.
04/11/2016
Do prefeito de Barcelona a juristas, o protesto contra invasão do ENFF pela polícia de Alckmin
Luis Nassif
A Polícia Civil invadiu o Escola Nacional Florestan Fernandes, do MST (Movimento dos Sem Terra), com a mesma sem-cerimônia com que a PM invade casas humildes de periferia. Entraram dando tiros para cima e ameaçando os primeiros que apareceram, sem se importar com a presença de idosos e crianças.
Ao abrir a porta do salão, a primeira surpresa: em vez de marginais, um grupo de trinta estrangeiros recepcionados pelo MST. O líder do MST, João Pedro Stédile, não estava pois, naquele momento, era recebido pelo Papa Francisco.
Só aí se deram conta do furo cometido. Saíram rapidamente, mas não a tempo de evitar manifestações de protestos que estão chovendo de todo o mundo.
ALGUMAS MANIFESTAÇÕES:
“A invasão policial, sem mandado judicial, da Escola Florestan Fernandes, do MST, constitui não só um dos mais graves dos muitos episódios recentes tendentes à instauração de um regime de exceção, como a evidente tentativa de criminalizar os movimentos sociais e todos os segmentos que não concordam com os rumos autoritários que vem tomando conta do nosso país.”
(Ricardo Lodi Ribeiro, professor adjunto de Direito Financeiro da UERJ).
“Se havia alguma dúvida, agora na há mais: já estamos vivendo sob o estado policial”
(Wadih Damous, Deputado Federal)
“É exceção a pleno vapor, exibindo as suas garras, depois da forte agressão à soberania popular no golpe contra Dilma.”
(Tarso Genro)
“O avanço do estado policial como consequência do golpe vem atropelando os direitos e garantias fundamentais a serviço do Estado de exceção ”
(Leonardo Isaac Yarochewsky)
“Esta mañana la policía ha atacado una escuela del @MST_Oficial en Brasil. Desde BCN condenamos la violencia y exigimos respeto a los DDHH”
(Gerardo Pisarello, Coprefeito de Barcelona-ES)
“Estamos vendo o nascimento de uma ditadura. O golpe vai se consolidando como um Estado de Exceção que enterrou a Constituição democrática e não respeita os direitos fundamentais.”
(João Ricardo Wanderley Dornelles, Professor de Direito da PUC-Rio)
Maquiavel fez escola. Toda a maldade de uma Vez. Estado aparelhado. População com medo. O cotidiano militarizado. Resistir até o fim.
(Alexandre Morais da Rosa, Juiz de Direito e Professor da UFSC)
A ilegal invasão da Escola Florestan Fernandes em Guararema-SP, de forma irresponsável e com munição letal, mergulha ainda mais o Brasil nas sombras do Estado Policial, onde a seletividade e ilegalidade determinadas ações (tanto policiais como judiciais) voltaram a ser a regra, bem ao estilo das ditaduras latinoamericanas chefiadas por Washington.
(Ricardo Franco, advogado junto ao Tribunal Penal internacional)
“O assalto armado policial à Escola Florestan Fernandes é mais um assalto a nossa jovem democracia, que vem sofrendo rápido processo de degeneração. O ameganhamento da política e das instituições constitui um assustador sinal do avanço do fascismo no Brasil. Fiquemos alertas.” –
(Eugênio de Aragão, Professor da UnB, Subprocurador-geral da República e ex-Ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff)
Maria José Fariñas Dulce
“Esta es su manera de asentar las bases del autoritarismo antidemocrático, criminalizando los conflictossocieconómicos, convirtiendolosen cuestiones de orden público y manipulando un inducido miedo a los ciudadanos”
(Maria José Fariñas Dulce, Catedratica de la Universidad Carlos III -Madrid Y Miembro del Tribunal Internacional por lá Democracia en Brasil)
“O poder político e o poder econômico agem sem limites. Os direitos fundamentais são afastados sem pudor. Vive-se a era pós-democrática”
(Rubens Casara, Juiz de Direito)
“Se havia alguma dúvida quanto ao golpe, estamos agora vivendo o que sempre ocorre pós-golpe: tudo é possível em nome da manutenção da ordem estabelecida pela força.”
(Rômulo de Andrade Moreira, Procurador de Justiça /BA e Professor de Direito Processual Penal da Faculdade de Direito da Universidade Salvador – UNIFACS)
“O Brasil obscurece e estarrece o mundo com o injustificável e ilegal abuso de autoridade contra a Escola Nacional Florestan Fernandes, já não faltam motivos para a sociedade se levantar contra o Golpe fragrante e sistemático que viola a Constituição e todas as Cartas de Direitos Humanos”
(Carol Proner, Professora de Direito Internacional da UFRJ)
.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista