07/05/2016
'Panamá Papers' derrubam farsa dos Marinho. Paula pagou taxas de empresa do triplex de Parati
Por Fernando Brito
O Viomundo, de Luis Carlos Azenha, traz a cobertura completa.
O fato objetivo é que parte dos “Panamá Papers” que tornados públicos e revelando os envolvimentos de donos, herdeiros e executivos da moralista mídia brasileira, comprova que foi com dinheiro9da conta e com nota tirada em seu endereço residencial de Paula Marinho, neta de Roberto Marinho e sócia de seu pai, João Roberto Marinho, que foram pagas as taxas de “regularização” da offshore Vaincre LLC, montada pela operadora de lavagem de dinheiro Mossack-Fonseca.
A Vaincre é a dona da Agropecuária Veine Patrimonial, dona formal da irregular mansão em Parati, sobre a qual ninguém assume a propriedade.
Paula Marinho foi casada até o ano passado com Alexandre Chiappetta de Azevedo.
Quando o Tijolaço e outros blogs mostraram que a propriedade era da família Marinho, a Globo contestou e ameaçou-nos “sob pena de adoção das medidas legais cabíveis”, com uma “notificação” de João Roberto Marinho, um de seus donos e pai de Paula Marinho.
Deu com os burros n’água. Três dias depois, mostramos aqui que uma empresa do próprio João Roberto e de Paula Marinho dividia o endereço de uma apartamento na Rua Bulhões de Carvalho, 196, em Copacabana, com a sede da Agropecuária Veine – Mansão de Parati.
Em outra nota, João Roberto procurou dizer que era “apenas” um endereço emprestado por Alexandre Chiappetta, já ex-marido de Paula.
Hoje, porém, os “Panamá Papers”mostram a troca de e-mails onde se comprova que é Paula Marinho de Azevedo quem paga – e com recibo emitido contra seu próprio endereço residencial, no Arpoador – os registros da empresa-fantasma que serviria para montar-se outra fantasma que tem a mansão como patrimônio.
Também foi “emprestado”o endereço? Foi “emprestado” o nome de Paula Marinho?
A história está apurada. Temos todos os documentos. Falo por mim e, tenho certeza, pelo Azenha, que fez – com a competente e combativa Conceição Lemes – um magnífico trabalho de apuração, ao lado de outros companheiros: tudo está à disposição da “grande imprensa”, da Receita Federal, da Justiça Federal, que procura o dono da casa, do Ministério Público.
Sempre esteve, mas quando o assunto é a família Marinho, a covardia é geral.
A explosão dos badalados “Panamá Papers” seria um escândalo em qualquer parte do mundo. Aqui, vai ficar no “nós publicamos, sim”. Uma vez, sem destaque e sem apuração posterior.
Não deixe de ir ao Viomundo ver os detalhes de como a Globo foi pega pelo rabo nessa história.
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