem de ir à TV enfrentar o golpe e dar os nomes dos "bois"
Palavra Livre 13/10/ 2015
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Por Davis Sena Filho
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Há
muito tempo a presidenta Dilma Rousseff deveria ter ido à televisão
para enfrentar duramente os conspiradores do golpe e citar um por um
para o povo brasileiro saber quem é quem nesta história de horrores,
porque golpe contra mandatários que não cometeram crimes comuns e de
responsabilidade é realmente uma coisa terrível, vide os golpe
civil-militar de 1964, que durou intermináveis 21 anos.
Como
agora a direita de índole escravocrata deste País não conta mais com os
generais, e, ao que parece, as vivandeiras de quartéis estão extintas
ou não tem mais espaço para choramingar o choro de crocodilo nos ombros
dos militares, resta a essa gente irresponsável optar pelo golpe
paraguaio, que, cinicamente e hipocritamente, tenta dar uma conotação de
legalidade e legitimidade ao crime de derrubar presidentes constituídos
pelo povo brasileiro por intermédio das urnas e de sua vontade
soberana.
Evidentemente
se percebe, até com certa facilidade para quem não se deixa ser tratado
como idiota, que golpe sem motivos concretos é crime, bem como quem
comete crimes é considerado criminoso, e fim de papo. Quem apoia
criminoso, mesmo se não colocar diretamente a mão na massa, torna-se
cúmplice, como ocorreu, vale lembrar novamente, com muitos brasileiros
ideologicamente conservadores no ano desastrado de 1964.
Contudo,
está mais do que na hora de a presidenta Dilma Rousseff mostrar sua
autoridade, que se alicerça em 54,5 milhões de votos, bem como na sua
condição de mandatária, que tem poder para enfrentar golpistas sem
limites, que não aceitaram a derrota eleitoral, principalmente no que
concerne à conduta e à postura do tucano Aécio Neves, o pior perdedor de
eleições na história do Brasil.
Aécio
Neves é o típico garoto perna de pau, mas dono da bola, que encerra o
jogo porque não consegue superar seus adversários. Conheci alguns
garotos assim na minha infância. Vencedor de eleições até então, o
tucano torna-se mau perdedor por ser um playboy mimado, que nunca tinha
sido derrotado eleitoralmente e, mais do que isto, seus desejos e
caprichos nunca foram-lhes sido negados. Porém, o foram em 2014, por
força de determinação e vontade do povo brasileiro, que, por sinal, ele
não respeita.
A
partir desta derrota, Aécio "enloqueceu", radicalizou seu discurso e se
tornou o golpista-mor do Brasil para a vergonha de seu avô, Tancredo
Neves, que se fosse vivo e por causa de sua biografia combativa não iria
compactuar com os caprichos de seu neto, playboy mimado, que resolveu
guardar mágoas e rancores de sua derrota eleitoral no freezer, ao ponto
de criar factoides sem fim, como sua viagem à Venezuela, que foi uma
verdadeira pantomima.
É
o fim da picada, em pleno século XXI, a pauta do Brasil imposta por uma
imprensa privada de caráter corrupto e antinacionalista se resumir a
golpe de estado, com um "colorido" mequetrefe de golpe
jurídico-parlamentar à moda paraguaia, cuja finalidade, ridiculamente, é
legitimar as más ações de criminosos que querem derrubar uma mandatária
como se derrubassem mangas de árvores. Durma-se com um barulho desses,
porque é inacreditável a que ponto chegam os inquilinos representantes
da casa grande, uma das mais preconceituosas, corruptas, ricas e
violentas do mundo.
Dilma
tem de ir à televisão e dizer que Aécio Neves, Carlos Sampaio, Agripino
Maia, Ronaldo Caiado, Cássio Cunha Lima, José Serra, Fernando Henrique
Cardoso — o Neoliberal I —, Sérgio Moro, delegados aecistas, Deltan
Dallagnol e companhia, bem como Rodrigo Maia, Roberto Freire, Paulinho
da Força, Álvaro Dias, Jair Bolsonaro, além de Gilmar Mendes, Aroldo
Cedraz, Augusto Nardes, dentre muitos outros personagens da direita
brasileira que frequentam os poderes da República, apostam em golpe
contra o Brasil, a democracia, o Estado de Direito, a Constituição, as
instituições republicanas e, principalmente, contra o povo brasileiro,
como ocorreu em 1954 e 1964. (ênfases em verde negritado são do ContrapontoPIG)
Autoridades
de oposição que são inquilinos do Congresso, do STF, do TSE, do TCU, da
Polícia Federal e do Ministério Público, que vazam criminosamente
processos e inquéritos para a imprensa de mercado dos magnatas
bilionários sonegadores de impostos fazerem uma oposição sistemática e
completamente divorciada do jornalismo isento, investigativo e que
ouvisse os dois lados de um mesmo episódio, a fim de permitir o
contraditório. (ênfases em verde negritado são do ContrapontoPIG)
Tal
realidade que, de forma surreal, acontece também nos âmbitos da PF, da
Justiça e do MP, que são instituições integrantes do Estado nacional e
que, em hipótese alguma, deveriam agir e se comportar como empresas
privadas descompromissadas com a Nação, a exemplo das mídias
corporativas e familiares, que editam e repercutem um jornalismo de
péssima qualidade editorial.
Autoridades
que formaram uma frente única de caráter conservador, que defendem seus
interesses políticos, econômicos e ideológicos, com unhas e dentes, não
dão ponto sem nó ao tempo que dão nó em pingo d'água, porque a
finalidade, sem sombra de dúvidas, é conquistar a cadeira da Presidência
da República antes das eleições de 2018, que poderá ter Lula como um
dos candidatos favoritos. É tudo o que a direita antidemocrática
brasileira, já desesperada, não quer: um presidente trabalhista
novamente no poder.
A
verdade é que os políticos de posição tem muitos esqueletos escondidos
em seus armários, notadamente o chefe da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha, que, apesar de ser do PMDB, sempre foi oposição as governos Lula e
Dilma. Na presidência do Legislativo, Cunha se esmerou em efetivar
pautas que prejudicassem o Governo Trabalhista e o País, bem como
conspirou o tempo todo para que Dilma Rousseff fosse derrubada em um
golpe por vias jurídicas e parlamentares.
Um
verdadeiro absurdo, porque fatos são fatos e a verdade, nua e crua, é
que a mandatária brasileira nunca cometeu crimes de responsabilidades.
Dilma Rousseff não é o caso de Fernando Collor e, seguramente, jamais
cairia sem reagir. Dilma tem base parlamentar, mesmo que atualmente
frágil, mas que está a consolidá-la, de acordo com o enfraquecimento de
Eduardo Cunha, que já abandonado pela mídia empresarial e pelo PSDB se
tornou um cadáver político, bem como a reforma ministerial colocou os
pontos em quase todos os 'is'.
Por
seu turno, os militares querem distância do poder político, assim como
os movimentos sociais apoiam a administração petista, mesmo a discordar
de vários pontos, além de as confederações e federações sindicais,
urbanas e rurais, estarem ao seu lado. A reação dos legalistas contra o
golpe seria rápida e dura, as ruas seriam tomadas pelos brasileiros de
bom senso e que não aceitam golpes tradicionais à base da força das
armas, bem como os de embalagens matreiramente e sorrateiramente
jurídicas, a fingir que são "legais". Pura hipocrisia...
Além
disso, o Brasil não é um País de bananas, como o quer transformá-lo a
direita brasileira, apátrida, antinacional e portadora de um
incomensurável e inenarrável complexo de vira-lata, pois subalterna e
subserviente à gringada, a quem a casa grande tanto admira e não se
importa de perder a vergonha na cara, a fim de se submeter aos ditames
dos países ricos e admirados pelas burguesia e pequena burguesia
pusilânimes e ignorantes sobre a história do Brasil e de seu povo
criativo, inteligente e corajoso. O povo é luxo. A burguesia é lixo, com
exceções, obviamente.
Dilma
Rousseff tem de fazer, o mais rápido possível, um pronunciamento em
cadeia nacional e explicar, de forma didática, clara e objetiva o que
está acontecer no Brasil, no que tange às tentativas de impeachment por
parte da oposição, notadamente o PSDB e o DEM, com repercussão e
cumplicidade das mídias nativas e de históricos lamentavelmente
golpistas.
A
presidenta trabalhista tem de dizer que Aécio Neves não aceitou a
derrota e, por conseguinte, fomenta todo tipo de mentiras e manipulações
para que o governo petista seja engessado, a impedir que se pense e
debata o Brasil, bem como mostre os avanços conquistados pelo povo
brasileiro. A direita quer duas coisas: 1) derrubar, criminosamente,
Dilma Roussef, em um golpe paraguaio; e 2) impedir o debate e, por sua
vez, fazer com que o povo esqueça como sua vida melhorou nos últimos 13
anos. Ponto.
Dilma Rousseff tem de dizer: "Eu
não roubo e não permito que roubem. Meu governo foi o que mais prendeu
gente poderosa politicamente, economicamente e financeiramente, a
exemplo de grandes empresários, funcionários públicos de alto escalão e
políticos que se deixaram corromper. Meu governo prendeu os corruptos e,
pela primeira vez, os corruptores. Sim, os corruptores, os mesmos que
financiam os partidos que concorrem às eleições e dá no que dá:
corrupção! Isto mesmo, o financiamento privado de campanhas eleitorais,
que o PSDB, o DEM e o PPS, a imprensa familiar, certo juiz do STF,
dentre outros personagens da direita brasileira. Mesmo a saber que
campanhas financiadas por empresários são o mal principal da corrupção,
essa gente lutou até o fim para que o financiamento continuasse, o que,
felizmente, não aconteceu, porque a maioria dos juízes do STF não
permitiu".
Depois desta fala, Dilma deveria encerrar desse modo:
"Jamais permitirei que me derrubem e que os votos dos brasileiros que
votaram em mim sejam rasgados e jogados no ralo. Além disso, certamente
que muitos brasileiros que não votaram em mim não apoiam golpes por
serem legalistas e civilizados". Encerra-se a fala, com um "Boa noite". Ponto.
Dilma
não vai cair, porque a direita está inconformada e histérica. Que
esperem pelo ano de 2018. Depois veremos quem tem mais garrafa para
vender. O Brasil não é e nunca será uma República das bananas. Jamais.
Provinciana, subserviente e golpista é a "elite" também conhecida como
casa grande. Quanto ao golpe, não somos indulgentes. Dilma tem de ir à
TV enfrentar o golpe e dar os nomes dos "bois". É isso aí.
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Antes de ir à TV dar nomes aos bois e "boys", ela tem que questionar a concessão de uso de canais que visivelmente usam do licença para fins políticos e golpistas! Uma devassa nessas emissoras sonegadoras de impostos, manipuladoras da opinião pública!
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