Depois de derrubar distritão, Câmara rejeita validar financiamento empresarial
Proposta ia contra uma das principais bandeiras do Partido dos
Trabalhadores, que pede o fim do financiamento empresarial de campanhas
A Câmara dos Deputados rejeitou, na
noite de terça-feira (26), emenda que constitucionalizava a doação de
empresas a partidos políticos e campanhas eleitorais. O texto teve 207
contrários, 264 favoráveis e 4 abstenções. No entanto, por se tratar de
uma proposta para alterar a Constituição Federal, eram necessários 307
votos a favor.
A proposta ia contra uma das principais
bandeiras do Partido dos Trabalhadores, que pede o fim do financiamento
empresarial de campanhas. A legenda decidiu, no dia 17 de abril, deixar
de receber doações privadas. Com isso, o financiamento ao partido será
feito, exclusivamente, por meio de doações de pessoas físicas.
“A nossa posição sobre financiamento das
campanhas é pelo fim da participação das empresas. Entendemos que isso
dá maior dificuldade de arrecadação para pessoas de classes mais
desassistidas”, afirmou o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (PT-AC).
Antes disso, os deputados também negavam
a proposta que pretendia estabelecer o sistema chamado ‘distritão’ para
eleição de deputados federais, estaduais e vereadores.
Com 210 votos a favor e 267 contra, os
parlamentares derrubaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
182/2007, que acabava com o sistema proporcional de votação, incluído no
projeto de reforma política da Câmara.
#DevolveGilmar - O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes retém, há mais
de um ano, processo que pode proibir a doação de empresas privadas a
candidatos durante a disputa eleitoral, caso tenha julgamento concluído.
Iniciado em 2013, e retomado no dia 2 de
abril de 2014, o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADI 4650) foi interrompido por um pedido de vista de Mendes, quando
computava um voto contra e seis a favor da proibição de doações
empresariais.
Até o momento, não há previsão de devolução do processo para a pauta, segundo a assessoria do ministro.
A ação, proposta pelo Conselho Federal
da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pede mudanças nas Leis
9.096/1995 e 9.504/1997, que disciplinam o financiamento de partidos
políticos e campanhas eleitorais.
Da Redação da Agência PT de Notícias
.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista