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12/08/2013
Mais Médicos: 54% aprovam vinda de estrangeiros
Do Brasil 247 - 12 de Agosto de 2013 às 15:38

Pesquisa Datafolha revela aumento na aprovação de
contratação de médicos estrangeiros para trabalhar em regiões remotas do
País; índice passou de 47% no fim de junho para 54% na semana passada;
da mesma forma, caiu a rejeição ao programa anunciado há pouco mais de
um mês, de 48% para 40%; ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que foi
alvo de protestos e chegou a ser chamado de "Judas" pela classe médica,
pode dizer que valeu a persistência; programa vai ganhando a aprovação
dos brasileiros
O índice de aprovação passou de 47%, no final de junho, para 54% no último levantamento, realizado entre quarta e sexta-feira da última semana. Da mesma forma, caiu o índice de rejeição ao programa, que passou de 48% em junho para 40%. O Datafolha entrevistou 2.615 pessoas de 160 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
A maioria (60%) que aprova as iniciativas do programa é da região Nordeste do País, uma mostra de que a população que convive no dia a dia com a falta de médicos aprova a contratação de mais profissionais, mesmo que sejam de outros países. A primeira rodada de contratações do programa atendeu a 6% da demanda municipal. A nova chamada é para médicos estrangeiros: Espanha, Argentina e Portugal são, pela ordem, os mais numerosos na lista de incrições.
Alvo de críticas
O programa foi recebido por uma avalanche de críticas e foi alvo de manifestações da classe médica em diversos estados brasileiros, mas agora vai revelando sua aceitação em meio à população geral – a iniciativa já era aceita pela população mais carente, assim como por prefeitos de municípios que necessitam dessa categoria de profissional. A pesquisa divulgada hoje pela Folha revela que, daqui em diante, a tendência é que a aprovação só cresça.
Bandeira
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, virou boneco de Judas dos médicos que protestaram nas ruas do País e disseram sentir-se traídos pelo governo federal. Num evento no Maranhão, um grupo chegou a virar as costas para o ministro. Mas agora Padilha pode respirar com mais alívio, depois de ter persistido na importância da proposta. O programa pode vir a ser sua bandeira na candidatura ao governo de São Paulo em 2014.
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