Sei que o leitor deste blogue é inteligente e sabe fazer contas, mas só para efeito de comparação com esses 35 milhões dá para comprar uns 50 apartamentos ditos triplex localizados na praia da Enseada, no Guarujá, e que supostamente seriam do Lula.
Mas se o leitor preferisse investir em umas terrinhas em Atibaia com
dois pedalinhos, daria pra mandar embrulhar umas 20 com o tamanho
daquela que também dizem ser do ex-presidente.
Ou seja, não é pouca grana.
E no depoimento, Odebrechet diz ter provas de mandou depositar a bufunfa no exterior. E ainda acrescenta que também teria dado 10 milhões de reais para o interino Michel Temer.
A mídia tapuia faz de conta que não leu, não viu e ouviu.
Até porque quem noticiou o fez pra não deixar a matéria cair no colo de um blogueiro sujo qualquer. Antes eles darem primeiro. E esconderem depois.
É assim que funciona.
Mas essa matéria dos 23 milhões da Odebrechet para Serra em 2010 leva a uma questão ainda menos explorada. Deveria levar os jornalistas a irem atrás de um senhor chamado no tucanato de Paulo Preto.
Ele sempre foi conhecido por operar heterodoxamente recursos na Dersa.
E foi preso na loja da Gucci por tentar vender uma jóia que teria sido roubada na própria loja.
Tudo muito estranho.
Mas não foi estranha a reação do José Serra quando Dilma num debate naquela eleição de 2010 lhe tascou na testa o nome de Preto.
Serra suou frio, fez cara de nada e fugiu da história.
De uma história que renasce agora e que pode voltar ao ponto inicial.
Mas há um outro nome que pode tratar do assunto, Celso Russomano. Ele mesmo, o candidato favorito à prefeitura de São Paulo;
A revista IstoÉ, em 2010, fez uma matéria onde o atual candidato a prefeito pelo PRB narrava o que tinha assistido na delegacia em que Paulo Preto foi preso.
Leiam abaixo e depois digam se isso não merecia muitas outras matérias.
“O engenheiro foi preso em flagrante no dia 12 de junho, na loja de artigos de luxo Gucci, dentro do Shopping Iguatemi, no momento em que negociava ilegalmente um bracelete de brilhantes avaliado em R$ 20 mil. Detido pela polícia, Paulo Preto foi encaminhado ao 15° DP, localizado no Itaim Bibi, bairro nobre de São Paulo.
Por coincidência, estava na delegacia naquele momento, registrando uma ocorrência, o deputado Celso Russomano (PP-SP). Ali ele presenciou uma cena pouco usual. A delegada titular do distrito, Nilze Baptista Scapulattielo, conforme Russomano contou a ISTOÉ, foi pressionada por autoridades da Polícia Civil e do governo de São Paulo para livrar o engenheiro da prisão.
“Ela recebeu ligação do Aloysio (Nunes Ferreira, ex-chefe da Casa Civil), do delegado-geral, do delegado do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), isso tudo na minha frente, para aliviar o Paulo Preto. A pressão era para não prendê-lo em flagrante delito”, disse Russomano.
Ou seja, dois meses depois de ter sido demitido da Dersa, o ex-diretor ainda era tratado com privilégios por membros da cúpula do governo paulista. Para defendê-lo, foram capazes até de agir ao arrepio da lei, que deveria valer de maneira igualitária para todos. Mas as pressões não foram suficientes para tirar do prumo a delegada, que cumpriu suas obrigações profissionais.
Nilze Baptista é conhecida no meio policial pela competência e pulso forte. Além de prender Paulo Preto, enquadrou o engenheiro como receptador de joia roubada. No boletim de ocorrência, Nilze Baptista disse que, durante a detenção, foram encontrados R$ 2.742 na calça e R$ 8.500 no bolso da jaqueta bege de Paulo Vieira de Souza. Escapou-lhe, porém, um pequeno detalhe que joga um ingrediente ainda mais peculiar no episódio. “Quando Paulo Preto foi flagrado pela polícia, também havia dinheiro nas meias”, revela Russomano.
Durante a ação policial, os agentes ainda apreenderam com Paulo Preto um veículo esportivo de luxo BMW Z4 2009/2010, avaliado em R$ 250 mil. Horas depois, o veículo foi liberado. Já o engenheiro passou dois dias no xadrez.”
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