Na realidade, a organização
representa os interesses do 1% mais rico da sociedade brasileira. Tanto é
assim que o Vemprarua começa a ser mobilizar em torno de duas bandeiras
extremamente elitistas: o combate à taxação de grandes fortunas e ao
imposto maior sobre heranças.
Liderado pelo empresário Rogério
Chequer, o Vemprarua se diz apartidário, mas tem claras conexões com o
PSDB. Chequer já gravou vídeos com o ex-presidente FHC, pediu votos para
Aécio Neves e subiu em carros de som de José Serra.
Como a cruzada pelo impeachment foi
abandonada pelo próprio PSDB, ele agora passa a defender abertamente os
interesses dos ultraricos brasileiros. O que indica que a classe média
remediada que saiu às ruas em março e abril pode ter sido iludida pelas
lideranças do movimento.
Reportagem dos jornalistas Pedro Venceslau e Valmar Hupsel Filho, do Estadão (
leia aqui),
informa que a Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos se reúne
nesta quinta-feira 28 com políticos de oposição para exigir, entre
outras coisas, a rejeição à taxação de grandes fortunas e impostos sobre
heranças, pautas que não constavam entre as reivindicações dos grupos.
Segundo a matéria, atualmente
tramitam 12 projetos na Câmara neste sentido, com o objetivo de ajudar
no esforço do governo de equilibrar as contas. "O principal grupo da 'Aliança' é o Vem Pra Rua, que é fundado por grandes empresários e executivos do mercado financeiro. No
material de divulgação do encontro, o Vem Pra Rua informa que a pauta
da reunião é a revisão dos pleitos da Carta do Povo Brasileiro,
documento entregue pelo grupo aos parlamentares de oposição em abril. A
versão antiga do texto não constava a rejeição à taxação das grandes
fortunas e imposto sobre herança", diz ainda a reportagem.
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