No entanto, Fachin tem sido alvo de
uma inédita e insidiosa campanha negativa, promovida por dois grupos de
comunicação: Veja e Globo. Os argumentos beiram o ridículo. Alega-se que
o professor Fachin, aprovado por toda a comunidade jurídica, seria um
defensor da bigamia e do fim da propriedade privada.
Neste fim de semana, às vésperas da
sua sabatina no Senado, marcada para o dia 12, ele foi 'presenteado' com
uma capa de Veja que, na prática, tenta emparedar os senadores. O
editorial de Eurípedes Alcântara, diretor de redação da revista, não
poderia ser mais pretensioso. "Como sabatinar Fachin", é o título.
Internamente, a reportagem não se ancora em nenhum fato, mas apenas nas
opiniões do colunista neocon Reinaldo Azevedo, que, recentemente, foi
desmascarado pelo autor de um livro que ele próprio citava para
argumentar contra Fachin.
No Globo, quem se prontificou para atacar Fachin foi Merval Pereira, na coluna "O lado errado" (leia
aqui).
"Mesmo sem ser filiado ao partido, Luis Edson Fachin tem uma atuação
política muito próxima de uma ala radical do petismo que está sendo
contestada cada vez com mais intensidade pela sociedade brasileira, e
que já não tem o apoio da maioria do Congresso", diz Merval. O fato de
ele ter apoio do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), segundo o colunista, é
irrelevante. "O apoio do tucano Álvaro Dias à sua indicação é uma dessas
atitudes provincianas que não deveriam ser levadas em conta".
Bom, mas como justificar, então, o apoio de Miguel Reale Júnior, que não vem da "província" do Paraná?
Fachin enfrenta um cerco inédito, mas deve ser aprovado. O fato do dia foi um novo parecer do Senado, que lhe é favorável (leia
aqui).
Afora isso, o ponto é o seguinte: se
Veja, Globo, Reinaldo e Merval são contra, tudo indica que sua
confirmação será benéfica para o Supremo Tribunal Federal e para o País.
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