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16/12/2016
Silas Malafaia vai para o inferno?
Blog do Miro - sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
Por Altamiro Borges
O "pastor" Silas Malafaia, famoso por explorar a religiosidade popular e
por suas pregações de ódio, pode estar a caminho do inferno - ou, ao
menos, da cadeia! Segundo o site G1, da Globo, "o líder da Assembleia de
Deus Vitória em Cristo foi alvo de condução coercitiva para prestar
esclarecimentos sobre a suspeita de lavagem de dinheiro" na manhã desta
sexta-feira (16). Ele é acusado de integrar uma milionário esquema de
corrupção na cobrança de royalties na mineração.
A operação da Polícia Federal foi batizada com um nome bem sugestivo:
Timóteo. É uma referência a uma passagem da Bíblia: "Os que querem ficar
ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos
descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e
na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas
pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram
a si mesmas com muitos sofrimentos".
A ação contra a máfia do minério resultou em prisões e buscas em 11 estados. No Pará, ela atingiu outro nome famoso: o do filho do governador tucano Simão Jatene. Ainda de acordo com a PF, "a suposta organização criminosa agia junto a prefeituras para obter parte dos 65% da chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) repassada aos municípios. Em 2015, o CFEM acumulou quase R$ 1,6 bilhão... Segundo investigações da Operação Timóteo, um diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) oferecia informações privilegiadas sobre dívidas de royalties a dois escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria", relata o G1.
O site ainda dá detalhes de como funcionava o esquema:
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As investigações da Operação Timóteo apontam que a suposta
organização criminosa era dividida em, pelo menos, quatro grandes
núcleos:
- o núcleo captador, formado por um diretor do DNPM e pela mulher dele, que, segundo a PF, prospectavam prefeitos interessados em ingressar no esquema;
- o núcleo operacional, composto por escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria registrada no nome da esposa do diretor do DNPM que comandava o esquema de corrupção. Esse núcleo, afirma a PF, repassava valores indevidos a agentes públicos;
- o núcleo político, formado por políticos e servidores públicos responsáveis pela contratação dos escritórios de advocacia integrantes do esquema;
- o núcleo colaborador, que, conforme os policiais, era responsável por auxiliar na ocultação e dissimulação do dinheiro desviado. Entre os integrantes desse núcleo está uma liderança religiosa que recebeu dinheiro do principal escritório de advocacia responsável pelo esquema. A PF apura se esse religioso emprestou contas bancárias da instituição que ele comanda para ocultar a origem ilícita do dinheiro.
- o núcleo captador, formado por um diretor do DNPM e pela mulher dele, que, segundo a PF, prospectavam prefeitos interessados em ingressar no esquema;
- o núcleo operacional, composto por escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria registrada no nome da esposa do diretor do DNPM que comandava o esquema de corrupção. Esse núcleo, afirma a PF, repassava valores indevidos a agentes públicos;
- o núcleo político, formado por políticos e servidores públicos responsáveis pela contratação dos escritórios de advocacia integrantes do esquema;
- o núcleo colaborador, que, conforme os policiais, era responsável por auxiliar na ocultação e dissimulação do dinheiro desviado. Entre os integrantes desse núcleo está uma liderança religiosa que recebeu dinheiro do principal escritório de advocacia responsável pelo esquema. A PF apura se esse religioso emprestou contas bancárias da instituição que ele comanda para ocultar a origem ilícita do dinheiro.
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Já a Folha informa que, "entre os investigados está o pastor Silas
Malafaia, que teria participado da lavagem de dinheiro por supostamente
ter recebido valores do principal escritório de advocacia responsável
pelo esquema. Ele é suspeito de emprestar contas da instituição dele
para ajudar a ocultar dinheiro. De acordo com fontes da PF, ele foi alvo
de condução coercitiva... A Operação Timóteo começou em 2015, quando a
então Controladoria-Geral da União enviou à PF uma sindicância que
apontava incompatibilidade na evolução patrimonial de um dos diretores
do DNPM. Apenas esta autoridade pública pode ter recebido valores que
ultrapassam os R$ 7 milhões, segundo o órgão".
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