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04/10/2016
Dr. Teori, do que adianta falar e não fazer? É para aplacar sua “consciência jurídica”?
Por Fernando Brito
O ministro Teori Zavascki criticou duramente o espetáculo deprimente dos PPP – Procuradores Powerpoint do Paraná – com seus gráficos mirabolantes destinados a – sem provas, mas convicção – que o ex-presidente Lula seria o “comandante” do esquema de corrupção para o qual inventaram um nome marqueteiro: “propinocracia”.
Lá em Curitiba, se deu notícias sobre
organização criminosa, colocando o presidente Lula como líder da
organização criminosa, dando a impressão, sim, de que se estaria
investigando essa organização criminosa, mas o objeto da denúncia não
foi nada disso. Esse espetacularização do episódio não é compatível nem
como objeto da denúncia nem com a seriedade que se exige na operação
desses fatos”, afirmou Teori, segundo a Folha
The show must go on…
Será que o Dr. Teori acha que quem se presta a um “espetáculo” -como ele mesmo chamou – tem equilíbrio para não transformar persecução penal em perseguição política?
Não é a primeira vez, não é, Dr. Teori?
Porque no caso das gravações ilegais da conversa entre Lula e Dilma o senhor decidiu que aquilo era absurdo, que jamais poderia ser feito e, feito, não poderia ser divulgado. Só que o Dr. Moro fez, divulgou para a mídia inteira – o Jornal Nacional fez a “festa” – e o que aconteceu?
Nada! Por 13 votos a um seus pares disseram que não tem problemas violar a lei “em casos excepcionais” e tudo o que se queria com aquilo aconteceu e prevaleceu.
Isso sem lembrar que o senhor reteve até que Eduardo Cunha comandasse o show do impeachment o pedido de afastamento dele, feito cinco meses antes e só aí exibiu sua dureza jurídica…
Com todo o respeito à figura austera do Ministro, as suas decisões e seus julgamentos não têm efeito algum, na prática, contra os abusadores da lei!
Diria, para ser sofisticado: têm mero valor declaratório.
Os vazadores, os espetaculosos, os que extrapolam o limite de suas atribuições judiciais fazem o que querem , embora Sua Excelência passe-lhes “um pito”.
E, já dizia o latinista Michel Temer: verba volant.… As palavras se esvaem.
Assim, Curitiba vai explorando os limites do hímen complacente das instâncias superiores, certa de que não haverá mais que um “ai,ai, ai” contra seus abusos.
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