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22/09/2016
O nome de monstros é pouco para a turma da Lava Jato
Por Fernando Brito
Prender o ex-ministro Guido Mantega num hospital, durante a cirurgia de sua mulher, sob qualquer ponto de vista, só merece o nome de monstruosidade.
Não era uma pessoa foragida.
Não era uma pessoa que, intimada, tivesse se recusado a depor.
Para que exigir formação superior de policiais, promotores e juízes se estes agem como selvagens pré-históricos?
Moro, num rasgo de hipocrisia diz que “no período da [prisão] temporária”, Mantega terá a ” oportunidade para esclarecer as transações descritas pelo MPF. Apesar das fundadas suspeitas de que se trate de dinheiro de origem ilícita e de pagamentos sub-reptícios, se as transações tiverem causa lícita, terão condições no breve período de esclarecer e justificá-las.”
A prisão é quase “um favor”.
E agrega, “bonzinho” que é: “A medida, por evidente, não tem por objetivo forçar confissões. Querendo, poderão os investigados permanecer em silêncio durante o período da prisão, sem qualquer prejuízo a sua defesa.”
Os delegados da PF que agem sob as ordens de Moro também não têm desculpas. Mantega tem endereço certo e sabido. Nada explica que tenham preferido invadir um hospital para cumprir o mandado.
Há um fábrica de monstruosidade em curso, que repugnaria qualquer tribunal onde houvesse um mínimo de humanidade.
Mas não os há.
Também eles têm medo dos monstros.
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