26/12/2016
O recorde negativo do índice de orgulho dos brasileiros é mais uma obra de Temer. Por Kiko Nogueira
Uma pesquisa realizada pelo Ibope realizada entre os dias 8 e 12 de dezembro traz um dado que não deve surpreender ninguém sobre o cenário pós-golpe.
Apenas 34% dos entrevistados declararam ter orgulho de ser brasileiro. Em 2001, aqueles que declaravam ter “muito orgulho” representavam 58% da população.
Quem tinha “pouco” ou “nenhum” passou de 19% para 30%. Os dados foram publicados na coluna de Lauro Jardim, no Globo.
Michel Temer é o símbolo maior dessa vergonha.
Em seu pronunciamento no Natal, conseguiu mentir mais uma vez. Referiu-se aos “pouco mais de 100 dias e poucos meses” em que ele está no poder.
Temer conta desde 31 de agosto, quando assumiu de fato — e não a partir da interinidade, quando já chegou chegando, impondo uma agenda oposta à da chapa pela qual foi eleito.
A conversa mole da “herança maldita” não convence ninguém. A confiança do mercado não voltou, a recessão se aprofundou, o desemprego piorou, a corrupção mata um ministro por mês.
Não é citar Dom Paulo, de cujo velório ele fugiu, que vai resolver alguma coisa. Colocaram no comando um sujeito capaz disso.
Temer enterrou qualquer vestígio de motivo que o brasileiro pudesse ter para sentir amor próprio. É o mensageiro do caos e da desesperança, a trombeta da apocalipse sem pescoço e com as mãozinhas mais estranhas do hemisfério sul.
Como se sentir orgulhoso diante dessa obra? Que esperança esse biltre poderia injetar nas pessoas?
Até que ele saia, seremos essa pátria envergonhada.
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