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17/04/2013
A irresponsabilidade de Capriles
17 de abril de 2013
Mau perdedor
Capriles está confirmando a lendária má fama da direita venezuelana com suas palavras e ações irresponsáveis.
Na confusão que ele está armando por não aceitar a derrota nas urnas, venezuelanos estão morrendo.
Capriles chegou perto, mas perdeu. Seu adversário na recente disputa pelo governo do estado de Miranda não teve o mesmo comportamento destrutivo ao ser batido por apenas 45 000 votos.
Os Estados Unidos, sempre de olho no petróleo venezuelano do qual desfrutaram por tantos anos enquanto a população local era reduzida à pobreza extrema, se apressaram em incentivar Capriles.
Para sorte dos venezuelanos, hoje existe contraponto à pressão americana entre os vizinhos da Venezuela.
Lula, com acerto, disse que os americanos deviam parar de se meter na vida alheia. Obama mesmo, no voto popular, venceu Romney por uma diferença porcentual parecida com a obtida por Maduro.
E ninguém sugeriu que os americanos recontassem os votos.
A postura de donos do mundo causa mais e mais engulhos planetariamente. Na era da internet, correm o mundo as informações sobre as reais motivações americanas com sua predadora política externa.
Quem acredita nos campeões da liberdade acredita em tudo, para usar a grande expressão de Wellington.
Os americanos cometem mais um desatino ao se alinhar às encrencas de Capriles.
Capriles teve tudo para ganhar, esta é a verdade. Mas não ganhou. Os chavistas sem Chávez, para usar uma comparação futebolística, eram como o Barcelona sem Messi.
E ainda assim Capriles perdeu – em eleições chanceladas por Jimmy Carter e acompanhas por observadores internacionais de reputação irreprochável.
numa recontagem o poderoso grupo de interesses que ele representa não promova alguma fraude? E então seria a vez de Maduro exigir a recontagem da recontagem. A exigência de Capriles — além do mais covarde, porque é inimiginável que ele a fizesse perante Chávez — é uma insanidade. Levaria a Venezuela a contar votos em vez de trabalhar para resolver tantos problemas.
Sem o charme e o carisma de Chávez, sem a sua presença para orientá-lo, sem experiência em palanque, sem traquejo político, Maduro ganhou uma disputa que, a rigor, tinha tudo para perder.
Ganhou por causa da semente da justiça social legada por Chávez.
Agora, seu desafio, como legítimo presidente, é cuidar que essa semente não se perca.
Na confusão que ele está armando por não aceitar a derrota nas urnas, venezuelanos estão morrendo.
Capriles chegou perto, mas perdeu. Seu adversário na recente disputa pelo governo do estado de Miranda não teve o mesmo comportamento destrutivo ao ser batido por apenas 45 000 votos.
Os Estados Unidos, sempre de olho no petróleo venezuelano do qual desfrutaram por tantos anos enquanto a população local era reduzida à pobreza extrema, se apressaram em incentivar Capriles.
Para sorte dos venezuelanos, hoje existe contraponto à pressão americana entre os vizinhos da Venezuela.
Lula, com acerto, disse que os americanos deviam parar de se meter na vida alheia. Obama mesmo, no voto popular, venceu Romney por uma diferença porcentual parecida com a obtida por Maduro.
E ninguém sugeriu que os americanos recontassem os votos.
A postura de donos do mundo causa mais e mais engulhos planetariamente. Na era da internet, correm o mundo as informações sobre as reais motivações americanas com sua predadora política externa.
Quem acredita nos campeões da liberdade acredita em tudo, para usar a grande expressão de Wellington.
Os americanos cometem mais um desatino ao se alinhar às encrencas de Capriles.
Capriles teve tudo para ganhar, esta é a verdade. Mas não ganhou. Os chavistas sem Chávez, para usar uma comparação futebolística, eram como o Barcelona sem Messi.
E ainda assim Capriles perdeu – em eleições chanceladas por Jimmy Carter e acompanhas por observadores internacionais de reputação irreprochável.
numa recontagem o poderoso grupo de interesses que ele representa não promova alguma fraude? E então seria a vez de Maduro exigir a recontagem da recontagem. A exigência de Capriles — além do mais covarde, porque é inimiginável que ele a fizesse perante Chávez — é uma insanidade. Levaria a Venezuela a contar votos em vez de trabalhar para resolver tantos problemas.
Sem o charme e o carisma de Chávez, sem a sua presença para orientá-lo, sem experiência em palanque, sem traquejo político, Maduro ganhou uma disputa que, a rigor, tinha tudo para perder.
Ganhou por causa da semente da justiça social legada por Chávez.
Agora, seu desafio, como legítimo presidente, é cuidar que essa semente não se perca.
Paulo Nogueira. Jornalista baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícas e análises Diário do Centro do Mundo.
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