domingo, 8 de maio de 2016

Nº 19.313 - "Dilma: vou ganhar no mérito e retomar o governo"



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08/05/2016

 

Dilma: vou ganhar no mérito e retomar o governo

 


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Miguel do Rosário


Comentário: Se voltar, Dilma, tem que reformular a comunicação do governo... Não falo de propaganda, falo de comunicação, de embate político, disputa de narrativas, diálogo constante com a sociedade. Falo de formar ministério com intelectuais preparados para a batalha de informação. Falo de uma diplomacia ousada, de troca de acordos com forças progressistas do mundo inteiro.

Voltar por voltar, para não enfrentar, para ficarmos nesse pesadelo midiático constante, com o país sob sabotagem da Globo e dos bandidos no parlamento e do judiciário, não adianta nada.

Tem que enfrentar a criminalização da política e não reforçá-la, tentando se salvar abraçando o senso comum fascista, como tantas vezes o governo tentou fazer.


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No Blog do Planalto.

Quinta-feira, 5 de maio de 2016 às 12:03

À BBC, presidenta diz que se for afastada irá resistir e ganhar no mérito para retomar governo
Em entrevista à emissora britânica BBC News, publicada nesta quinta-feira (5), a presidenta Dilma Rousseff disse que se for afastada do cargo em decorrência do processo de impeachment irá resistir e batalhar para vencer na comprovação de que não cometeu crime de responsabilidade.
Dilma: “O que nós defendemos, o meu governo e todos os meus apoiadores, é que o processo de impeachment é ilegítimo e ilegal porque é baseado em uma farsa”. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
“Nós iremos continuar lutando para voltar ao governo. O que nós iremos fazer é resistir, resistir e resistir, e lutar para ganhar no mérito e retornar ao governo”, afirmou, voltando a apontar ilegalidade no processo.
“O que nós defendemos, o meu governo e todos os meus apoiadores, é que o processo de impeachment é ilegítimo e ilegal porque é baseado em uma farsa”, disse a presidente.

Na entrevista concedida à BBC, no Palácio do Planalto, Dilma Rousseff foi questionada sobre se não possuía conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras. Na resposta, ela defendeu que as denúncias sejam investigadas.

“Não concordo que o Brasil seja diferente dos outros países no que se refere à existência de corrupção. É intríseco aos processos de corrupção se esconder por baixo de estruturas e de práticas aparentemente corretas. Elas tem que ser investigadas”, defendeu, voltando a afirmar que não teme as investigações.
“Eu aceito qualquer forma de investigação porque tenho certeza que sou inocente. Então, não será por conta de investigação [que não voltarei à Presidência]. Não há o menor problema. A mim, podem investigar”, afirmou.

A BBC também perguntou à presidenta se não é necessário lembrar aos que defendem o retorno da ditadura que esse não é um regime político ideal. Em resposta, ela lembrou sua prisão na década de 1970 pelo regime militar.

“Eu pessoalmente fiquei presa três anos e tinha uma espécie de ritual: você era preso, e neste período você era desconectado do mundo, você era torturado e enquanto achassem que era importante saber informações, eles mantinham a sua tortura. Muitas pessoas morreram. Não precisa viver aquele terror e aquela tragédia para aprender que a democracia é o lado certo da história”.
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