quarta-feira, 11 de maio de 2016

Nº 19.336 - "Lavenère: O cérebro e o cofre do golpe estão fora do País "

Segundo ele, o impeachment não é contra um presidente, mas sim contra a redução das desigualdades sociais, contra o aumento da renda a valorização do salário mínimo e todas as conquistas dos últimos treze anos – mas também contra a independência da política externa brasileira. Em sua apresentação na comissão especial que avalia o impeachment gestado por Eduardo Cunha na Câmara dos Deputados, Lavenère apontou as disparidades entre o que ocorreu com Collor, onde havia crime, e o que está acontecendo com Dilma, onde se tenta criar um crime para afastá-la.

"Ficou comprovado que o ex-presidente praticava improbidade, que recebia dinheiro em suas contas. Foi um presidente que ofendeu o decoro. Hoje, o impeachment não atinge a presidente Dilma. O que está se tentando é acabar, aniquilar um projeto de futuro, o projeto de inclusão, um projeto que tornou nosso País mais soberano", afirmou.

Marcello Lavenère disse que cresce a cada dia, dentro e fora do Brasil, o entendimento de que a construção do golpe, arquitetada pela oposição, com PSDB e DEM à frente, comandados por Eduardo Cunha, e pelo vice-presidente, Michel Temer, não conseguirá enganar o povo por muito tempo. Mesmo tendo apoio da mídia, ninguém consegue mostrar que Dilma cometeu crime de responsabilidade, pois o enredo de narrativa criado a partir da denúncia com base em mudanças de entendimento do TCU sobre decreto de crédito suplementar e do plano safra é insustentável.

"Não acredito que senadores e senadoras, consciente e sinceramente, digam que pedalada fiscal, plano safra e decreto de abertura de crédito constituam crimes do tipo que toda a doutrina internacional, americana, brasileira, estrangeira considera como os únicos crimes que podem causar um processo de impeachment", afirmou.

Leia na íntegra aqui.

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