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13/05/2016
Em ato na Paulista, movimentos sociais dizem não reconhecer governo Temer
Segundo Frente Povo Sem Medo, ação não é em defesa da presidenta afastada pelo golpe, mas da democracia e dos direitos sociais
Por
volta das 19h, coordenadores contabilizam cerca de 30 mil pessoas
repudiando o governo de Michel Temer, que assumiu a Presidência após
golpe consumado pela manhã, no Senado
Brasília – Em manifestação no vão-livre do Museu de
Arte de São Paulo (Masp) desde o fim da tarde de hoje (12), movimentos
sociais da Frente Povo Sem Medo disseram não reconhecer como legítimo o
governo do presidente interino Michel Temer e prometeram intensificar a
mobilização nas ruas do país.
O coordenador do movimento, Guilherme Boulos, disse que a ação não é em defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff, mas da democracia e dos direitos sociais.
"Não estivemos na rua defendendo a Dilma, estivemos nas ruas defendendo a democracia contra o golpe e defendendo direitos sociais. Permanecemos mais do que nunca agora nas ruas, porque o que hoje se estabeleceu no país é algo muito grave. A partir do dia de hoje, temos um presidente ilegítimo na cadeira da Presidência da República", disse. "Não reconhecemos a legitimidade de um governo que não seja um governo eleito", completou.
Os manifestantes pretendem percorrer em passeata a Avenida Paulista até a sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e, depois seguir até o escritório na Presidência da República em São Paulo, também na Paulista.
"Aqueles que acham que o ato do Senado, consumado na manhã de hoje, vai pacificar o país – eu não sei se alguém ainda acredita nessa fábula – se alguém acredita nisso, vai ter a resposta nas ruas. Isso, seguramente, vai intensificar as mobilizações pelo país", destacou Boulos.
Equipe ministerial
O coordenador da frente, que reúne mais de 30 movimentos nacionais, criticou a política social e econômica do governo Temer. Segundo Boulos, o ministério do presidente interino é formado por "corruptos notáveis" e deverá servir à retirada de direitos sociais. "Disseram que iria ser um ministério de notáveis, o que nós estamos vendo é que é um ministério de corruptos notáveis", disse.
"É um retrocesso democrático, uma ferida na democracia brasileira quando se dá um golpe como esse, um golpe institucional. Ainda há iminência de retrocessos maiores quando se tenta aplicar um programa desastroso, de terra arrasada, de regressão social que ataca direitos sociais, que busca atacar programas sociais. Não vamos admitir isso", acrescentou.
Fiesp
Por volta das 19 horas, os manifestantes, que chegavam a 30 mil, segundo os organizadores, concentraram-se perto da sede da Fiesp. Um cordão de policiais impediu, no entanto, que o grupo alcançasse a frente do prédio. Membros dos movimentos sociais gritaram palavras de ordem, como "Fora Temer" e "A verdade é dura, a Fiesp apoiou a ditadura, e ainda apoia". Um pato de papel foi queimado, em referência ao símbolo utilizado pela federação em campanha contra impostos.
Mais cedo, em discurso feito no microfone do carro de som, o coordenador da Frente Sem Medo, Guilherme Boulos, fez duras críticas à federação. Boulos ressaltou que a Fiesp apoiou o "golpe" e articula-se para que o povo mais pobre agora fique com o prejuízo da crise, "pague o pato". "Hoje estamos tranquilos. Mas vai chegar o dia em que vamos tomar aquele prédio e tirar o Skaf [Paulo Skaf, presidente da federação] pelo colarinho", disse.
Boulos ainda voltou a fazer críticas a retirada de direitos sociais, e destacou que se isso ocorrer, o movimento social irá reagir. "Se mexerem nos recursos dos programas sociais, esse país vai pegar fogo. Essa é a receita para virar o país", disse.
Às 19h40, os manifestantes ocupavam todas as oito faixas de cerca de dois quarteirões da Avenida Paulista e seguiam em passeata até ao escritório da Presidência da República.
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O coordenador do movimento, Guilherme Boulos, disse que a ação não é em defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff, mas da democracia e dos direitos sociais.
"Não estivemos na rua defendendo a Dilma, estivemos nas ruas defendendo a democracia contra o golpe e defendendo direitos sociais. Permanecemos mais do que nunca agora nas ruas, porque o que hoje se estabeleceu no país é algo muito grave. A partir do dia de hoje, temos um presidente ilegítimo na cadeira da Presidência da República", disse. "Não reconhecemos a legitimidade de um governo que não seja um governo eleito", completou.
Os manifestantes pretendem percorrer em passeata a Avenida Paulista até a sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e, depois seguir até o escritório na Presidência da República em São Paulo, também na Paulista.
"Aqueles que acham que o ato do Senado, consumado na manhã de hoje, vai pacificar o país – eu não sei se alguém ainda acredita nessa fábula – se alguém acredita nisso, vai ter a resposta nas ruas. Isso, seguramente, vai intensificar as mobilizações pelo país", destacou Boulos.
Equipe ministerial
O coordenador da frente, que reúne mais de 30 movimentos nacionais, criticou a política social e econômica do governo Temer. Segundo Boulos, o ministério do presidente interino é formado por "corruptos notáveis" e deverá servir à retirada de direitos sociais. "Disseram que iria ser um ministério de notáveis, o que nós estamos vendo é que é um ministério de corruptos notáveis", disse.
"É um retrocesso democrático, uma ferida na democracia brasileira quando se dá um golpe como esse, um golpe institucional. Ainda há iminência de retrocessos maiores quando se tenta aplicar um programa desastroso, de terra arrasada, de regressão social que ataca direitos sociais, que busca atacar programas sociais. Não vamos admitir isso", acrescentou.
Fiesp
Por volta das 19 horas, os manifestantes, que chegavam a 30 mil, segundo os organizadores, concentraram-se perto da sede da Fiesp. Um cordão de policiais impediu, no entanto, que o grupo alcançasse a frente do prédio. Membros dos movimentos sociais gritaram palavras de ordem, como "Fora Temer" e "A verdade é dura, a Fiesp apoiou a ditadura, e ainda apoia". Um pato de papel foi queimado, em referência ao símbolo utilizado pela federação em campanha contra impostos.
Mais cedo, em discurso feito no microfone do carro de som, o coordenador da Frente Sem Medo, Guilherme Boulos, fez duras críticas à federação. Boulos ressaltou que a Fiesp apoiou o "golpe" e articula-se para que o povo mais pobre agora fique com o prejuízo da crise, "pague o pato". "Hoje estamos tranquilos. Mas vai chegar o dia em que vamos tomar aquele prédio e tirar o Skaf [Paulo Skaf, presidente da federação] pelo colarinho", disse.
Boulos ainda voltou a fazer críticas a retirada de direitos sociais, e destacou que se isso ocorrer, o movimento social irá reagir. "Se mexerem nos recursos dos programas sociais, esse país vai pegar fogo. Essa é a receita para virar o país", disse.
Às 19h40, os manifestantes ocupavam todas as oito faixas de cerca de dois quarteirões da Avenida Paulista e seguiam em passeata até ao escritório da Presidência da República.
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