sábado, 28 de setembro de 2013

Contraponto 12.305 - "Conversa Afiada: MP 'aliviou' negócio suspeito entre Globo e banco do 'mensalão' "

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28/09/2013

 

Conversa Afiada: MP “aliviou” negócio suspeito entre Globo e banco do “mensalão”

Do Tijolaço - 27 de setembro de 2013 | 18:41
 globorural
por Fernando Brito
O Conversa Afiada acaba de publicar uma informação gravíssima, apoiado em documentos do inquérito do chamado “mensalão”.

Uma investigação solicitada ao Banco Central revelou que, além dos contratos com Marcos Valério e o Partido dos Trabalhadores, o Banco Rural – que teve seus dirigentes condenados no julgamento  - realizou “práticas fraudulentas” com outros clientes, entre eles a Globo Comunicações e Participações, a “holding” da Rede Globo de Televisão.

Abaixo, o texto e os documentos reproduzidos pelo Conversa Afiada:

BANCO RURAL:  MP LIVROU A CARA DA GLOBO

MP fala grosso com o PT e fino com a Globo

Conversa Afiada decidiu aprofundar-se numa denúncia do incansável Stanley Burburinho (quem será ele ?).

Trata da forma suave, carinhosa até, de o Ministério Público Federal, do Dr Antonio Fernando e, depois, do Dr Gurgel – que o senador Collor, da tribuna do Senado, chama de prevaricador – considerar a participação da Globo – aquela de moleques, segundo o senador Requião, da tribuna do Senado- nas operações do Banco Rural  que incriminaram o PT.

O MP fala grosso com o PT e fino com a Globo – é isso, amigo navegante ?

Agora, aqui entre nós: e esse Bessinha, hein ? Anda impossível … Coitado do Chico Caruso … 

Leia o que Murilo Silva, editor do Conversa Afiada, apurou: 

Ao consultar o famoso inquérito 2245 – o inquérito que deu origem ao Mensalão – o incansável amigo navegante Stanley Burburinho encontrou menção à Globo Comunicações e Participação.
O inquérito 2245 teve origem na Justiça de Minas,  e foi registrado no STF  no dia 26 de julho de 2005, porque alguns dos investigados tem foro privilegiado.

Desse inquérito surgiu a denúncia que o Ministério Público Federal apresentou, um ano depois.
O trecho para o qual  Stanley Burburinho chama a atenção é o que trata da “Gestão Fraudulenta de Instituições Financeiras”.

Basicamente, trata dos empréstimos supostamente fictícios que o Banco Rural fez ao PT e à SMP&B, agência de Marcos Valério.

A Justiça questionou o Banco Central sobre esses empréstimos e, em fevereiro de 2005, o Banco Central instalou uma “Verificação Especial” na área de crédito do Banco Rural (PT 0501301503).
O BC teria constatado uma série de indícios de gestão fraudulenta  nesses empréstimos. Eles seriam incompatíveis com as normas de risco correntes no mercado.

No caso do PT e de Marcos Valério esses empréstimos chegavam a 296 milhões, 10% da carteira do banco.

O banco dissimulou os riscos sobre os empréstimos, segundo o BC.

O que se lê na página 90 é que, nesse relatório do Banco Central, o (PT 0501301503), além dos empréstimos firmados com o PT e Marcos Valério, aparecem outros contratos suspeitos, com outros clientes.

Entre as pessoas físicas e jurídicas, o relatório cita:

- Moinho de Trigo Santo André S/A;
- Banktrade Agrícola Imp. Exp.;
- Tupy Fundições Ltda.;
- Globo Comunicações e Participações;
- ARG Ltda;
- Securinvest Holdings S/A;
- Ademir Martines de Almeida;
- Agroindustrial Espírito Santo do Turvo;
- Agrícola Rio Turvo;
- Cia. Açucareira Usina João de Deus;
- Usina Carola S/A;
- Viação Cidade de Manaus Ltda.;
- Amadeo Rossi S/A;
- João Fonseca de Goes Filho;
- Enerquímica Empreend. Participações;
- Noroeste Agroindustrial S/A.
O inquérito 2245 sugere que fosse aberta investigação especifica para investigar os indícios de gestão fraudulenta levantados pelo relatório do Banco Central.
Até onde se sabe, a investigação não foi aberta.

Veja os documentos:






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