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16/09/2013
Julian Assange sugere criptografia nacional a Dilma
Do Brasil 247 - 15 de Setembro de 2013 às 07:38
Fundador do Wikileaks diz que o Brasil é um dos países mais espionados pelos Estados Unidos no mundo e afirma que o País deve proteger empresas como a Petrobras da bisbilhotagem, mas não garante sigilo total se não houver tecnologia própria. "O problema de comprar equipamento de criptografia para a Petrobras ou a presidente é: você pode confiar no fornecedor? Os EUA são especializados em se infiltrar no chip dos equipamentos criptográficos"; presidente deve cancelar ida aos EUA devido à espionagem
247 -
Refugiado na embaixada do Equador em Londres, o australiano Julian
Assange, fundador do Wikileaks, recebeu o jornalista Nelson de Sá, da
Folha, para falar sobre seu novo livro, que trata de ativismo digital e o
futuro da internet (confira aqui a íntegra da entrevista).
No encontro, ele tratou
da espionagem americana ao Brasil. "A estatística de um dos programas da
NSA (Agência de Segurança Nacional) mostra que os EUA interceptam mais
sobre o Brasil do que sobre qualquer outro país latino-americano, pelo
tamanho econômico, número de empresas americanas, contratos de
equipamento, petróleo", disse ele.
Qual a solução? A
criptografia, mas, de preferência, com tecnologia própria. "Sim, eles (o
governo brasileiro) precisam abraçar criptografia. O problema de
comprar equipamento de criptografia para a Petrobras ou a presidente é:
você pode confiar no fornecedor? Os EUA são especializados em se
infiltrar no chip dos equipamentos criptográficos. O que o país precisa é
conseguir o talento brasileiro para suas próprias agências de
criptografia, para que desenvolvam tecnologia que seja confiável",
afirmou.
O fundador do Wikileaks,
no entanto, se disse decepcionado com a decisão do governo brasileiro de
negar asilo a Edward Snowden, que revelou o escândalo de espionagem. "É
muito decepcionante. Mostra a realidade das relações Brasil-EUA,
infelizmente. Se você ler os telegramas diplomáticos do WikiLeaks sobre o
Brasil, verá que sob Lula o Ministério das Relações Exteriores era
bastante independente. É um sinal preocupante sobre a independência
brasileira. O Brasil, no que concerne a América Latina, é forte o
bastante para fazê-lo [conceder o asilo]. Que não tenha feito sugere que
a posição da presidente Dilma é fraca, e ela deveria adotar ações para
demonstrar essa força."
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