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16/05/2015
A imbecilidade agressiva do homem que atacou Padilha. Por Paulo Nogueira
Nelson Rodrigues escreveu, algumas décadas atrás: “Os idiotas perderam a modéstia.”
É uma frase que conserva a atualidade cortante, e que se aplica perfeitamente ao palhaço – usemos a palavra correta – que interrompeu o almoço de Padilha em São Paulo.
O nome é Danilo Amaral. Advogado e executivo.
Que você seja antipetista radical, tudo bem. Que bata panelas e se enrole em bandeiras e vá a manifestações na Paulista, tudo bem.
Mas chamar a atenção para si num restaurante para fazer um discurso que ninguém pediu, bem, aí você é um mentecapto.
E a pior espécie de mentacapto: o arrogante. Presunçoso. O mentecapto exibicionista. Exatamente aquele que, como disse Nelson Rodrigues, perdeu a modéstia.
Um imbecil que pede a palavra num ambiente público só pode falar bobagens, e com Amaral não foi diferente.
Ele conseguiu criticar Padilha pelo maior acerto de Dilma no primeiro mandato, o programa Mais Médicos, que levou assistência a milhões de brasileiros sem as mesmas condições financeiras de Amaral.
Não foi sua única manifestação de pobreza mental. Ele chutou um número sem pé nem cabeça: 1 bilhão. Este teria sido o custo do Mais Médicos.
Como disse uma internauta, Amaral lembrou aí Levy Fidelix, com suas quantias estratosféricas, declamadas umas após as outras, inteiramente sem sentido.
Comédia à parte, pessoas como Danilo Amaral são um perigo. O ódio as governa. Hoje fazem uma palhaçada, mas que poderão fazer amanhã, sem controlar a raiva irracional que as domina?
Todos lembramos aquele norueguês sinistro que, tomado progressivamente por um tipo de ódio sem freios pelos muçulmanos, acabou matando dezenas de jovens.
Vamos esperar uma tragédia para enfrentar o desafio da raiva insana que é a marca hoje de um grupo que perdeu as eleições e, estimulado pela mídia e por políticos como Aécio, não conseguiu aceitar a derrota?
Amaral, particularmente, é uma triste figura na vida profissional – e é possível que seu fracasso pessoal pese em seu comportamento.
Muitas vezes procuramos culpados fora de nós para nossos fiascos.
Amaral enterrou, como vice-presidente, uma companhia área, a Bra, que chegou a ter 4,5% do mercado nacional.
Depois, anunciou à mídia que iria ressuscitá-la, agora como presidente. Nada. A agência que regula a aviação brasileira cataloga a Bra como, simplesmente, “inoperante”.
Ninguém sabe direito o que Amaral faz hoje depois da Bra além de bravatas ridículas como a que promoveu no restaurante.
Fora tudo, ele acabou acertando a si mesmo. O vídeo vazou, e sua identidade se tornou conhecida da pior maneira possível.
Quem, fora os igualmente enraivecidos e obtusos, respeita um sujeito que faz o que ele fez?
Nas redes sociais, pessoas que se condoeram da agressão a Padilha começaram a espalhar a ficha de Danilo Amaral.
Até seu telefone foi compartilhado.
Isso significa que acabou seu sossego, e o de sua família.
Como os idiotas de que falava Nelson Rodrigues, ele perdeu a modéstia. E, com ela, a paz.
Quis ser espirituoso e humilhar outra pessoa. Foi apenas um imbecil que se autodesmoralizou com um gesto tão repulsivo.
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É uma frase que conserva a atualidade cortante, e que se aplica perfeitamente ao palhaço – usemos a palavra correta – que interrompeu o almoço de Padilha em São Paulo.
O nome é Danilo Amaral. Advogado e executivo.
Que você seja antipetista radical, tudo bem. Que bata panelas e se enrole em bandeiras e vá a manifestações na Paulista, tudo bem.
Mas chamar a atenção para si num restaurante para fazer um discurso que ninguém pediu, bem, aí você é um mentecapto.
E a pior espécie de mentacapto: o arrogante. Presunçoso. O mentecapto exibicionista. Exatamente aquele que, como disse Nelson Rodrigues, perdeu a modéstia.
Um imbecil que pede a palavra num ambiente público só pode falar bobagens, e com Amaral não foi diferente.
Ele conseguiu criticar Padilha pelo maior acerto de Dilma no primeiro mandato, o programa Mais Médicos, que levou assistência a milhões de brasileiros sem as mesmas condições financeiras de Amaral.
Não foi sua única manifestação de pobreza mental. Ele chutou um número sem pé nem cabeça: 1 bilhão. Este teria sido o custo do Mais Médicos.
Como disse uma internauta, Amaral lembrou aí Levy Fidelix, com suas quantias estratosféricas, declamadas umas após as outras, inteiramente sem sentido.
Comédia à parte, pessoas como Danilo Amaral são um perigo. O ódio as governa. Hoje fazem uma palhaçada, mas que poderão fazer amanhã, sem controlar a raiva irracional que as domina?
Todos lembramos aquele norueguês sinistro que, tomado progressivamente por um tipo de ódio sem freios pelos muçulmanos, acabou matando dezenas de jovens.
Vamos esperar uma tragédia para enfrentar o desafio da raiva insana que é a marca hoje de um grupo que perdeu as eleições e, estimulado pela mídia e por políticos como Aécio, não conseguiu aceitar a derrota?
Amaral, particularmente, é uma triste figura na vida profissional – e é possível que seu fracasso pessoal pese em seu comportamento.
Muitas vezes procuramos culpados fora de nós para nossos fiascos.
Amaral enterrou, como vice-presidente, uma companhia área, a Bra, que chegou a ter 4,5% do mercado nacional.
Depois, anunciou à mídia que iria ressuscitá-la, agora como presidente. Nada. A agência que regula a aviação brasileira cataloga a Bra como, simplesmente, “inoperante”.
Ninguém sabe direito o que Amaral faz hoje depois da Bra além de bravatas ridículas como a que promoveu no restaurante.
Fora tudo, ele acabou acertando a si mesmo. O vídeo vazou, e sua identidade se tornou conhecida da pior maneira possível.
Quem, fora os igualmente enraivecidos e obtusos, respeita um sujeito que faz o que ele fez?
Nas redes sociais, pessoas que se condoeram da agressão a Padilha começaram a espalhar a ficha de Danilo Amaral.
Até seu telefone foi compartilhado.
Isso significa que acabou seu sossego, e o de sua família.
Como os idiotas de que falava Nelson Rodrigues, ele perdeu a modéstia. E, com ela, a paz.
Quis ser espirituoso e humilhar outra pessoa. Foi apenas um imbecil que se autodesmoralizou com um gesto tão repulsivo.
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