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29/09/2013
2004-2013: dez anos de inflação dentro da meta
Da Carta Capital - 29/09/2013
A inflação de 2013, provavelmente, será a mais baixa dos últimos três anos
Este caminha para ser o décimo ano consecutivo
de inflação dentro da meta estabelecida pelo regime atual, com a
possibilidade de ser a inflação mais baixa do governo da presidente
Dilma Rousseff. A inflação de 2013, provavelmente, será a mais baixa dos
últimos três anos. A projeção da pesquisa Focus, do Banco Central, é de
5,81% para 2013 – o IPCA fechou 2011 em 6,5% e no ano passado ficou em
5,84%.
No início desse período de dez anos, os preços administrados pressionaram a inflação. Por exemplo, eram os preços da telefonia, da energia elétrica e dos planos de saúde que incomodavam de forma demasiada. Nos últimos anos, é o grupo “alimentação e bebidas” que tem influenciado a inflação – e não só os alimentos comprados nos supermercados, mas também os subgrupos que englobam alimentos in natura e, ainda, a alimentação fora de casa: nos restaurantes e lanchonetes.
De 2007 para cá, a variação do grupo “alimentação e bebidas” tem provocado sérios problemas. Este grupo representa, em média, 25% dos gastos das famílias. Esse percentual é maior para quem recebe menos. De fato, a variação do grupo “alimentação e bebidas” foi alta nos últimos anos: de 2007 a 2013, subiu 74,5%. No mesmo período, a inflação foi de 42,5%. Esse é um problema que precisa ser corrigido, a despeito do sucesso do governo que tem mantido a inflação sob controle.
Nos últimos dez anos, o Brasil conseguiu controlar a inflação e, ao mesmo tempo, reduziu a taxa básica de juros. No início de 2003, a Selic chegou a 26,5%, caiu para 10,75% ao fim do governo Lula e, agora, no governo Dilma, está em 9% - mas já chegou a 7,25% em 2012. Há uma clara tendência de redução da Selic ao longo dos anos.
O governo Federal e o Banco Central aplicaram um conjunto de políticas eficazes para manter a inflação em patamares moderados. Isso sem que os juros subissem demasiadamente. Neste período de dez anos, a trajetória da taxa Selic é de queda, mesmo que apresente movimentos de subidas e descidas. A política monetária anti-inflacionária do Banco Central está sendo bem sucedida: utiliza a taxa de juros, mas não só ela, isso possibilita a manutenção da trajetória cadente dos juros.
O governo Federal e o Banco Central utilizam outros instrumentos de combate à inflação. Entre esses instrumentos, destaca-se a política tributária. Nos últimos anos, houve a redução para zero da Cide (sobre a gasolina e o diesel) e a desoneração total dos produtos da cesta básica. E ainda podem vir outras medidas para reduzir ainda mais os preços, decorrentes da Proposta de Emenda Constitucional n.123 de 2011, a PEC da Música, que reduz impostos sobre os CDs e DVDs. Além disso, houve a redução dos custos de energia elétrica (em média, de 20,2%).
O Brasil deverá celebrar, em 2013, a marca de dez anos de inflação dentro da meta alcançando patamares aceitáveis quando comparados a outros países com trajetória de desenvolvimento semelhante. A inflação brasileira pode ser considerada moderada entre os Brics. De 2004 a 2013, a média da inflação no país foi de 5,5%. Nos Brics, apenas a China teve média menor, de 3,1%. Rússia (9,3%), Índia (8,4%) e África do Sul (5,9%) tiveram médias maiores de inflação nestes dez anos.
Neste ano de 2013, também estão sendo celebrados os dez anos do bem-sucedido programa Bolsa Família. Não seria possível combater a pobreza sem manter a inflação sob controle. Os pobres são os mais prejudicados com a inflação já que não possuem instrumentos financeiros de defesa dos parcos recursos que recebem. Portanto, o controle da inflação, além de ser um objetivo macroeconômico, teve uma dimensão social relevante dentro projeto de crescimento com inclusão dos últimos dez anos.
No início desse período de dez anos, os preços administrados pressionaram a inflação. Por exemplo, eram os preços da telefonia, da energia elétrica e dos planos de saúde que incomodavam de forma demasiada. Nos últimos anos, é o grupo “alimentação e bebidas” que tem influenciado a inflação – e não só os alimentos comprados nos supermercados, mas também os subgrupos que englobam alimentos in natura e, ainda, a alimentação fora de casa: nos restaurantes e lanchonetes.
De 2007 para cá, a variação do grupo “alimentação e bebidas” tem provocado sérios problemas. Este grupo representa, em média, 25% dos gastos das famílias. Esse percentual é maior para quem recebe menos. De fato, a variação do grupo “alimentação e bebidas” foi alta nos últimos anos: de 2007 a 2013, subiu 74,5%. No mesmo período, a inflação foi de 42,5%. Esse é um problema que precisa ser corrigido, a despeito do sucesso do governo que tem mantido a inflação sob controle.
Nos últimos dez anos, o Brasil conseguiu controlar a inflação e, ao mesmo tempo, reduziu a taxa básica de juros. No início de 2003, a Selic chegou a 26,5%, caiu para 10,75% ao fim do governo Lula e, agora, no governo Dilma, está em 9% - mas já chegou a 7,25% em 2012. Há uma clara tendência de redução da Selic ao longo dos anos.
O governo Federal e o Banco Central aplicaram um conjunto de políticas eficazes para manter a inflação em patamares moderados. Isso sem que os juros subissem demasiadamente. Neste período de dez anos, a trajetória da taxa Selic é de queda, mesmo que apresente movimentos de subidas e descidas. A política monetária anti-inflacionária do Banco Central está sendo bem sucedida: utiliza a taxa de juros, mas não só ela, isso possibilita a manutenção da trajetória cadente dos juros.
O governo Federal e o Banco Central utilizam outros instrumentos de combate à inflação. Entre esses instrumentos, destaca-se a política tributária. Nos últimos anos, houve a redução para zero da Cide (sobre a gasolina e o diesel) e a desoneração total dos produtos da cesta básica. E ainda podem vir outras medidas para reduzir ainda mais os preços, decorrentes da Proposta de Emenda Constitucional n.123 de 2011, a PEC da Música, que reduz impostos sobre os CDs e DVDs. Além disso, houve a redução dos custos de energia elétrica (em média, de 20,2%).
O Brasil deverá celebrar, em 2013, a marca de dez anos de inflação dentro da meta alcançando patamares aceitáveis quando comparados a outros países com trajetória de desenvolvimento semelhante. A inflação brasileira pode ser considerada moderada entre os Brics. De 2004 a 2013, a média da inflação no país foi de 5,5%. Nos Brics, apenas a China teve média menor, de 3,1%. Rússia (9,3%), Índia (8,4%) e África do Sul (5,9%) tiveram médias maiores de inflação nestes dez anos.
Neste ano de 2013, também estão sendo celebrados os dez anos do bem-sucedido programa Bolsa Família. Não seria possível combater a pobreza sem manter a inflação sob controle. Os pobres são os mais prejudicados com a inflação já que não possuem instrumentos financeiros de defesa dos parcos recursos que recebem. Portanto, o controle da inflação, além de ser um objetivo macroeconômico, teve uma dimensão social relevante dentro projeto de crescimento com inclusão dos últimos dez anos.
*Lindbergh Farias é senador da República (PT-RJ) e presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal
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