quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Nº 20.010 - "Prisão de Guido Mantega uma atrocidade pessoal e lógica"

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22/09/2016 

 

Prisão de Guido Mantega uma atrocidade pessoal e lógica
 




por Sérgio Medeiros

Prisão de Guido Mantega uma atrocidade pessoal e lógica

Mais uma vez se comete uma atrocidade contra toda a lógica e toda a racionalidade que deve nortear as ações da Justiça e da Polícia Federal, patrocinadas em conjunto com o Ministério Público, e que visam destruir pessoas ligadas ao partido dos trabalhadores.

Qual o sentido da acusação contra Guido Mantega.

Menos de uma semana depois de uma exposição absurda do MPF contra o ex-Presidente Lula, em que este, sem um mínimo de provas, o acusa de ser Chefe de uma organização criminosa que visava um projeto de poder hegemônico do Partido dos Trabalhadores, organização essa que era operacionalizada pelos executivos, ora delatores, Paulo Costa, Nestor Cerveró, Paulo Barusco, doleiro Youssef, empreiteiros diversos  e pelo referido Partido.

Depois de, por mais de 150 páginas, fazer ilações sem nexo, e tentar ligar o ex-presidente as atividades criminosas executadas pelas empreiteiras e pelos referidos executivos da Petrobrás, como se estes fossem um braço que executaria as ações, comandadas pelo intelecto superior de seu Comandante Lula, temos que, agora, pouco mais de uma semana depois, surge uma nova atuação da Lava Jato.

E, novamente, em total contradição com a “estória” contada na acusação contra Lula.

Nesta nova ação, tentam impingir a opinião pública, que alguém com todo este controle e com todas estas peças chaves, Executivos, doleiros, Empreiteiras, teve que usar de seu Ministro do Planejamento, para que este, pessoalmente, interferisse e solicitasse a um outro megaempresário, que cometesse um crime, consistente na remessa de propina para uma conta no exterior e destinada a pagar contas do Partido dos Trabalhadores.

Pausa. Um minuto.

Ora, esta narrativa esta em total descompasso com tudo que foi dito a toda a imprensa brasileira há apenas uns dias atrás.

Não faz sentido que uma organização criminosa com toda a estrutura mencionada pelo Ministério Público, utilize o “Ministro do Planejamento” para atuar como criminoso em um ato direto de corrupção explícita e de coerção a um empresário, que na época era considerado um dos seis mais ricos do mundo.

Ainda, a história contada de como teria se dado a operação, é um primor de falsidade e falsa imputação, pois serviria para ilustrar a culpa de qualquer um, do atual Presidente Temer a qualquer outro que tenha tido assento no governo ou liderança deste no Congresso Nacional, e, neste período tenha tido contato com Eike Batista.

A acusação.

Eike Batista, um empresário que, por sua posição, efetivamente deve ter tido acesso ao então Ministro do Planejamento Guido Mantega.

Segundo, mas totalmente independente, este empresário faz um contrato com empresa de publicidade.

Neste ponto, faço um parênteses, empresário que, todo mundo sabe, somente teve sua projeção como um dos mais ricos do mundo devido a uma propaganda massiva junto aos órgãos de imprensa, o que fez com que muitos incautos investidores, embarcassem na canoa furada que eram seus “investimentos” e que mais tarde se mostraram totalmente inconsistentes.

Pois bem.

Terceiro, este empresário teria feito um contrato com a referida empresa de publicidade, mas, completamente inverossímil, não foi no interesse dele.

Prosseguindo.

Quarto, agora, pressionado para falar acerca de outras atividades, em tese fraudulentas, argui que o dinheiro encaminhado para essa empresa de publicidade, era para... óbvio,...  diriam alguns, para montar toda sua estratégia de mídia e assim viabilizar toda a fraude que foi sua condição de empresário de sucesso e trajetória de empreendedor sério e visionário.

Grande engano, ele diz, e novamente a grande imprensa, agora coadunada com a Polícia Federal, Ministério Público Federal e Justiça, como sempre, acreditam neste grande e probo empresário de sucesso, que o dinheiro se destinava a pagar políticos, relacionados a fraude contra a Petrobrás.

Desta forma, com esta delação, se livra de possível prisão.

E segue a Lava jato e suas contradições.

Assim, um contrato fraudulento, ilegal, firmado com uma grande empresa de publicidade, que presta serviços a diversas pessoas jurídicas e também atua em campanhas políticas a serviço de quase todos grandes partidos brasileiros - de um momento para outro, atinge um terceiro -, que passa a ser o culpado pela atividade criminosa levada a cabo pelo empresário e a referida empresa de publicidade.

Sim, porque é este o caso, Eike firma um contrato de publicidade e paga a conta da empresa numa conta no exterior, depois alega que fez isso a pedido de terceira pessoa, que podia ser qualquer uma.

No caso, segundo a PF o MPF e a Justiça, não foi nenhum dos muitos citados componentes da organização criminosa na apresentação de power point, desta vez, o criminoso, foi, o próprio Ministro do Planejamento.

O acusado foi o Ministro do Planejamento, assim como poderia ter sido qualquer um outro, qualquer pessoa do governo ou da Petrobrás, ou que pertencesse ao referido partido politico, e que tivesse tido acesso a Eike e poder bastante para ser acusado em nome do governo.

A escolha desta vez foi de Mantega.

OU seja, não foi Eike que fez um contrato ilegal fraudulento e corrupto, ele,  pobrezinho, estava sendo corrompido e chantageado pelo governo.

E mais, um contrato de publicidade, para que, se ele nunca precisou disso, a imprensa sempre fez propaganda de graça para ele, por sua excepcional competência empresarial, que lhe abria portas e espaços na grande mídia, isenta e imparcial e igualmente inocente.

E novamente vai pelo ralo, qualquer resquício de racionalidade ou lógica neste nosso outrora saudoso  estado democrático de direito.  

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