16/08/2017
A “batalha” da meta agora é no Congresso
Do Tijolaço · 16/08/2017
POR FERNANDO BRITO
Engana-se quem acha que a novela da meta fiscal terminou.
Recomeça – se tanto – na semana que vem.
É a decorrência lógica de tudo o que foi noticiado: que a “ala política” (o “centrão”) queria uma meta maior do que a “conta de chegar” de R$ 159 bilhões bancada por Henrique Meirelles.
Que – diga-se de passagem – parecia perdido e contando uma história inverossímil ontem, na apresentação dos números.
Recorde-se que os deputados têm, agora, dois “artigos” para negociar com Michel Temer.
A segunda denúncia de Janot e a aprovação da meta.
A primeira é som ou não, mas na segunda “tem jogo”.
Que não é de todo desinteressante para o governo e para a equipe econômica, desde que fique na “conta” do Congresso.
Porque os R$ 159 bilhões da nova meta têm um risco imenso de “estourarem”.
O déficit acumulado em 12 meses, até o mês passado, estava em R$ 164,7 bilhões. Neste valor, estão contidas as receitas da Repatriação-1, algo como R$ 35 bilhões e, valores líquidos, já retirada a parte que foi para estados e municípios.
Com os possíveis R$ 10 bilhões do aumento dos impostos sobre combustíveis e as receitas de venda das usinas da Cemig, de um acerto do Refis e dos leilões do petróleo, a muito custo, sairiam os R$ 25 bilhões restantes.
E ainda se buscaria o milagre de que os rombos, mês a mês, sejam menores que os do final de 2016.
Como se vê, “pouca coisa”, não é?
A situação fiscal, como a dos times que ficam até o final na “zona de rebaixamento”, depende de uma “combinação de resultados”
Que, em geral, sem trocadilhos, em geral acaba em rebaixamento e troca de técnico.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista