25/08/2017
A “Veja” comemora o fruto da Lava Jato: a venda do Brasil
Do Tijolaço · 25/08/2017
POR FERNANDO BRITO
Se alguém tem alguma dúvida de que a finalidade oculta da Lava Jato ia muito além de apanhar alguns ratos dentro de empresas estatais – e ratos, empresas públicas e privadas, assim como instituições sempre os tiveram – vai perdê-la ao ver a edição da Veja desta semana (aliás, estranhamente antecipada).
Ao fazer um balanço da operação, a revista solta foguetes em seu editorial:
“o melhor desdobramento da LavaJato, o mais alvissareiro no terreno do combate à corrupção, veio de onde ninguém esperava: o anúncio da privatização da Eletrobras, a maior empresa de energia elétrica da América Latina e sócia de mamutes hidrelétricos, que vão da velha usina de Itaipu à nova usina de Belo Monte. Sim, o anúncio de uma privatização está entre as medidas mais eficazes que se podem tomar para vencer a corrupção no Brasil. E o motivo é simples:o gigantismo do Estado brasileiro, com seus braços públicos por toda parte, serve como um convite onipresente à corrupção.
A revista comemora como “grande notícia” o pacotaço de vendas. Todas, claro, feitas na mais santa integridade numa processo que é comandado por ninguém menos que…Wellington Moreira Franco! Um homem de deixar o notório Ricardo Sérgio muito aquém do “limite da responsabilidade”.
Bancos e fundos estrangeiros, além dos chineses, se fartarão, com as devidas orações aos rapazes de Curitiba – que a revista saúda como autores intelectuais – e a Michel temer, o executor de uma lesão histórica ao país.
Graças à histeria da lava Jato, o Brasil não será mais roubado em centenas de milhões.
Será roubado em centenas de bilhões, trilhões, até.
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PITACO DO ContrapontoPIG
.Triste e deprimente ver o povo brasileiro aceitar calado, resignado. paralisado e imbecilizado pela mídia, frente à tamanha ação deletéria dos golpistas contra os interesses maiores do país.
Como suportar passivamente a ação de uma quadrilha formada por alguns dos maiores corruptos da história do pais: Temeres, Wellingtons e Padilhas, acomodados no Planalto, promovendo cinicamente a entrega das nossas riquezas e o desmantelamento da nossa economia?
Como pode o judiciário brasileiro assistir, aceitar cabisbaixo e acovardado, aos desmandos que vários Gilmares e Moros vem praticando, a emporcalhar a nossa Justiça?
Como não esboçar reação contra grande número de legisladores nacionais que, vendidos, vem agindo descaramento para comprometer o futuro dos nossos filhos e netos e condenando o Brasil a um futuro sombrio e vergonhoso perante o Mundo?
Vivemos momentos crucias: ou bem enfrentamos de pé aos que nos agridem, ou bem nos ajoelhamos e damos as costas à chibata, renunciando a um futuro digno - que merecemos e até já chegamos a vislumbrar - para aceitar uma volta ridícula a um passado de dependência e de pobreza.
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