quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Nº 19.757 - "Energia: o que Dilma fez e a mídia oculta"

 

17/08/52016

 

Energia: o que Dilma fez e a mídia oculta

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eolpart1


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Costuma-se apontar a área de energia como uma das mais desastrosas do Governo Dilma.

Seu crime? Reduzir as tarifas de eletricidade e, depois, tê-las aumentado, em função da seca.

A (quase) normalização no regime de chuvas – ainda há alguma, embora menor, preocupação com o nível dos reservatórios – chegou tarde para permitir que o alívio tarifário se refletisse nos índices de inflação, pesadamente atingidos em 2015 pelos brutais aumentos maquinados pelo ministro Joaquim Levy e por dois ministros de Minas e Energia hoje “impichimistas”, Edison Lobão e Eduardo Braga.

Depois da crise hídrica é fácil criticar a política tarifária de energia, que era por sinal uma exigência da Fiesp, nos termos mais duros, em 2012, atendida pelo Governo em boa parte. Apenas mais um campo – como o da redução da carga tributária – em que o governo Dilma deu o que pediam e ganhou ódio em troca.

Há, porém, um campo onde não pode deixar de haver o reconhecimento ao desempenho extraordinário da administração Dilma, num campo onde a presidenta teve o comando direto e permanente: o da geração de energia eólica, onde o Brasil “não existia” até o início de sua gestão e tornou-se, agora, o país em que, proporcionalmente,  mais cresce este pipo de produção de energia.

O gráfico lá de cima diz quase tudo.

Há 10 anos, em volume, a nossa capacidade de geração de energia com os ventos era, virtualmente, zero. Ou, em termos precisos: 0,056% do total.

No dia 30 de junho, com 9.216,11 mil Mw interligados ao Sistema Integrado Nacional, as turbinas eólicas produziram  4.902 MWh,  ou 9,26% de todo o consumo nacional de energia elétrica.

A diferença entra a potência instalada e a energia gerada é simples de entender: o vento não é o mais forte todo o tempo em todos os lugares e o fator médio de produção atingido pelas eólicas brasileira (41%) está entre os mais altos do mundo. A média global é de 30%.

No Nordeste, onde os ventos são mais intensos neste período de seca, o recorde foi no dia 26 de junho, quando a energia gerada assim correspondeu exatamente à metade de toda a eletricidade gasta na região.

Neste mês, tem permanecido sempre acima de um terço da carga demandada.

A média de 4 mil MWh equivale à média esperada para uma megausina como Belo Monte.

Como a imprensa brasileira não é muito de registrar as conquistas do nosso país, resolvi voltar ao tema, na esperança de que algum jornal ou emissora de televisão, agora que andam caçando notícia boa para ajudar Michel Temer, se interesse pela questão.

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