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13/07/2013
“Receita do Rio tem o nome de quem está por trás do sumiço do processo de sonegação da Globo”
13 de julho de 2013 -
Uma fonte diz ao Diário que funcionária condenada agiu a mando de alguém com um cargo superior.
O Diário manteve contato com uma fonte da Receita Federal. Algumas informações adicionais ao Escândalo da Globo foram trazidas à luz.
A fonte disse ao Diário que Cristina Maris Meinick Ribeiro, a servidora pública da Receita Federal que recebeu uma condenação de quatro anos e 11 meses de prisão da 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro por extraviar um processo em que a Globo era instada a pagar 615 milhões de reais em dinheiro de 2006, era “uma laranja”. Ela não pertencia a departamento com acesso a processos, prontuários etc. Era de uma área burocrática da Receita.
“Ela agiu a mando ou pedido de pessoa que ocupa cargo superior e a Receita do Rio tem o nome de quem está por trás”, informa a fonte.
Se tem, por que não publica?
“O nome ainda não veio a público porque a Região Fiscal à qual pertence o Rio de Janeiro – a 7ª – é a mais indolente e medrosa do país”, diz a fonte.
Cristina agiu com velocidade, segundo a fonte: “O processo deu entrada num 29 de dezembro e sumiu dia 2 de janeiro.”
Outros vazamentos virão, inexoravelmente, e o quebra-cabeças acabará sendo montado peça a peça.
O sumiço da documentação se destinava a favorecer a Globo, por razões óbvias, ou a achacá-la? Caso a intenção fosse chantagear a Globo, terá sido um caso inédito, no meio século da TV Globo, em que alguém imagina ser possível passar a perna numa empresa de enorme poder e limitados escrúpulos.
As respostas virão, provavelmente, pela internet.
Na Era Digital manobras que antes ficavam na sombra acabam vazando para a luz do sol, para o bem da sociedade.
A mídia tradicional não está fazendo rigorosamente nada para esclarecer um caso de torrencial interesse público. Podemos imaginar a razão – e editorial ela não é, dados os contornos espetaculares da história.
Em outros dias, isso significaria o silêncio e, em consequência, a impunidade.
Hoje é diferente.
A internet força a transparência onde não há – e o lucro é de todos, excetuados os interessados na escuridão.
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