15/12/2016
Lula sobre nova denúncia: o PowerPoint contra-ataca
Brasil 247 - 15 de Dezembro de 2016 às 16:28
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Equipe de Lula diz que "os procuradores do Ministério Público
do Paraná, chefiados por Deltan Dallagnol, tinham que inventar uma nova
história na sua busca obsessiva de tentar retratar o ex-presidente como
responsável pelos desvios na Petrobras" depois que mais de 20
testemunhas inocentaram Lula e Marisa Letícia no caso do triplex do
Guarujá; agora "entra a acusação de um apartamento que também não é de
Lula, pelo qual sua família paga aluguel pelo uso, e um terreno que não
é, nem nunca foi, do Instituto Lula, onde aliás o atual proprietário
hoje constrói uma revendedora de automóveis"; Lula vê "vingança" contra
seus advogados e diz que "a denúncia repete maluquices da coletiva do
Power Point"
247 – O ex-presidente Lula respondeu em nota a nova
denúncia apresentada nesta quinta-feira 15 pela
força-tarefa da Lava
Jato, desta vez relacionada a um terreno para a construção da nova sede
do Instituto Lula e a um imóvel vizinho ao apartamento onde vive o
ex-presidente, em São Bernardo do Campo (SP), que segundo os
investigadores, teriam sido adquiridos com dinheiro de propina da
Petrobras.
Agora "entra a acusação de um apartamento que também não é de Lula, pelo qual sua família paga aluguel pelo uso, e um terreno que não é, nem nunca foi, do Instituto Lula, onde aliás o atual proprietário hoje constrói uma revendedora de automóveis", prossegue o comunicado. A equipe de Lula vê "vingança" dos procuradores contra a defesa do petista, que é acusada de come ter "abuso do direito de defesa", e ainda sobre "iniciativas legislativas no Congresso com as quais o ex-presidente não tem qualquer relação". "A denúncia repete maluquices da coletiva do Power Point", completa a nota.
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Leia a íntegra:
NOTA DA DEFESA DO EX-PRESIDENTE LULA
O POWER POINT CONTRA ATACA
Comunicado sobre denúncia da Lava Jato contra Lula Depois de mais de 20 depoimentos de testemunhas arroladas pelo próprio Ministério Público enterrarem a farsa de que Lula seria proprietário de um apartamento tríplex no Guarujá, com as testemunhas comprovando que a família do ex-presidente jamais teve as chaves ou usou o apartamento, sendo apenas "potenciais compradores" do imóvel, os procuradores do Ministério Público do Paraná, chefiados por Deltan Dallagnol, tinham que inventar uma nova história na sua busca obsessiva de tentar retratar o ex-presidente como responsável pelos desvios na Petrobras.
Após um apartamento que nunca foi de Lula no Guarujá, entra a acusação de um apartamento que também não é de Lula, pelo qual sua família paga aluguel pelo uso, e um terreno que não é, nem nunca foi, do Instituto Lula, onde aliás o atual proprietário hoje constrói uma revendedora de automóveis.
Em release, a Lava Jato admite que a denúncia seria uma "reafirmação" da Operação, uma vingança contra a atuação dos advogados de Lula, descrita como "abuso do direito de defesa" e iniciativas legislativas no Congresso com as quais o ex-presidente não tem qualquer relação, não sendo nem deputado, nem senador. Os procuradores da República revelam que são contra a punição do abuso de autoridade e até mesmo do exercício do direito de defesa. Usam de suas atribuições legais como forma de vingança contra aqueles que se insurgem contra ilegalidades praticadas na Operação Lava Jato.
A denúncia repete maluquices da coletiva do Power Point; atropela a competência do Supremo Tribunal Federal e da Procuradoria-Geral da República ao fazer conclusões precipitadas sobre inquérito inconcluso na PGR; quer reescrever a história do País para dizer que todos os males seriam culpa de Lula; tenta atribuir responsabilidade penal objetiva, coisa completamente fora do Código Penal Brasileiro; contradiz depoimento como testemunhas (com a obrigação de dizer a verdade) de delatores ouvidos pela própria Lava Jato como Paulo Roberto da Costa, Nestor Cerveró e Pedro Barusco, que disseram em depoimentos ao juiz Sérgio Moro jamais terem tratado ou tido conhecimento de qualquer irregularidade ou desvio envolvendo o ex-presidente Lula. Usam delações não homologadas e rejeitadas pelo Supremo Tribunal Federal, como a do deputado Pedro Paulo Corrêa, em um festival de ilegalidades, arbitrariedades e inconformismo diante da realidade: mesmo com uma devassa completa na vida de Lula, não encontraram nenhum desvio de conduta do ex-presidente.
Os procuradores da Lava Jato não se conformam com o fato de Lula ter sido presidente da República.
Para a Lava Jato, esse é o crime de Lula: ter sido presidente duas vezes. Temem que em 2018 Lula reincida nessa ousadia.
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