12/06/2013
CNT/MDA diz que nada mudou. Erro do Datafolha?
Do Brasil 247 -11 de Junho de 2013 às 11:09
Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte e
do instituto MDA aponta oscilação próxima da margem de erro, de 2,2
pontos, na popularidade da presidente Dilma Rousseff; percentual de
54,2% apurado agora é 2,4 pontos abaixo do verificado em julho do ano
passado, de 56,6%; Datafolha divulgou queda de oito pontos em junho em
relação a março; no ano passado, na véspera do primeiro turno para a
eleição paulistana, Datafolha divulgou que o vencedor Fernando Haddad
estava três pontos atrás de Celso Russomano, mas resultado oficial
mostrou petista com sete pontos a mais que o adversário; nunca houve
pedido de desculpas
O resultado, de imediato, remeteu à reflexão sobre os números divulgados no final de semana pelo instituto Datafolha, ligado ao jornal Folha de S. Paulo, da família Frias, que acusou uma perda de popularidade para a presidente de oito pontos percentuais em apenas três meses, sendo agora de 57% contra 65% em março.
A discrepância em relação à pesquisa CNT/MDA é gritante, especialmente no cruzamento do período de distância entre uma pesquisa e outra e as diferenças notas obtidas: com onze meses de separação entre a edição atual e a anterior, a pesquisa CNT/MDA ficou praticamente dentro da margem de erro, mas num hiato de apenas três meses o Datafolha viu uma queda de oito pontos percentuais. Em ambas, no entanto, Dilma é apontada como favorita à reeleição, com intenções de voto suficientes para vencer a disputa em primeiro turno.
No ano passado, na véspera da realização do primeiro turno para a eleição de prefeito de São Paulo, o Datafolha divulgou pesquisa que mostrava o petista Fernando Haddad em terceiro lugar, com 24% de intenções, atrás de José Serra, do PSDB, com 28%, e Celso Russomano, do PRB, com 27% (leia aqui). O resultado do primeiro turno daquela eleição, no entanto, mostrou os seguintes resultados: José Serra (30,75%), Fernando Haddad (28,98%) e Celso Russomano (21,60%). O erro crasso do Datafolha nunca mereceu um pedido de desculpas do instituto ao público.
Abaixo, notícia distribuída pela agência Reuters sobre a pesquisa CNT/MDA:
BRASÍLIA, 11 Jun (Reuters) - A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff caiu para 54,2 por cento em junho, contra 56,6 por cento em julho do ano passado, mostrou pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira.
Segundo o levantamento da Confederação Nacional do Transporte/MDA Pesquisa, 35,6 por cento veem o governo como regular, ante 35,5 por cento em julho de 2012, e 9,0 por cento fizeram uma avaliação negativa do governo, comparados com os 7,0 por cento do ano passado. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.
A aprovação do desempenho pessoal de Dilma oscilou negativamente para 73,7 por cento neste mês, ante os 75,7 por cento registrados em julho de 2012, última vez em que a pesquisa CNT/MDA havia sido divulgada.
A sondagem entrevistou 2 mil pessoas entre os dias 1o e 5 de junho, em 134 municípios.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
Abaixo, noticiário da Agência Brasil a respeito:
Governo Dilma tem 54,2% de aprovação, mostra pesquisa
Luciene Cruz, Brasília - O governo da presidenta Dilma Rousseff teve aprovação de 54,2% da população, aponta pesquisa feita pelo Instituto MDA e divulgada nesta terça-feira (11) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O número é inferior aos 56,6% registrados no último levantamento, em agosto de 2012.
Além disso, o levantamento mostra que 73,7% dos entrevistados avaliam como positivo o desempenho pessoal da presidenta. O percentual é inferior aos 75,7% registrados na última pesquisa. No total, 20,4% desaprovam a gestão de Dilma
Apesar da queda na popularidade, a presidenta Dilma "ainda mantém altos índices de aprovação, com reflexo em elevado percentual de intenção de voto, o que a torna, hoje, favorita à reeleição", informa o documento.
Na comparação com o governo do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, 29,4% consideram que a gestão anterior melhor, contra 12% que preferem o atual mandato.
A pesquisa traz dados sobre a expectativa da população em relação ao governo e a temas conjunturais. Nesta edição, foram entrevistadas 2 mil pessoas, em 134 municípios de 20 Estados, entre os dias 1º e 5 de junho.
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