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17/09/2013
por Fernando Brito
Depois do “choque e espanto” com o bom crescimento do PIB no segundo trimestre, deixando para trás todas as expectativas, mesmo as não-agourentas, você começou a ouvir: “ah, mas o terceiro trimestre virá ruim, tudo está indicando”, não foi?
Há 15 dias, dissemos aqui que isso não era análise econômica, mas uma simples manifestação de (má) vontade de analistas muito mais comprometidos com a “torcida” política por um desastre do que em avaliar serenamente os dados econômicos.
Agora, essa opinião é dada pelos próprios e mais diretos interessados: os empresários.
Pesquisa da CNI mostra que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) cresceu 1,7 ponto em setembro, atingindo 54,2 pontos.
Diz a CNI: “o aumento do ICEI pelo segundo mês seguido, após o indicador ter ficado próximo da linha divisória entre confiança e falta de confiança, é um sinal importante para a recuperação da indústria”. Esta linha divisória são os 50 pontos, que tocamos no auge das manifestações de rua.
E não foi um setor ou outro que melhorou: o índice cresceu em 23 dos 28 setores da indústria de transformação.
Claro está, e você pode ver claramente no gráfico, que estamos longe de voltar aos melhores tempos de otimismo. Os problemas criados pela economia mundial sao sérios e mais sérias ainda as consequências, sobre a expectativa empresarial, do temporal catastrofista que a mídia faz desabar sobre o país.
Mas a base real para uma expansão econômica é tão sólida que nem isso – e mais a complicada área de turbulência pela qual passou o câmbio nos últimos dias – foi suficiente para submergir os sinais reais que os empresários percebem não nos jornais, mas na sua pasta de faturamento.
Retomada de crescimento, numa economia com as dimensões e complexidades da brasileira, não é um processo rápido. Vai exigir perseverança e firmeza em políticas econômicas que não podem mudar ao sabor das colunas de jornal.
É da natureza do “mercado”, com sua fome de lucros, nunca achar que nada está bom.
Depende da “varinha do medo” para tanger Governo e povo para onde mais lhe convém.
O mercado não produz, não emprega, não é tangível.
Mas lucra, e como lucra!
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17/09/2013
Os fatos dizem “xô, urubu” na economia
Do Tijolaço - 17 de setembro de 2013 | 12:37
por Fernando Brito
Depois do “choque e espanto” com o bom crescimento do PIB no segundo trimestre, deixando para trás todas as expectativas, mesmo as não-agourentas, você começou a ouvir: “ah, mas o terceiro trimestre virá ruim, tudo está indicando”, não foi?
Há 15 dias, dissemos aqui que isso não era análise econômica, mas uma simples manifestação de (má) vontade de analistas muito mais comprometidos com a “torcida” política por um desastre do que em avaliar serenamente os dados econômicos.
Agora, essa opinião é dada pelos próprios e mais diretos interessados: os empresários.
Pesquisa da CNI mostra que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) cresceu 1,7 ponto em setembro, atingindo 54,2 pontos.
Diz a CNI: “o aumento do ICEI pelo segundo mês seguido, após o indicador ter ficado próximo da linha divisória entre confiança e falta de confiança, é um sinal importante para a recuperação da indústria”. Esta linha divisória são os 50 pontos, que tocamos no auge das manifestações de rua.
E não foi um setor ou outro que melhorou: o índice cresceu em 23 dos 28 setores da indústria de transformação.
Claro está, e você pode ver claramente no gráfico, que estamos longe de voltar aos melhores tempos de otimismo. Os problemas criados pela economia mundial sao sérios e mais sérias ainda as consequências, sobre a expectativa empresarial, do temporal catastrofista que a mídia faz desabar sobre o país.
Mas a base real para uma expansão econômica é tão sólida que nem isso – e mais a complicada área de turbulência pela qual passou o câmbio nos últimos dias – foi suficiente para submergir os sinais reais que os empresários percebem não nos jornais, mas na sua pasta de faturamento.
Retomada de crescimento, numa economia com as dimensões e complexidades da brasileira, não é um processo rápido. Vai exigir perseverança e firmeza em políticas econômicas que não podem mudar ao sabor das colunas de jornal.
É da natureza do “mercado”, com sua fome de lucros, nunca achar que nada está bom.
Depende da “varinha do medo” para tanger Governo e povo para onde mais lhe convém.
O mercado não produz, não emprega, não é tangível.
Mas lucra, e como lucra!
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